segunda-feira, 8 de setembro de 2008

AS ILUSTRES DAMAS NO PODER

Duas senhoras provectas, que buscam a imortalidade, decoram o cenário do Brasil. Seus meneios assustam porque são ao mesmo tempo de carne e osso e fantasmagóricos. Bailam sem parar influenciando o destino, lembrando o passado e apontado para o futuro. Temem ser atingidas e retiradas do cenário e, a qualquer movimento que as ameaçam, mesmo que fracamente, reagem e tentam esmagar a quem a elas se opõem. São duas rainhas: a miséria e a ignorância.
Ninguém sabe dizer suas reais nacionalidades ou naturalidades. A família delas está presente em todo o planeta. Foram detectadas desde as primeiras civilizações baseadas na exploração do homem pelo homem. São velhas matriarcas da história humana, resistiram aos ataques sofridos no século passado e continuam presentes como nunca e por toda parte. Ninguém jamais conseguiu livrar-se completamente delas. Nos países ditos ricos, elas estão lá, obscurecendo (são inimigas da luz) a vida dos senhores e dos escravos.
A diferença para os países ditos pobres é que o grau e número dos mais atingidos é menor, principalmente no que se refere à miséria. Já a ignorância não perdoa ninguém. Pode-se estar rico ou quase e, ao mesmo tempo, pobre de espírito. Dinheiro no bolso e alguma propriedade não garantem sabedoria ou a capacidade de interpretar o entorno social. Não pode haver felicidade nadando-se no rio da ignorância ou no mar da miséria, mesmo que não seja a sua, e, sim, a do vizinho que mora na comunidade próxima de você.
Estas ilustres damas parem a violência, semeiam a discórdia e fazem de tudo para ninguém compreenda que o problema está nelas. São capazes de estarem presentes, sem serem notadas. Disfarçam bem. Têm séculos de experiência. A partir do XIX, foram acusadas sistematicamente de gerarem os maiores males humanos. Antes, sofreram alguns ataques, ainda sem maiores conseqüências. Elas cuidam bem dos seus descendentes, esperando que a recíproca seja verdadeira. Sempre foi difícil combatê-las e elas ganharam todas as batalhas modernas em que foram envolvidas. É verdade que suas vitórias foram difíceis e que estas lutas deixaram cicatrizes impossíveis de serem apagadas.
Quem hoje luta contra estas ilustres damas, a partir do que podem e de onde estão, baseia-se ou deve conhecer estas cicatrizes. É importante não se esquecer que a questão é mais antiga do que parece. Os seus novos agentes tentam convencer a todos, como no passado, que as suas existências são fenômenos naturais e que elas são invencíveis. Insistem na tese conservadora da imutabilidade do mundo e da inteligência.
A ignorância tem múltiplas faces. Talvez, a mais fácil de ser percebida é a do preconceito. Ele está presente em graus e modalidades variadas por toda parte. A existência de alfabetizados e numerados cheios de preconceitos prova que o letramento não é suficiente. Saber ler, escrever e contar é significativo, entretanto, não evita o culto e a reverência dessa ilustre senhora. Ela afeta aos doutores e àqueles que jamais tiveram a oportunidade de ir à escola.
São ignorantes os que reverenciam sua matriarca e rainha. Os que não podem ou não querem `ver´ o que os envolvem pelas mais diversas razões. A mais importante destas consiste na posição que ocupam no tecido social. Senhores podem ser tão ou mais ignorantes do que seus escravos, tal como na famosa dialética entre senhor e escravo de Hegel. Os seres humanos não são determinados por alguma força mágica, que os obrigam a optar pela ignorância. Ela é tão construída como a sabedoria possível.
A face mais perversa desta velha matriarca, com a qual nos deparamos a toda hora, por exemplo, vendo tv, lendo o jornal ou conversando com os demais, é outra bem diferente. Não é muito facilmente perceptível ou detectável. É preciso alguma capacidade ou treinamento. Esta está no método que usamos para pensar. O modo que se constróem opiniões depende de concepções que foram ensinadas previamente. Trata-se dos enquadramentos que se faz da realidade. Estes podem ser livres de interesses dominantes ou manipulados pelos sensos comuns e pelas tradições. Todavia, estarão, para o bem e para o mal, sempre presos ao que se é materialmente e espiritualmente, isto é, aos desejos, a sanidade e a loucura de cada um.
A outra dama, a miséria, está para quem quiser ver. Nas ruas, nas estatísticas, nas diferentes habitações e nos comportamentos decorrentes. As modernas cidades tentam, sem muito sucesso, escondê-la. No Rio de Janeiro, por exemplo, existem cerca de 800 comunidades faveladas. No entanto, a imagem turística da cidade ainda é, preponderantemente, a Zona Sul, as belas praias, o Corcovado e o Pão de Açúcar. Diferentemente de outras cidades brasileiras, no Rio não existem apenas periferias. No miolo mais rico, a miséria está lá presente para quem quer ver. Parafraseando um velho funk, ela está querendo `ser feliz´, vivendo `tranqüilamente na favela em que´ nasceu.
As favelas, face mais visível da miséria urbana de hoje, alimentam o mundo do trabalho. São ricas em milhões de trabalhadores que fazem a economia e a sociedade funcionar. Igualmente, são ricas em cultura, alimentando junto com as `periferias´ a moderna cultura de massas. Estão integradas ao consumo, retroalimentando o sistema que gira em torno de comprar ou, ao menos, desejar adquirir tudo o que a publicidade tenta empurrar.
Elas são o cenário de uma violência imensa, patrocinada pelo Estado e por uma minoria ínfima de moradores relacionada à criminalidade urbana. A população favelada, bem como os pobres das periferias, pagam um alto preço por não ter outro jeito de sobreviver. São culpabilizados por serem pobres, como se a pobreza fosse uma escolha. No fundo, são vistos como diferentes, porque lembram, de modo nítido, as origens africanas, indígenas e mestiças brasileiras. Isto tudo, em um país que se imagina `branco´, de estipe européia.
Nos últimos anos, no atual governo federal, houve melhorias. A miséria diminuiu para uma parcela da população, tal como as estatísticas provam e se pode ver em alguns lugares. Não há dúvida sobre isto. Todavia, o que foi feito ainda é muito pouco, ou melhor, o problema é grande demais. Há várias formas de considerar a existência de uma boa consciência. Prefere-se aquela que se baseia na idéia de que a miséria não é natural e que existem meios hoje de se conseguir sua eliminação. Ofender esta ilustre dama que teima em nos governar é um bom propósito.
Acha-se estranho, quando se fala de política sem lembrar que seu objetivo maior deveria ser o de derrotar a miséria e a ignorância. Quem fala de política, sem lembrar da existência destas ilustres damas que pleiteiam a imortalidade, é suspeito. Na verdade, defende a permanência do reinado de ambas. Isto porque, elas, de fato, são intermediárias dos donos do poder real. Não estão aí por acaso. Suas missões são a de manter tudo em seu lugar, facilitando a exploração e impedindo a consciência crítica. Quiçá, neste século, estas damas funestas sejam derrotadas, trazendo a felicidade geral e a distribuição das riquezas da Terra aos seus filhos.

Luís Carlos Lopes é professor.

A CRISE DE ALIMENTOS

Por Leonardo Boff - Adital - do Rio de Janeiro
O mundo está se alarmando com a alta do preço dos alimentos e com as previsões do aumento da fome no mundo. A fome representa um problema ético, denunciado por Gandhi: "a fome é um insulto, ela avilta, desumaniza e destrói o corpo e o espírito; é a forma mais assassina que existe". Mas ela é também resultado de uma política econômica.O alimento se transformou em ocasião de lucro e o processo agroalimentar num negócio rentoso. Mudou-se a visão básica que predominava até o advento da industrialização moderna, visão de que a Terra era vista como a Grande Mãe. Entre a Terra e o ser humano vigoravam relações de respeito e de mútua colaboração. O processo de produção industrialista considera a Terra apenas como baú de recursos a serem explorados até à exaustão.A agricultura mais que uma arte e uma técnica de produção de meios de vida se transformou numa empresa para lucrar. Mediante a mecanização e a alta tecnologia pode-se produzir muito com menos terras. A "revolução verde" introduzida a partir dos anos 70 do século XX e difundida em todo mundo, quimicalizou quase toda a produção. Os efeitos são perceptíveis agora: empobrecimento dos solos, devastadora erosão, desflorestamento e perda de milhares de variedades naturais de sementes que são reservas face a crises futuras.
A criação de animais modificou-se profundamente devido aos estimulantes de crescimento, práticas intensivas, vacinas, antibióticos, inseminação artificial e clonagem.
Os agricultores clássicos foram substituídos pelos empresários do campo. Todo este quadro foi agravado pela acelerada urbanização do mundo e o conseqüente esvaziamento dos campos. A cidade coloca uma demanda por alimentos que ela não produz e que depende do campo.
Vigora uma verdadeira guerra comercial por alimentos. Os países ricos subsidiam safras inteiras ou a produção de carnes para colocá-las a melhor preço no mercado mundial, prejudicando os paises pobres, cuja principal riqueza consiste na produção e exportação de produtos agrícolas e carnes. Muitas vezes, para se viabilizarem economicamente, se obrigam a exportar grãos e cereais que vão alimentar o gado dos países industrializados quando poderiam, no mercado interno, servir de alimento para suas populações.
No afã de garantir lucros, há uma tendência mundial, no quadro do modo de produção capitalista, de privatizar tudo especialmente as sementes. Menos de uma dezena de empresas transnacionais controla o mercado de sementes em todo o mundo. Introduziram as sementes transgênicas que não se reproduzem nas safras e que precisam ser, cada vez, compradas com altos lucros para as empresas. A compra das sementes constitui parte de um pacote maior que inclui a tecnologia, os pesticidas, o maquinário e o financiamento bancário, atrelando os produtores aos interesses agroalimentares das empresas transnacionais.
No fundo, o que interessa mesmo é garantir ganhos para os negócios e menos alimentar pessoas. Se não houver uma inversão na ordem das coisas, isto é: uma economia submetida à política, uma política orientada pela ética e uma ética inspirada por uma sensibilidade humanitária mínima, não haverá solução para a fome e a subnutrição mundial. Continuaremos na barbárie que estigmatiza o atual processo de globalização. Gritos caninos de milhões de famintos sobem continuamente aos céus sem que respostas eficazes lhes venham de algum lugar e façam calar este clamor. É a hora da compaixão humanitária traduzida em políticas globais de combate sistemático à fome.
Leonardo Boff é teólogo e professor emérito de ética da UERJ.

SIMULADO - PARATODOS 2

1- (MACK - 04) A Revolução Francesa eliminou privilégios do Antigo Regime, difundindo os princípios da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Napoleão Bonaparte adotou medidas que violaram esses princípios.
Assinale a alternativa que contém uma dessas medidas.
a) A ratificação da reforma agrária realizada pela Revolução.
b) O congelamento de preços, por meio da decretação da Lei do Máximo.
c) A proibição, no Código Civil Napoleônico, de greves operárias.
d) A manutenção do Consulado. e) O Tratado de Tilsit.

2 - (UFMG - 04) Leia este texto:
Antes, Napoleão havia levado o Grande Exército à conquista da Europa. Se nada sobrou do império continental que ele sonhou fundar, todavia ele aniquilou o Antigo Regime, por toda parte onde encontrou tempo para fazê-lo; por isso também, seu reinado prolongou a Revolução, e ele foi o soldado desta, como seus inimigos jamais cessaram de proclamar. (LEFEBVRE, Georges. A Revolução Francesa. São Paulo: IBRASA)
Tendo-se em vista a expansão dos ideais revolucionários proporcionada pelas guerras conduzidas por Bonaparte, é CORRETO afirmar que
a) os governos sob influência de Napoleão investiram no fortalecimento das corporações de ofício e dos monopólios.
b) as transformações provocadas pelas conquistas napoleônicas implicaram o fortalecimento das formas de trabalho compulsório.
c) Napoleão, em todas as regiões conquistadas, derrubou o sistema monárquico e implantou repúblicas.
d) o domínio napoleônico levou a uma redefinição do mapa europeu, pois fundiu pequenos territórios, antes autônomos, e criou, assim, Estados maiores.

3 - (UFSJ - MG - 03) “Minha maior glória não é a de ter vencido sessenta batalhas. O que nada apagará, o que viverá eternamente é meu código civil.” (Napoleão Bonaparte - em seu exílio na Ilha de Santa Helena)
O Império Napoleônico (1804/1815) representou:
a) a consolidação do poder dos jacobinos, com o general Napoleão Bonaparte e o Comitê de Salvação Pública, e o estabelecimento da Política do Terror, impondo pelo temor à guilhotina o socialismo utópico;
b) o retorno à tradicional monarquia absolutista francesa, na figura do Duque Napoleão Bonaparte, com a restauração dos privilégios da nobreza de sangue, o ressurgimento do sistema feudal e a afirmação do direito divino dos reis;
c) o surgimento do sistema parlamentarista francês, com o pleno poder da Câmara dos Comuns e do primeiro ministro e o papel meramente decorativo do Imperador Napoleão Bonaparte;
d) a opção da burguesia francesa pela via autoritária, abrindo mão de seu poder político direto em favor da criação de condições institucionais adequadas ao capitalismo sob a ordem autoritária imposta pelo general Napoleão Bonaparte.

4 - (UFRN - 98) Na fase final da Revolução Francesa, Napoleão Bonaparte ascende ao poder e consolida sua posição ao criar o Império (1804).
Sua consolidação no poder deve-se à
a) concordata assinada com o papa que recuperou o direito de nomeação dos bispos e a plena autoridade sobre o clero francês.
b) política de reconciliação, tomando várias medidas para estabelecer a paz na França e garantir a segurança dos habitantes.
c) implantação da política do Terror, com perseguição aos contra-revolucionários e eliminação dos seus opositores.
d) aliança com jacobinos e socialistas utópicos, que reclamavam medidas sociais para atender as ambições populares.



5 - (CEFET - PR) Em termos de perda numérica de homens, a campanha militar de Napoleão que apresentou resultados mais desastrosos foi:
a) a da Itália; b) a do Egito; c) a da Rússia; d) a da Alemanha; e) a da Inglaterra.

6 - (FGV - SP) Na França, a grave crise financeira aliada ao crescente desprestígio do Diretório e à revolta generalizada com a corrupção dos funcionários públicos, foram alguns dos fatores que determinaram em 1799:
a) a conspiração de tendência comunista de Graco Babeuf;
b) o golpe de Estado de Napoleão em 18 Brumário (9 de novembro);
c) a restauração do governo dos Bourbons;
d) o fortalecimento do poder da Convenção Nacional a partir do mês Ventoso (fevereiro/março);
e) o golpe de Estado de Robespierre, em 16 Frutidor (4 de setembro).

7 - (ESPM) Em 21 de novembro de 1806, Napoleão Bonaparte, imperador francês, decretou uma medida que, em seu artigo quinto, estabelecia: “O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias è declarada boa presa.
(. . .)
Comunicação do presente decreto será dada por nosso ministro das relações exteriores aos reis de Espanha, de Nápoles, da Holanda e de Etrúria e aos nossos aliados.” (Kátia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo de história contemporânea. SP. Ed. Hucitec/Edusp – 1997 – p. 49/50). O texto refere-se ao;
a) Pacto de Versalhes; b) Tratado de Methuen; c) Ato de Supremacia;
d) Acordo de Viena; e) Bloqueio Continental.

8 - (FUNREI - 00) “A nação não retornará jamais à escravidão, ela quer a hereditariedade [de Napoleão] como o melhor meio de cimentar a liberdade que ela conquistou. Ela não se arrepende da Revolução; ela detesta os seus crimes e quer conservar suas conquistas.” (Carta das autoridades civis do departamento de Bouches-du-Rhône em defesa da criação do Império – 7 de maio de 1804)
A carta acima descreve as expectativas de parte da sociedade francesa em relação ao Império de Napoleão Bonaparte. De que maneira o Império napoleônico se relaciona com a Revolução Francesa? O império napoleônico:
a) prosseguiu o período de terror do Comitê de Salvação Pública de Robespierre, condenando os crimes cometidos pelos dirigentes burgueses do Diretório;
b) defendeu os interesses da burguesia francesa, com o Código Civil e a criação de novas instituições administrativas, estabelecendo a ordem pela centralização do poder;
c) manteve intactas as instituições revolucionárias estabelecidas no período da Convenção, governando com a constante participação da Assembléia Popular;
d) representou a restauração da monarquia absoluta, com a reafirmação dos direitos senhoriais, tais como a devolução das terras confiscadas e a exploração servil.

9 - (PUC - 69) Correspondendo, basicamente, à expansão da Revolução Francesa, o período napoleônico assinala também:
a) o triunfo dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade;
b) a restauração monárquica em França;
c) a vitória dos princípios revolucionários em toda Europa, da Península Ibérica à Rússia;
d) a consolidação revolucionária através de instituições tipicamente burguesas;
e) o progresso da Democracia e da tolerância.

10 - (Mack - 80) O Bloqueio Continental, ao invés de contribuir para o fortalecimento da posição de Napoleão Bonaparte, colaborou para o seu declínio. Isto porque:
a) ao restaurar a união entre o Estado e a Igreja Católica, esta passou a ocupar uma posição nitidamente vantajosa que a capacitou a aumentar o seu poder nos anos seguintes;
b) Napoleão não conseguiu eliminar a Terceira Coligação composta pela Inglaterra, Áustria, Suécia e Rússia, apesar do acordo firmado com o Czar Alexandre I, com o objetivo de ajuda mútua entre a França e a Rússia;
c) patenteou-se a impossibilidade de forçar a exclusão dos produtos britânicos do continente, uma vez que a maioria dos países dominados pela França eram nações agrícolas que insistiam na troca de seus produtos pelas mercadorias manufaturadas inglesas;
d) apesar do Bloqueio Continental ser proposto como uma política de reconciliação, na realidade, visava garantir somente a segurança dos franceses, o que ocasionou a formação da revolta espanhola, devido aos problemas econômicos que se acumulavam neste país;
e) devido ao Bloqueio, a Prússia viu-se subtraída de metade de seu território e obrigada a pagar grandes indenizações, e isto levou-a a unir-se à Áustria e à Inglaterra na Guerra de Libertação.

11 - (UNI MG - 05) A criação da Santa Aliança (1815) pelo Congresso de Viena tinha como objetivos, EXCETO:
a) opor-se às conquistas liberais que se multiplicavam rapidamente pela Europa e pelas colônias ultramarinas.
b) intervir nos conflitos de caráter libertário nas colônias espanholas e portuguesas do Novo Mundo.
c) garantir a aceitação do princípio de legitimidade, isto é, a demarcação dos territórios como se apresentavam antes de 1789.
d) combater o predomínio dos partidos aristocráticos em benefício das camadas populares, tão prejudicadas
durante a expansão napoleônica.

12 - (MACK - 03) Os soberanos do Antigo Regime venceram Napoleão, que eles viam como o herdeiro da Revolução. A escolha de Viena para a realização do Congresso, para a sede de todos os Estados Europeus, foi simbólica, pois Viena era uma das únicas cidades que não havia sido sacudida pela Revolução e a dinastia dos Habsburgos era símbolo da ordem tradicional, da Contra Reforma e do Antigo Regime. (René Rémond)
Dentre as decisões acordadas no Congresso de Viena em 1814-1815, podemos assinalar a:
a) criação de um organismo multinacional, denominado Santa Aliança.
b) convocação da Reunião dos Estados Gerais. c) criação do Comitê de Segurança Geral.
d) formação da II Coligação anti-francesa. e) restauração dos princípios revolucionários.

13 - (UGF - RJ - 02) O Congresso de Viena representou uma reação absoluta aos princípios iluministas/liberais, assumindo características antiliberais, buscando restaurar o Antigo Regime e assegurar o retorno às antigas fronteiras européias. Esse Congresso foi norteado pelos princípios:
a) do Imperialismo e do Ludismo. b) do Fisiocracismo e do Liberalismo Econômico.
c) da Legitimidade e do Equilíbrio Europeu. d) do Intervencionismo e do Bolivarismo.
e) do Monroísmo e do Nacionalismo.

14 - - (PUC - PC - 01) Em 1815 foi firmado um pacto entre os reis da Rússia, Áustria e Prússia dando origem à chamada Santa Aliança, que apresentava como objetivo:
a) estimular e patrocinar o processo de independência das antigas colônias ibéricas nas Américas.
b) reprimir os possíveis movimentos revolucionários e liberais que viessem a ocorrer na Europa;
c) manter a Inglaterra sob vigilância, impedindo que ela viesse a se tornar uma potência mundial.
d) criar um organismo supranacional capaz de arbitrar os impasses entre as nações com neutralidade.

15 - (FMU - SP) O principal objetivo do Congresso de Viena foi:
a) impedir a multiplicação das revoluções burguesas que estavam ocorrendo em todo o mundo ocidental;
b) confirmar o mapa político que havia se alterado devido às conquistas napoleônicas;
c) combater as pretensões coloniais dos países que se haviam unido através da formação da Santa Aliança;
d) estimular a propagação das novidades tecnológicas criadas pela Revolução Industrial;
e) apoiar os movimentos nacionalistas que estavam ocorrendo na Europa Oriental contra o imperialismo russo.

16 - (UNI - BH - MG – 00) Leia o texto abaixo com atenção, pois suas afirmativas podem ser corretas ou falsas:
“As negociações entre os monarcas, diplomatas e embaixadores que participaram do Congresso de Viena basearam-se em três princípios políticos: a) a restauração do absolutismo monárquico ou Antigo Regime; b) a ilegitimidade das antigas dinastias que haviam sido depostas durante as guerras napoleônicas; c) o equilíbrio europeu, que visava congelar a paz, na Europa pela manutenção de um equilíbrio de forças entre as grandes potências.
Pode-se afirmar que o texto está:
a) totalmente correto;
b) parcialmente correto, na medida em que o Congresso considerava as antigas dinastias como legítimas;
c) parcialmente correto, porque a teoria do equilíbrio europeu não visava preservar a paz na Europa;
d) totalmente errado.

17 - (UFMG ) A idéia do Congresso de Viena (1814/15) - o princípio da Legitimidade - estabelecia que:
a)as monarquias absolutistas seriam substituídas por governos liberais;
b) os princípios feudais da nobreza precisariam ser eliminados, segundo a filosofia da Revolução Francesa;
c) as nações orientariam sua política econômica de acordo, com os postulados do mercantilismo;
d) as dinastias reinantes antes da Revolução Francesa deveriam ser restauradas;
e) os princípios políticos das monarquias constitucionais basear-se-iam no liberalismo.

18 - (CESESP - PE) A Santa Aliança, que surgiu logo após a realização do Congresso de Viena, tinha como objetivo principal:
a) reprimir os movimentos liberais que viessem a surgir em qualquer parte da Europa;
b) propagar as idéias liberais da Revolução Francesa;
c) lutar pela implantação de monarquias constitucionais;
d) manter o mapa político europeu imposto por Napoleão Bonaparte;
e) combater os movimentos contrários à Igreja Católica e à religião em geral.

19 - (FIB - 79) A política da Santa Aliança, em relação às colônias na América, tinha por objetivo:
a) restaurar o antigo sistema colonial;
b) assegurar mercados para a produção industrial inglesa;
c) fazer prevalecer os princípios da Doutrina Monroe;
d) garantir o domínio espanhol na Bacia Platina, necessário ao escoamento das riquezas minerais do Potosi;
e) impedir a expansão dos governos republicanos.

20 - (PUCR - 94) O Congresso de Viena, concluído em 1815, após a derrota de Napoleão Bonaparte, baseou-se em três princípios políticos fundamentais. Assinale a opção que representa corretamente esses princípios:
a) Liberalismo, democracia e industrialismo; b) Socialismo, totalitarismo e controle estatal
c) Restauração. legitimidade e equilíbrio europeu d) Conservadorismo, tradicionalismo e republicanismo
e) Constitucionalismo, federalismo e republicanismo

21 - (EFOA - 03) Entre as últimas décadas do século XVIII e o início do século XIX, o mundo ocidental passou por uma grande crise. Os velhos regimes da Europa e seus sistemas econômicos foram questionados, muitas vezes de forma violenta. Na América, surgiram movimentos coloniais contestando o domínio das metrópoles. A quantidade de revoltas foi tão grande que alguns historiadores chamaram aquele período de “a era das revoluções”. Das afirmativas abaixo, assinale aquela que indica uma característica comum a tais movimentos.
a) difusão do socialismo e do comunismo;
b) o fortalecimento da democracia burguesa;
c) a ascensão dos regimes totalitários;
d) o surgimento de ditaduras militares;
e) a consolidação das monarquias absolutistas;

22 - (UNIFOA - RJ - 01) Os movimentos revolucionários europeus, a partir de 1830, seguiram um ideário baseado nos princípios:
a) do liberal nacionalismo; b) da social-democracia; c) do anarco-sindicalismo;
d) do nacional-socialismo; e) do marxismo-lenista.

23 - (CTSP - PMMG - 02) A Comuna de Paris, “primeiro governo socialista da história da humanidade”, não chegou a implantar o socialismo, mas tomou medidas revolucionárias, tais como:
a) aparelhou a polícia e o exército para defender o povo; criou o regime de padroado e colocou as fábricas sob a direção de Conselho de Trabalhadores;
b) criou destacamentos populares armados; criou o regime de padroado e colocou algumas fábricas sob a direção de Conselho de Trabalhadores;
c) criou destacamentos populares armados; separou a Igreja do Estado e colocou algumas fábricas sob a direção de Conselho de Trabalhadores;
d) aparelhou a polícia e o exército para defender o povo; separou a Igreja do Estado e colocou as fábricas sob a direção do Estado.

24 - (URC - RS) Com a derrota de Napoleão em 1815 e a realização do Congresso de Viena na mesma época, o liberalismo parecia ter fracassado. Não obstante, as sementes dessa ideologia começaram a frutificar aos poucos num grande números de países da Europa. O triunfo final do liberalismo acontecia ao mesmo tempo em que nascia uma ideologia antagônica, representada pelo socialismo, e despertava com força total no nacionalismo.
Esses fatos se deram em decorrência:
a) das revoluções de 1830; b) do Manifesto Comunista; c) da Comuna de Paris;
d) das revoluções de 1848; e) do Congresso de Viena.

25 - (FCMMG - 00) A reação antiliberal do Congresso de Viena foi complementada pela organização da Santa Aliança, instrumento político-militar e ideológico do Absolutismo. Naquele momento, parecia que as forças conservadoras e absolutistas haviam triunfado. No entanto, os movimentos revolucionários de 1830 e de 1848 revelaram que o “triunfo” era apenas aparente. Estes movimentos se inspiraram nas idéias:
a) socialistas e absolutistas; b) liberais e nacionalistas; c) absolutistas e nacionalistas;
d) anarquistas e monarquistas.
26 - (Unaerp - 99) Com relação às Revoluções Liberais de 1848:
a) tiveram um caráter elitista, unindo o ideal da grande burguesia liberal européia, à nata sindical e o interesse da nobreza que, decadente, tentou sobreviver aproximando-se do pensamento político democrático;
b) aproximaram e uniram exércitos europeus, os quais, num tipo de cruzada, contiveram o movimento revolucionário;
c) foram deflagradas com o intuito de conduzir o rei Luís Felipe, de Orleans, o “rei burguês, ao poder na França;
d) explicam-se pela onda liberal, nacionalista e o afã socialista;
e) foram vitais para a complementação da unificação de países, então emergentes, como a Alemanha, a França e a Bélgica;

27 - (UGF - 73) A Segunda República Francesa foi derrubada:
a) pelo golpe de estado de Napoleão Bonaparte, que estabeleceu o Consulado;
b) pela invasão da França pelas tropas nazistas;
c) pelo golpe de estado de Luís Napoleão, que estabeleceu o Segundo Império Francês;
d) pela ação de Victor Hugo e Lamartine, poetas e políticos liberais;

28 - (Fatec - 80) As tentativas de restaurar o regime absolutista na França foram realizadas por Carlos X. a revolução que o destronou repercutiu no Brasil através:
a) do movimento que culminou com a abdicação de D. Pedro I;
b)do Ato Institucional que transformou os Conselhos Gerais em Assembléias Provinciais;
c) do movimento que terminou por declarar a maioridade de D. Pedro II;
d) do movimento Farroupilha no Rio Grande do Sul;
e) do movimento revolucionário denominado Confederação do Equador.

29 - (Cesgranrio - 94) A história política da Europa, durante o século XIX, foi marcada por uma sucessão de “ondas” revolucionárias caracterizadas especificamente numa das opções abaixo. Assinale-a:
a) o Congresso de Viena representou a consolidação da obra revolucionária na implantação da sociedade burguesa;
b) os movimentos revolucionários de 1830 marcaram o processo de restauração, liderados pela aristocracia;
c) as “ondas” revolucionárias corresponderam ao avanço dos cercamentos dos campos - os “enclousures” - que liberaram a população camponesa para as cidades;
d) os movimentos de 1848 contaram com a participação das camadas populares e com a forte influência das idéias socialistas;
e) os movimento de 1870, na Itália e na Alemanha, deixaram a questão nacional em segundo plano, priorizando a conquista da ordem democrática.

30 - (Uni - Rio) Os movimentos revolucionários ocorridos na Europa, entre 1830 e 1848, ocasionaram mudanças no processo político, entre as quais NÃO se inclui o(a):
a) progressiva participação das camadas populares no processo político;
b) adaptação das estruturas políticas às transformações econômicas decorrentes da industrialização;
c) ampliação do poder político da aristocracia sintonizada com as idéias liberais;
d) surgimento de idéias políticas alternativas ao pensamento liberal e conservador, tais como o socialismo;
e) fortalecimento do Estado Burguês, que se empenhava na expansão dos interesses capitalistas.

GABARITO

01 – C 02 – C 03 – D 04 – A 05 – C 06 – B 07 – E 08 – B 09 – D 10 – C
11 – D 12 – A 13 – C 14 – B 15 – A 16 – B 17 – D 18 – A 19 – A 20 – C
21 – B 22 – A 23 – D 24 – D 25 – B 26 – D 27 – C 28 – A 29 – D 30 – C

SIMULADO - PARATODOS 1

1 - (PUC - MG - 05) A dissolução da ordem feudal clássica está intimamente relacionada com as seguintes alterações sociopolíticas entre os séculos XII–XV na Europa Ocidental, EXCETO:
a) enfraquecimento dos laços de dependência.
b) contestação do poder universal da Igreja.
c) controle das revoltas camponesas e urbanas.
d) processo de centralização monárquica.

2 - (MACKENZIE - 06) Compreende-se feudalismo como um sistema de organização econômica, política e social, que vigorou na maior parte da Europa, entre os séculos IX e XV, e que se fundou essencialmente na propriedade da terra e nas relações de vassalagem.
Das características apresentadas abaixo, assinale aquelas que são próprias desse sistema.
I. Hierarquização da sociedade em ordens ou estados: clero, nobreza e terceiro estado.
II. Grande mobilidade social, proporcionada pelas oportunidades freqüentes de enriquecimento, sobretudo graças ao comércio.
III. Predominância do trabalho escravo sobre o servil, e recorrência ao emprego de mão-de-obra assalariada, nas épocas de crise.
IV. Relações suserano-vassálicas baseadas nos juramentos de fidelidade e obediência.
V. Atividades artesanais organizadas e regulamentadas por grêmios e corporações.
a) Apenas I, II e III. b) Apenas I, II e IV.
c) Apenas I, IV e V. d) Apenas III, IV e V.
e) Apenas II, III e IV.

3 - (CEFET - PR - 05) O feudalismo foi um sistema econômico, político e social que surgiu na Europa após as invasões germânicas e desenvolveu-se no período que vai do século IX ao XIII. Tendo entrado em declínio com a formação moderna dos estados nacionais, algumas de suas características permaneceram em certos países e regiões. Sobre essas características, é correto afirmar que elas se mantiveram pela:
a) organização de unidades públicas de produção agrícola e cultivo da terra por escravos.
b) inexistência do regime de propriedade da terra, trabalho comunal e predomínio da economia de trocas.
c) aplicação do sistema assalariado no campo e predomínio da economia de mercado.
d) propriedade senhorial da terra, cedida pelo senhor feudal ao vassalo em troca de serviços mútuos.
e) divisão da terra em minifúndios e utilização de técnicas científicas de cultivo.

4 - (FATEC - SP - 02) Leia atentamente as afirmações abaixo, sobre o empreendimento militar-religioso denominado Cruzadas.
I - O apelo do Papado à conquista dos locais sagrados na Ásia Ocidental foi o eixo religioso das campanhas.
II - Entre os interesses que moveram este empreendimento estava, fundamentalmente, o combate ao protestantismo e ao islamismo, que estavam em plena expansão na região do Mediterrâneo.
III - As análises do sucesso ou não do empreendimento são inúmeras, mas é certo que as Cruzadas representaram um importante marco para o renascimento do comércio na região do Mediterrâneo.
Dessas afirmações está(ão) correta(s)
a) apenas II . b) apenas III . c) I e II somente. d) I e III somente . e) II e III somente.

5 - (UFRN - 04) Em 1095, um cronista, testemunha dos eventos do Concílio de Clermont, registrou o seguinte pronunciamento do papa Urbano II:
“Considerando as exigências do tempo presente, eu, Urbano, tendo, pela misericórdia de Deus, a tiara pontifical, pontífice de toda a Terra, venho até vós, servidores de Deus, como mensageiro para desvendar-vos o mandato divino [...] é urgente levar com diligência aos nossos irmãos do Oriente a ajuda prometida e tão necessária no momento presente.” (Foucher de Chartres. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Ed. UNESP, 2000. p. 83.)
Essa declaração papal favoreceu:
a) a aproximação entre cristãos latinos e gregos, que ficaram, depois das Cruzadas, sob o comando do papado romano.
b) um projeto de união da Cristandade contra os “infiéis”, detentores dos Lugares Santos, que há séculos estavam sob o domínio muçulmano.
c) a desorganização da economia mercantil italiana, uma vez que as relações comerciais com o Oriente foram prejudicadas em razão do conflito com os “infiéis”.
d) um enriquecimento da cultura muçulmana, que, por meio dos cruzados, recebeu a rica herança da ciência e da filosofia greco-romana.

6 - (PUCC - 04) Dos séculos XI ao XIII, as Cruzadas, que partiam da Europa em direção ao Oriente, provocaram grandes transformações políticas e econômicas, dentre as quais pode-se destacar
a) a dominação européia de todos os territórios islâmicos. b) a hegemonia muçulmana do comércio no Mar Mediterrâneo.
c) a integração comercial entre Veneza e Constantinopla. d) o fortalecimento do poder do papado no mundo cristão ocidental.
e) a destruição do Sacro Império Romano-Germânico.

7 - (UFSJ - 05 ) A Idade Moderna (séculos XV-XVII) foi um período de transformações econômicas, políticas, dessas mudanças:
a) as exportações de capitais para o terceiro-mundo; os regimes republicanos e as monarquias constitucionais; o neodarwinismo; o ateísmo cientificista.
b) o surgimento de um mercado mundial mercantilista; o fortalecimento do poder dos reis; a criação da imprensa; a quebra do monopólio religioso católico.
c) o desenvolvimento da indústria fabril; o liberalismo político no continente europeu; a publicação da enciclopédia iluminista; a laicização ilustrada.
d) as corporações de ofício; as relações de suserania e a vassalagem; o surgimento das primeiras universidades européias; a Companhia de Jesus.

8 - (PUC - PR - 06) Facilitando o comércio e evitando os perigos do transporte do dinheiro amoedado, surgiram os títulos de crédito, como cheques, letras de câmbio, conhecimentos de depósito, e outros, marcando inclusive o nascimento do direito comercial.
Esses progressos comerciais tiveram origem:
a) no livro de autoria de Marco Polo, que revelava idênticas práticas dos chineses.
b) durante a Primeira Cruzada, que conquistou Jerusalém.
c) na iniciativa dos monarcas ingleses do final da Guerra dos Cem Anos.
d) nas feiras medievais.
e) na corte portuguesa dos monarcas da dinastia de Avis.

9 - (PUC - MG - 05) As corporações de ofício desenvolveram-se entre os séculos XII e XIV na Europa ocidental acompanhando o processo de revitalização comercial e se caracterizavam:
a) pela crescente adoção do assalariamento, resultado da proletarização em massa de trabalhadores que passam a vender sua força de trabalho.
b) pelo elevado nível de desenvolvimento tecnológico aplicado à produção, refletindo na intensa mecanização do esforço produtivo.
c) pelo seu caráter exclusivista e fechado, cujos membros monopolizavam o exercício de determinada profissão ou atividade comercial.
d) pela maior liberdade de ação dos produtores, responsáveis pela definição das formas de produção e condições de comercialização.

10 - (PUC - RS - 02) Associe os países europeus (coluna a) aos respectivos fatores políticos que favoreceram a consolidação das monarquias nacionais, no princípio da Era Moderna (coluna b).
Coluna A
1. Portugal
2. Espanha
3. França
4. Inglaterra

Coluna B
1 - Destruição das ordens militares e anexação de seus territórios, sob os chamados Reis Católicos.
2 - Vitória no conflito militar contra Castela, com apoio da burguesia mercantil ao Mestre de Avis.
3 - Expulsão do inimigo estrangeiro do território nacional, pondo fim à Guerra dos Cem Anos.
4 - Final da chamada Guerra das Duas Rosas, com a ascensão de nova dinastia ao trono.
5 - Conquista de Granada, último foco de resistência islâmica à chamada Reconquista Cristã.
A numeração correta na Coluna B, de cima para baixo, é:
a) 2 - 1 - 3 - 4 - 2
b) 2 - 3 - 4 - 3 - 1
c) 1 - 2 - 4 - 3 - 2
d) 1 - 1 - 3 - 4 - 2
e) 2 - 2 - 3 - 4 - 1

11 - (FGV - 00) Leia atentamente as afirmações abaixo, sobre a expansão marítima e comercial moderna, e assinale a alternativa correta.
I - O papel pioneiro na expansão marítima e comercial moderna foi dos Países Ibéricos, tendo Portugal iniciado o feito.
II - O papel pioneiro na expansão marítima e comercial moderna foi dos Países Ibéricos, tendo a Espanha iniciado o feito.
III - As conquistas espanholas em África (Ilhas Canárias), durante o século XIV, demonstraram a força da Invencível Armada às demais nações européias.
IV - A Revolução de Avis foi um marco antecedente fundamental para essa expansão;
V - Bartolomeu Dias, navegador português, foi o responsável pela passagem pelo sul da África e chegada às Índias.
a) Apenas as afirmações I - III e V estão corretas;
b) Apenas as afirmações I e IV estão corretas;
c) Apenas as afirmações II e V estão corretas;
d) Apenas as afirmações I - IV e V estão corretas;
e) Apenas as afirmações III - IV e V estão corretas.

12 - (FURG - RS - 96) Além do monopólio das cidades italianas, do alto preço das mercadorias e do aparecimento da burguesia mercantil, outro fator estimulou diversos países europeus a procurar um caminho marítimo para as Índias:
a) o fim do Império Romano em 476; b) a conquista da Península Ibérica pelos árabes;
c) a conquista de Constantinopla pelos turcos em 1453; d) o descobrimento do Brasil, em 1500; e) o fim da Idade Moderna.

13 - (Mack - SP) “Em outubro de 1347, navios mercantes genoveses chegaram ao porto de Messina. Os marinheiros doentes tinham estranhas inchações escuras, do tamanho de um ovo ou uma maçã, nas axilas e virilhas, que purgavam pus e sangue e eram acompanhadas de bolhas e manchas negras por todo o corpo. Sentiam muitas dores e morriam rapidamente cinco dias depois dos primeiros sintomas.” (Um Espelho Distante - O terrível século XIV)
Cerca de 25 milhões de pessoas morreram entre os anos de 1347 e 1350. Dentre os fatores que contribuíram para esse acontecimento destacamos:
a) a formação do Modo de Produção Feudal;
b) a decadência e posterior desaparecimento da dinastia Carolíngea na Europa medieval;
c) o aumento do intercâmbio comercial entre Europa e Oriente após as Cruzadas;
d) o fim da Guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra devido à peste negra;
e) a expansão Marítima e Comercial Européia e a descoberta do novo mundo.

14 - (Unifenas - 02) Leia as frase abaixo.
“Na França, a nação não constitui uma entidade; reside inteiramente na pessoa do rei.” (Luís XIV)
“Se ensinei aos Príncipes de que modo se estabelece a tirania, ao mesmo tempo mostrei ao povo os meios para dela se defender.” (Nicolau Maquiavel)
Os autores das frases acima são expoentes de um importante modelo político consolidado durante a Idade Moderno. Diante disso, assinale a alternativa que indica corretamente esse modelo.
a) absolutismo monárquico;
b) liberalismo;
c) democracia constitucional
d) totalitarismo
e) parlamentarismo monárquico

15 - (PUCC - 02) O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor, e deve obedecer-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição. (Jacques-Bénigne Bossuet. A política inspirada na Sagrada Escritura. In. Gustavo Freitas. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano.)
O texto escrito no século XVII
a) analisa uma teoria política fundamentada na limitação do poder do real;
b) sintetiza uma concepção da autoridade do rei na monarquia absolutista;
c) refere-se aos princípios políticos orientadores dos déspotas esclarecidos;.
d) identifica uma crítica às doutrinas que defendiam a monarquia absolutista;
e) sintetiza uma proposta de organização política baseada nos ideais do cristianismo primitivo.

16 - MACK - 03) O absolutismo e a política mercantilista eram duas partes de um sistema mais amplo, denominado de Antigo Regime. O termo foi adotado para designar o sistema cujos elementos básicos eram, além do absolutismo e do mercantilismo, a sociedade estamental e o sistema colonial.
Assinale a alternativa que expressa, corretamente, uma prática dos Estados Absolutistas.
a) Liberdade religiosa
b) Centralização político-administrativa
c) Enfraquecimento do poder real
d) Abolição total dos privilégios da nobreza
e) Política econômica liberal

17 - (UFU – 00) O Mercantilismo foi um conjunto de doutrinas e práticas econômicas, que vigoraram na Europa desde a metade do século XV até meados do século XVIII, sendo vital para a acumulação capitalista.
A respeito deste contexto, podemos afirmar que
A) Inglaterra e França foram as nações pioneiras nas grandes navegações, impulsionadas pelas novas descobertas científicas e pela centralização administrativa, proporcionada pelo Estado absolutista, responsável pelo combate aos contrabandistas e aos piratas espanhóis e portugueses.
B) através da produção de artigos manufaturados, Portugal se firmou como a maior potência do final do século XVII, enquanto a Inglaterra, restrita à acumulação de ouro e prata extraídos de suas colônias, ficou dependente da importação de manufaturados .
C) a colonização, sustentada pela grande utilização de trabalho escravo de índios e negros nas chamadas colônias de povoamento, foi vital para o acúmulo de capitais naquele momento, quando Portugal e Espanha incentivaram a produção manufatureira e o comércio interno.
D) com o intervencionismo estatal e o protecionismo, o Estado moderno estimulava o progresso burguês e evitava a concorrência comercial de países vizinhos, fixando tarifas alfandegárias, controlando preços e dificultando a importação de produtos concorrentes.

18 - (FUMEC – 2006) É CORRETO afirmar que o mercantilismo, adotado pelos Estados Absolutistas nos chamados tempos modernos, se constituiu uma política econômica:
a) de características liberais, que levavam à defesa do laissez faire como a forma mais consistente de enriquecimento do Estado.
b) de caráter intervencionista, que buscava manter a balança comercial favorável pela via de um maior volume de exportações.
c) de feição corporativa, que preconizava o fim dos conflitos entre o capital e o trabalho como forma de fortalecer o Estado.
d) de viés fisiocrático, que acreditava ser a agricultura a responsável pela riqueza das nações.

19 - (UNESPAR - 03) Todas as alternativas apresentam características do mercantilismo - doutrinas econômicas dos reis absolutistas , EXCETO:
a) “A abundância do ouro e prata é a riqueza de um país.”.
b) “As colônias só podem abastecer a metrópole a que pertençam, sendo proibidas as manufaturas
nas colônias, já que concorrem com o artigo metropolitano; todo o comércio colonial deve ser monopolizado pela metrópole.”.
c) “O saldo da balança de comércio deve ser favorável, a fim de que aumente o acúmulo de metais preciosos. O lema é ‘vender o máximo, importar o mínimo’”.
d) “As colônias devem ser livres e úteis, atuando como mercado consumidor para as manufaturas das nações produtoras e fonte de matérias-primas para as mesmas”.
e) “O principal meio de conseguir recursos para uma nação carente deles é o desenvolvimento do comércio”.

20 - (PUC - MG - 05) O Renascimento foi um movimento intelectual, artístico e literário ocorrido na Europa nos séculos XV e XVI, que encontrou na Itália o seu berço devido à, EXCETO:
a) precoce unificação política italiana, o que possibilitou enormes investimentos estatais nas artes e nas realizações culturais.
b) proteção e patrocínio dos mecenas, que contratavam os serviços dos artistas e financiavam os estudiosos e literatos.
c) emigração de sábios bizantinos, profundos conhecedores da tradição clássica, após a tomada de Constantinopla pelos turcos.
d) prosperidade econômica das cidades italianas, enriquecidas com o comércio e dotadas de uma burguesia empreendedora.

21 - (CEFET - PR - 05) “Durante o Renascimento, existiu um grande desejo por parte dos mais diversos estudiosos de tentar conhecer, descrever e estabelecer relações entre os fatos observados na natureza e no
próprio ser humano. Deixa-se de lado uma atitude religiosa de mera admiração do mundo como obra de um Deus criador. Ainda que, para aqueles pensadores, o mundo e a humanidade fossem obras de Deus, era preciso conhecê-los cuidadosamente e não apenas admirá-los. É um tempo de humanismo, que pretende enfatizar a dignidade e a independência do espírito humano. (...)” (Graça Proença. O Renascimento. São Paulo: Ática, 1998, p. 13).
Tendo como base o texto acima transcrito, é correto afirmar que:
a) o movimento renascentista inaugurou um novo tempo em que as verdades medievais sustentadas na crença cristã foram negadas.
b) semelhante ao mundo medieval, o Renascimento mantém uma visão de mundo alicerçada no teocentrismo.
c) a verdade, para os renascentistas, era obtida pela experimentação, pela observação e pela razão.
d) o Humanismo, a filosofia do Renascimento, afirmava pelo valor do ser humano enquanto servo de Deus e da Igreja.
e) o conhecimento é buscado para a contemplação do mundo e da natureza.

22 - (UERS - 02) O Humanismo renascentista assinala, no plano das transformações intelectuais, o início dos chamados "tempos modernos". Essa doutrina pode ser identificada por uma das seguintes afirmações. Assinale-a.
a) Filosofia que buscava recuperar a tradição clássica e os valores gregos e romanos, reinterpretando-os à luz das novas preocupações culturais.
b) Filosofia que caracterizou o Renascimento e lhe imprimiu o caráter de imitação da Antigüidade greco-romana.
c) Doutrina que valorizava o misticismo, o geocentrismo e as realizações culturais da época medieval.
d) Doutrina que buscava valorizar o homem moderno, sendo a recusa em reconhecer todo e qualquer valor à Antigüidade greco-romana a sua principal temática.
e) Movimento que antecedeu ao Renascimento, sendo totalmente absorvido por este.

23 -(UNI - BH - 03) Leia o texto a seguir, atentamente:
“Depois de longas investigações, convenci-me por fim de que o Sol é uma estrela fixa rodeada de planetas
que giram em volta dela e de que ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas principais, há outros de segunda ordem que circulam primeiro como satélites em redor dos planetas principais e com estes em redor do Sol.” (Nicolau Copérnico)
A teoria heliocêntrica, formulada por Nicolau Copérnico, provocou conflitos com a Igreja Católica, porque
a) Copérnico se opunha à teoria geocêntrica, herdada do mundo grego e apoiada pelas interpretações dos textos sagrados.
b) o papado não poderia tolerar uma teoria formulada por um ativo seguidor do Luteranismo.
c) ela foi elaborada sem a utilização do método experimental criado pelos teólogos escolásticos.
d) a nova teoria tirava o monopólio da explicação do mundo das mãos da Igreja Católica e o colocava nas mãos dos protestantes.

24 - (UEL - PR - 93) O Renascimento, no início dos Tempos Modernos, entre outros aspectos, enfatizou:
a) o ideal do homem como centro do universo, sendo agente atuante na História;
b) a filosofia do século XII, que afirmava ser a razão fonte de todo o conhecimento;
c) a volta do estilo romântico, que deixara traços profundos na arquitetura;
d) a necessidade de uma fé religiosa, segundo os ensinamentos de São Tomás de Aquino;
e) a adoção do latim como língua internacional das pessoas cultas.

25 - (FGV - 05) É comum referir-se ao calvinismo como a religião do capitalismo, pois essa crença
a) defendia que o trabalho deveria ser valorizado, que o comércio não deveria ser condenado, além de concordar com a cobrança de juros.
b) acreditava que o comércio das coisas sagradas, como os cargos eclesiásticos e as indulgências, traria benefícios para os fiéis e para a sociedade.
c) apresentava doutrina que relacionava a salvação eterna do fiel com a freqüência aos cultos, com a presença da fé e das obras de caridade.
d) preconizava o comércio como uma atividade voltada para o sagrado; assim, grande parte do lucro obtido deveria ser doado para os templos religiosos.
e) praticava a cobrança de todos os sacramentos, especialmente do batismo e da confissão, além do pagamento do dízimo eclesiástico.

26 - (FATEC - SP - 04) A respeito da Reforma Protestante é correto afirmar:
a) O anglicanismo estabelecia o monarca inglês como chefe supremo da Igreja da Inglaterra.
b) O luteranismo significou o surgimento de uma religião popular contrária aos privilégios da nobreza da Alemanha.
c) O calvinismo difundiu-se rapidamente na Itália e na Península Ibérica devido aos seus valores aristocráticos.
d) O anglicanismo representou a separação entre o poder religioso e o Estado na Inglaterra no século XVI.
e) O calvinismo do século XVI sustentava a idéia de que a salvação realizava-se pela fé e pelas obras humanas.

27 - (CEFET - PR - 03) Analise os seguintes trechos de obras e documentos:
I - “O Rei é o chefe supremo da Igreja da Inglaterra [...] Nesta qualidade, o Rei tem todo o poder de reprimir, corrigir erros, heresias, abusos [...] que sejam ou possam ser reformados legalmente por autoridade espiritual”. (Ato de Supremacia, 1534)
II - “O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si. Se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro”. (Tese 6)
III - “[...] a mudança do agir no campo da atividade ética levou à necessidade de racionalizar a ação até o máximo, para obter um sucesso terreno que era avaliado antes de tudo, em termos ético-religiosos.
O mecanismo que daí nasceu e que estimulou não ao consumo, mas à poupança para poder reinvestir em novas atividades econômicas, teria dado lugar à acumulação primária, demonstrando assim a importância do Puritanismo como elemento propulsor do capitalismo”. (Bobbio, Norberto, 1983)
IV - “Que os membros consagrarão suas vidas ao constante serviço de Cristo e do Papa, lutarão sob a bandeira da cruz e servirão ao Senhor e ao Pontífice romano como vigário de Deus na terra, de tal forma que executarão imediatamente e sem vacilação ou escusa tudo o que o Pontífice reinante ou seus sucessores puderem ordenar-lhes para proveito das almas ou para propagação da fé...” (Votos da Companhia de Jesus)
Assinale a alternativa que demonstre corretamente a relação, em ordem respectiva, entre os trechos citados e
seus contextos de surgimento ou ambientes de propagação.
a) Contra-Reforma, Calvinismo, Luteranismo, Anglicanismo b) Anglicanismo, Luteranismo, Contra-Reforma, Calvinismo
c) Anglicanismo, Calvinismo, Luteranismo, Contra-Reforma d) Calvinismo, Anglicanismo, Luteranismo, Contra-Reforma
e) Anglicanismo, Luteranismo, Calvinismo, Contra-Reforma

28 - (FUVEST - 05) “Depois que a Bíblia foi traduzida para o inglês, todo homem, ou melhor, todo rapaz e toda rapariga, capaz de ler o inglês, convenceram-se de que falavam com Deus onipotente e que entendiam o que Ele dizia”. Esse comentário de Thomas Hobbes (1588-1679)
a) ironiza uma das conseqüências da Reforma, que levou ao livre exame da Bíblia e à alfabetização dos fiéis.
b) alude à atitude do papado, o qual, por causa da Reforma, instou os leigos a que não deixassem de ler a Bíblia.
c) elogia a decisão dos reis Carlos I e Jaime I, ao permitir que seus súditos escolhessem entre as várias igrejas.
d) ressalta o papel positivo da liberdade religiosa para o fortalecimento do absolutismo monárquico.
e) critica a diminuição da religiosidade, resultante do incentivo à leitura da Bíblia pelas igrejas protestantes.


29 - (UGF - RJ - 02) Leia o texto o que se segue:
“A Reforma Protestante foi um movimento religioso de adequação aos novos tempos, ao desenvolvimento capitalista; representou no campo espiritual o que foi o Renascimento no plano cultural: um ajustamento de ideais e valores às transformações socioeconômicas da Europa.” (VICENTINO, Cláudio. História geral. São Paulo: Scipione, 1997.)
A opção que indica uma conseqüência da Reforma Protestante é:
a) a consolidação da visão tomista, que considerava a predestinação da alma.
b) o incentivo do domínio da Igreja Católica em alguns países da Europa, através do movimento conhecido
como Reforma Luterana.
c) o rompimento do Papa com os países que apoiavam o movimento reformista, notadamente nas nações
ibéricas.
d) o crescimento dos abusos eclesiásticos que desmoralizavam a Igreja Católica.
e) a quebra da hegemonia política e espiritual da Igreja Católica.

30 - (UGF - RJ - 02) “Hoje, os bispos apenas se preocupam em apascentar-se a si próprios, deixam o cuidado do rebanho a Cristo... esquecem que a palavra do bispo significa trabalho, vigilância, solicitude.
Servem-se apenas, de tais qualidades quando pretendem recolher dinheiro... Ora, tudo deveria ser substituído pelos jejuns, vigílias, lágrimas, orações, sermões, estudos e penitências e mil outros incômodos enfadonhos”.
(ROTTERDAM, Erasmo de. O elogio da Loucura. Lisboa: Europa- América, 1973. P. 117-9)
O texto de Erasmo de Rotterdam critica o estilo de vida dos papas e bispos do séc. XV. Tais idéias promoveram, no séc. XVI, o aparecimento de novas doutrinas religiosas, que ficaram conhecidas por protestantes. Sobre tal momento histórico pode-se afirmar que:
a) a Reforma Protestante conseguiu penetrar, com grande aprovação, em todas as camadas sociais.
b) o Protestantismo Religioso apresentou pouca ligação com os interesses econômicos da burguesia em
ampliar seus lucros.
c) a Igreja Calvinista reconhecia o princípio tomista do livre arbítrio, que defendia a idéia de que o homem
nasceria livre para, mediante suas ações, conquistar a salvação eterna.
d) a Reforma Luterana defendia como uma das suas principais teses o livre exame da bíblia sagrada.
e) a Igreja Anglicana, criada na Inglaterra, pelo Rei Henrique VIII, manteve-se dependente da autoridade
papal, porém seguia os preceitos do luteranismo.


GABARITO

1 – A 2 – C 3 – D 4 – D 5 – B 6 – C 7 – B 8 – D 9 – C 10 – A
11 – B 12 – C 13 – C 14 – A 15 – B 16 – B 17 – D 18 – B 19 – D 20 – A
21 – C 22 – A 23 – A 24 – A 25 – A 26 – A 27 – E 28 – A 29 – E 30 –D

CHINA – OS JOGOS OLIMPICOS E A REALIDADE

FONTE: REVISTA ELETRÔNICA - CARTA MAIOR – 08/08/08
Ignacio Ramonet



Com o lema "Um Mundo, Um Sonho", os Jogos Olímpicos de Pequim deveriam oferecer aos dirigentes chineses, de 8 a 24 de Agosto, a oportunidade para uma reabilitação internacional depois da condenação mundial que sofreram após a matança na Praça de Tiananmen em 1989. Por isso o êxito das Olimpíadas é tão primordial para eles e o primeiro-ministro Wen Jiabao insiste nas consignas de "harmonia" e de "estabilidade". Isso também explica a brutalidade da repressão contra a revolta do Tibete em março passado, assim como o furor das autoridades contra as manifestações que perturbaram, em alguns países, a passagem da tocha olímpica. Ou a rapidez no envio de auxílio aos afetados pelo terremoto de Sichuan de 12 de maio. Nada pode perturbar a consagração mundial da China neste ano olímpico. Estes Jogos celebram os trinta anos desde o início das reformas impulsionadas em 1978 por Deng Xiaoping que permitiram o milagre econômico e o excepcional renascimento da China. Certo é que os seus triunfos impressionam. O PIB chinês duplica a cada oito anos e, em 2008, o seu crescimento pode ultrapassar os 11%. Com uma população de 1,35 bilhões de habitantes - igual à soma das Américas (900 milhões) com a Europa (450 milhões), este país já é a terceira economia do planeta: ultrapassou a Alemanha, ultrapassará o Japão em 2015 e pode superar os Estados Unidos em 2050. A China tornou-se o primeiro exportador mundial e o principal consumidor do planeta. Mas esse milagre tem vários lados ocultos. Em primeiro lugar, as graves violações em matéria de direitos humanos, que contradizem os valores do olimpismo. Por exemplo, a China leva a cabo mais de 7.000 execuções capitais por ano, ou seja, 80% de todas as penas de morte aplicadas no mundo. Além disso, a estabilidade deste colosso vê-se ameaçada por outros perigos: uma previsível quebra bolsista, uma inflação desmedida, um desastre ecológico e motins sociais que se estão multiplicando. O próprio vice-presidente da Assembléia Popular, Cheng Siwei, alertou: "está se formando uma bolha especulativa. Os investidores deveriam preocupar-se com os riscos" (1). E Alan Greenspan, ex-presidente do Banco Federal dos Estados Unidos, acaba de afirmar que os mercados financeiros chineses estão "sobrevalorizados" e alcançaram níveis "insustentáveis". O índice da Bolsa de Xangai multiplicou por cinco desde 2006 e o seu crescimento desde princípios de 2008 é de 106%. Quando uma bolsa atinge picos deste gênero, o afundamento poucas vezes está longe. Neste momento, o número de ricos não pára de aumentar. A China já tem 250.000 milionários em dólares. Mas as políticas liberais do sistema também fizeram aumentar as desigualdades entre ricos e pobres, entre ganhadores e perdedores. 700 milhões de chineses (47% da população) vivem com menos de dois euros por dia; destes, 300 milhões vivem com menos de um euro diário. O "milagre" assenta na repressão e exploração de um imenso exército de trabalhadores (os que fabricam para o mundo inteiro todo o tipo de bens de consumo baratos). Às vezes trabalham entre 60 e 70 horas por semana, recebendo menos do que o salário mínimo. Mais de 15.000 operários morrem em cada ano em acidentes de trabalho. Os conflitos sociais têm aumentado anualmente 30%: greves selvagens, revoltas de pequenos agricultores, além do escândalo das crianças escravas. O atual contexto é propício ao descontentamento, pois na China, como em muitos países, o incremento do preço dos alimentos e da energia (a 19 de junho passado, o governo aumentou o preço dos combustíveis em 18%) traduz-se numa subida da inflação (que alcançava os 7,7% em maio) e uma consequente degradação do nível de vida. As autoridades temem a ameaça de uma inflação desestabilizadora que poderia provocar manifestações de massas semelhantes às que foram afastadas da Praça Tiananmen em junho de 1989. A tudo isto soma-se o perigo de uma catástrofe ecológica que cada dia preocupa mais os cidadãos. O próprio ministro do Meio Ambiente, Pan Yue, admitiu a enormidade do desastre: "Cinco das cidades mais contaminadas do planeta encontram-se na China; as chuvas ácidas caem sobre um terço do nosso território; um terço da nossa população respira um ar muito contaminado. Em Pequim, 70% a 80% dos casos de câncer têm por causa o meio ambiente degradado" (2). Todos os descontentes da China vão querer aproveitar o grande evento das Olimpíadas e a presença de 30 mil jornalistas estrangeiros para expressar as suas iras. As autoridades encontram-se em estado de alerta máximo. Sonham poder desativar o gigantesco barril de pólvora social a ponto de rebentar. Para que os Jogos de Pequim não incendeiem a toda a China.

Tradução de João Romão (Esquerda.Net)
(1) Financial Times, Londres, 30 de janeiro de 2007.
(2) Der Spiegel, Hamburgo, abril de 2005