segunda-feira, 17 de novembro de 2008

JORNAL – O VERMELHO

16 DE ABRIL DE 2008 - 19h26
As lutas pelas reformas e o golpe de 1964
por Augusto Buonicore*
O golpe de 1964 não foi um mero complô militar, com apoio do imperialismo norte-americano. Ele tinha bases sociais fortes nas classes economicamente dominantes e na elite política civil a elas ligada.

Comício da Central do Brasil pela reformas de base
Em agosto de 1961 o Brasil foi pego de surpresa pela notícia da renúncia do presidente Jânio Quadros. Perdendo o apoio da UDN, devido a sua política externa independente, e sem conseguir amparo na esquerda, Jânio pretendia com sua renúncia criar uma crise política que lhe permitisse voltar com maiores poderes. O plano fracassou, pois foram poucos aqueles que exigiram sua recondução ao cargo.
Os ministros militares, apoiados pelos liberal-conservadores, tentaram impedir a posse do vice-presidente João Goulart. Eles lançaram uma nota que dizia: “Na presidência da República, em regime que atribui ampla autoridade e poder pessoal ao chefe do governo, o Sr. João Goulart constituir-se-á, sem dúvida alguma, no mais evidente incentivo a todos aqueles que desejam ver o país mergulhado no caos, na anarquia, na luta civil.”.
Contra o golpe direitista se levantaram amplas forças políticas e sociais. No processo de resistência destacou-se Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul. Neste estado se organizaram milícias populares e a “rede da legalidade”, através da qual as notícias da luta pela posse de Jango eram divulgadas por todo país e ajudavam articular a luta democrática. Os movimentos sindical e estudantil decretaram greve geral. O comando do 3º Exército, contrapondo-se aos ministros militares, rejeitou o golpe contra a constituição e, por alguns dias, o Brasil se encontrou a beira de uma guerra civil.
Em meio à grave crise política, uma saída de compromisso conservadora foi encontrada. Jango assumiria, mas teria seus poderes reduzidos pela instauração do sistema parlamentarista. Em poucas horas, o sistema de governo era alterado e Jango pode ser empossado. Apenas os setores mais à esquerda protestaram contra tal solução conciliatória. Acreditavam que mais alguns dias de resistência teriam garantido a manutenção do presidencialismo.
O deputado Tancredo Neves, dirigente do PSD mineiro, foi eleito para o cargo de primeiro-ministro. Ele era um conciliador, com leve verniz nacionalista e reformista. Por isso mesmo, não era o candidato favorito da ala direitista do PSD e da UDN. No seu governo, dando vazão a desconfiança da direita liberal, foram canceladas as concessões das jazidas de ferro à companhia norte-americana Hanna. Escandalizou, também, os conservadores o reatamento de relações diplomáticas com a URSS e as sistemáticas objeções às propostas de sanções norte-americanas contra Cuba. Parte dessa política externa altiva se deveu ao ministro das relações exteriores Santiago Dantas. Por sinal, este havia sido o único ministério preenchido pelo partido do presidente da República, o PTB.
No entanto, o ministério da fazenda coube ao banqueiro Walter Moreira Salles, adepto da ortodoxia liberal-conservadora. Este foi um meio encontrado para conseguir apoio da “comunidade financeira internacional”. Um no cravo e outro na ferradura, este era o lema.
O presidente era um latifundiário que tinha como base social de seu governo os trabalhadores urbanos. Apoio que havia consolidado nos seus poucos meses à frente do Ministério do Trabalho do segundo governo de Vargas, quando propôs um reajuste de 100% no salário mínimo. Proposta que levou a uma crise militar – o “manifesto dos coronéis” - e sua destituição do ministério.
No primeiro ano de seu governo a inflação continuou sua marcha batida. O deputado da esquerda trabalhista Sérgio Magalhães afirmou: “grupos financeiros, externos e internos, procuram criar, com a elevação desenfreada do custo de vida e a especulação no mercado cambial, uma situação insustentável, que justifique perante o povo, a implantação de uma ditadura de direita”. Além da inflação, o país começou apresentar claros sinais de estagnação econômica.
Cresceu na sociedade – inclusive nas Forças Armadas – a idéia que o parlamentarismo criava enormes dificuldades para superação da crise econômica e política. Era preciso fortalecer os poderes do presidente. Aumentou então a pressão para antecipação do plebiscito que deveria decidir sobre o sistema de governo. Ele estava previsto para o final do governo de Jango.
No primeiro de maio de 1962, Jango anunciou que pretendia alterar o artigo da constituição que impedia uma efetiva reforma agrária, pois a condicionava ao pagamento prévio, em dinheiro e pelo justo valor aos grandes proprietários de terra. As reformas de base começavam tomar conta da pauta política e polarizar opiniões. Para a esquerda nacionalista o caminho das reformas democráticas parecia passar pela volta imediata ao presidencialismo.
Após a renúncia de Tancredo se deu uma luta política pela indicação do nome que o substituiria. Jango defendia o petebista Santiago Dantas, que, por sua vez, era rejeitado pelo PSD e pela UDN. No embate parlamentar, a direita parecia prestes a impor o conservador Auro de Moura Andrade. A resposta dos setores operários e populares foi a convocação de uma greve geral em defesa de um “governo democrático e nacionalista”. A greve foi apoiada pelos generais nacionalista, entre eles o comandante do I Exército, Osvino Alves. Sob forte pressão, Moura Andrade foi obrigado a renunciar da indicação.
A alternativa encontrada foi a eleição de Brochado da Rocha. Como o anterior, tratava-se um gabinete conciliador com verniz reformista. Ele se destacou pela elaboração e aprovação da Lei de Remessa de Lucros e pela tentativa de antecipar o plebiscito sob o sistema de governo para outubro de 1962, data que ocorreria eleição para renovação do congresso.
A rejeição da proposta de antecipação levou a convocação de uma nova greve geral e o aumento da pressão dos setores militares, que se impacientavam com a demora na definição da data do plebiscito. Este finalmente foi marcado para janeiro de 1963. Mais uma vitória das forças nacionalistas.
Um dos últimos atos de Brochado da Rocha foi solicitar do congresso a autorização para que o conselho de ministro pudesse legislar, através de decretos-leis, sobre as reformas de base. Isso, no entanto, era demais para as forças conservadoras que rejeitaram o pedido. O primeiro-ministro renunciou e em seu lugar foi indicado Hermes Lima. Sua única e grande missão foi organizar plebiscito.
Parênteses: Este foi um período de ascensão das lutas sociais. Entre 1961 a 1963 ocorreram 435 greves, contra 177 no triênio anterior. Em julho de 1962 foi criado o Comando Geral de Greve para coordenar a greve geral política por um gabinete nacionalista. No mês seguinte esta organização foi transformada no Comando Geral dos Trabalhadores (CGT). Em dezembro de 1963 surgiu a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura. O movimento camponês, através dos sindicatos rurais e das ligas camponesas, tomava vulto e apavorava os latifundiários.

Antes do plebiscito ocorreu a eleição de outubro de 1962. O prestígio da Jango e a perspectiva das reformas levaram a uma grande vitória das forças democráticas e nacionalistas. O PTB quase dobrou o número de deputados federais: de 66 passou para 116. Os pequenos partidos aliados nacionalistas, trabalhistas e socialistas conquistaram 49 vagas. Representando um aumento significativo das forças pró-reformas, se comparado com a composição do congresso na gestão anterior. Apesar disso, elas representavam apenas 40% da câmara federal – número insuficiente para impor as mudanças necessárias. Do outro lado, o PSD conquistou 118 cadeiras, a UDN 91 cadeiras e os pequenos partidos conservadores conseguiram 35. Ou seja, 60% da Câmara ainda estavam nas mãos de forças tendencialmente conservadoras. O crescimento da esquerda nacionalista no parlamento não refletiu nos executivos estaduais. O direitista Carlos Lacerda se elegeu governador na Guanabara, Adhemar de Barros em São Paulo, Magalhães Pinto em Minas Gerais e Ildo Meneghetti no Rio Grande do Sul. Todos estes eram ardorosos opositores do presidente e ligados ao esquema golpista. Os setores nacionalistas elegeram Miguel Arraes para o governo de Pernambuco e Mauro Borges para o de Goiás.
Mas, o governo Jango teria uma estrondosa vitória poucos meses depois. No plebiscito de janeiro 1963 cinco em cada seis eleitores votaram pela volta do presidencialismo, restituindo assim plenos poderes ao presidente. O presidencialismo conquistou nove milhões de votos, o dobro da votação conseguida por Jango na eleição de 1960. Era a sua consagração política.
A esquerda imaginava que Jango aproveitaria das vitórias eleitorais obtidas para iniciar uma grande ofensiva favorável às reformas de base. No entanto, o presidente optaria pelo caminho mais lento da conciliação. O novo ministério, como os anteriores, incorporou conservadores e reformistas. O resultado dessa nova tentativa de conciliação foi o Plano Trienal, elaborado por Celso Furtado. Ele propunha medidas de contensão inflacionária e de desenvolvimento econômico, como condições preliminares para implementação das reformas. Embora não-ortodoxo o plano não agradou os nacionalistas e socialistas que desejavam algo mais avançado, condizente com o resultado do plebiscito.
O PSD sempre teve uma posição ambígua em relação ao governo Jango e isto se devia a contradição existente entre sua base social conservadora e sua origem varguista. Flertava com o governo, tentado empurrá-lo para posições mais conservadoras. Jango, algumas vezes, entrava neste jogo e procurava isolar a esquerda trabalhista. Mas, conforme a crise econômica e política avançavam, a maioria do partido deslocou-se para o campo da oposição. O principal articulador da direita do PSD foi o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade.
Nos últimos meses de 1963, Jango tentou organizar uma Frente Progressista de Apoio às Reformas de Base, na qual se incluía o PSD. A proposta foi rechaçada pela esquerda trabalhista (brizolista) que liderava a Frente de Mobilização Popular. Inicialmente, o PCB defendeu a proposta de Goulart e depois recuou. A Frente Parlamentar Nacionalista tendia a defender Goulart e a ampliação da aliança política em defesa das reformas, mesmo às custa de algumas concessões programáticas. A incapacidade de unificar a esquerda levou ao fracasso do projeto frentista que, por sinal, também não era bem visto pelos caciques do PSD.
A Frente de Mobilização Popular, por sua vez, era formada pela ala esquerda do PTB - o chamado grupo compacto – o PC brasileiro, o PCdoB, a POLOP, a AP e entidades gerais, como o CGT, a UNE, as Ligas Camponesas etc. Nela o brizolismo era muito influente. Defendia as reformas de base e se colocava radicalmente contra a política de conciliação implementada por Jango e Santiago Dantas.
A direita também tinha as suas organizações. No processo de desestabilização do governo Jango jogou um grande papel o chamado Complexo IBAD-IPES. Estas duas organizações se unificaram em julho de 1962 formando o principal centro de financiamento e difusão ideológica das forças golpistas. O IBAD recebia contribuições das grandes empresas multinacionais, como a General Motors, Texaco, Schering, Coca-cola, IBM, Esso, Souza Cruz etc. Para o IPES contribuíam 297 corporações norte-americanas, além de empresas da Alemanha Ocidental, Inglaterra e Bélgica. Uma CPI no Congresso determinou o fechamento do IBAD por corrupção eleitoral, mas não tocou no IPES.
No final de 1963 era visível que o Plano Trienal havia fracassado. Ele não conseguiu estancar a inflação nem garantir um desenvolvimento mais rápido. A política de conciliação, expressada nele, parecia finalmente ter se esgotado. Abria-se uma fase de crescente e perigosa radicalização social e política.
Diante da oposição crescente da direita, apoiada pelo imperialismo estadunidense, Jango rompeu com a política anterior e aderiu à tese da frente de esquerda e nacionalista. Em janeiro de 1964, Goulart regulamentou a lei de remessa de lucro, que havia sido aprovada há mais de um ano. Alguns dias antes já havia assinado um decreto que previa a revisão de todas as concessões feitas na área de mineração.O marco desta passagem foi, sem dúvida, o comício de 13 de março realizado na Central do Brasil. Dele participaram 200 mil pessoas, sob a proteção do I Exército. Bastante simbólico foi o fato de que este ato havia sido convocado pelas confederações sindicais. Jango foi apenas um dos convidados, ainda que o principal. No seu discurso o presidente foi duro com seus opositores de direita. Afirmou ele: “Chegou-se a proclamar que esta concentração seria um ato atentatório ao regime democrático, como se no Brasil a reação ainda fosse dona da democracia (...) A democracia que eles desejam impingir é a democracia do anti-povo, a democracia da anti-reforma, a democracia do anti-sindicato (...) A democracia que eles pretendem é a democracia dos privilégios, a democracia da intolerância e do ódio. A democracia que eles querem é a democracia para liquidar a Petrobrás, é a democracia dos monopólios, nacionais e internacionais”. Continuou ele: “não receio ser chamado de subversivo pelo fato de proclamar (...) a necessidade da revisão da Constituição (...) A constituição atual é uma constituição antiquada, porque legaliza uma estrutura sócio-econômica já superada; uma estrutura injusta e desumana. O povo quer que se amplie a democracia, quer que se ponha fim aos privilégios de uma minoria; que a propriedade da terra seja acessível a todos; que a todos seja facilitado participar da vida política do país, através do voto, podendo votar e podendo ser votado; que se impeça a intervenção do poder econômico nos pleitos eleitorais e que seja assegurada a representação de todas as correntes políticas, sem quaisquer discriminação ideológica ou religiosa”.
Jango arremessou-se contra aqueles que usavam do manto da religião para combater as reformas: “O cristianismo nunca foi o escudo para privilégios (...) nem também os rosários podem ser levantados contra a vontade do povo e as suas aspirações mais legítimas. Não podem ser levantados os rosários da fé contra o povo, que tem fé na justiça social (...) Os rosários não podem ser erguidos contra aqueles que reclamam a discriminação da terra, hoje ainda em mãos de tão poucos”. Isso enfureceria a alta cúpula da Igreja católica que, naquele momento, se vinculava aos setores mais reacionários da sociedade.
Ainda no palanque Jango assinou dois decretos. Em um estatizou as refinarias de petróleo privadas e em outro desapropriou as terras com mais de cem hectares que margeavam as rodovias, ferrovias e açudes federais. Para a esquerda era o começo das reformas de base democráticas. O deputado socialista Barbosa Lima Sobrinho escreveu exultante um artigo intitulado “As esquerdas tem um Novo Comandante”. Jango, finalmente, se reconciliava com a esquerda nacionalista e comunista.Entre as reformas apregoadas estavam: a reforma agrária, que tinha como condição a eliminação do artigo constitucional que previa indenização prévia e em dinheiro; a reforma política, que incluía a legalização do PCB, extensão do direito ao voto aos analfabetos, soldados, cabos e sargentos; a reforma universitária que previa abolição da cátedra e liberdade de ensino. Jango planejava submeter todas essas propostas a um plebiscito nacional.
As reformas anunciadas por Jango não tinham nada de radical, mas assustaram as elites brasileiras. Para o Marechal Castelo Branco era o primeiro passo para o estabelecimento de uma “ditadura síndico-comunista”. Lacerda engrossou o coro dos golpistas: “O discurso de João Goulart, afirmou ele, é subversivo e provocador (...) O candidato furou ontem a barreira da Constituição (...) A guerra revolucionária está desencadeada. Seu chefe ostensivo é o Sr. João Goulart, até que os comunistas lhe dêem outro”.
No dia 19 de março veio a resposta conservadora. Uma passeata de cerca de 500 mil pessoas intitulada “Marcha da família com Deus pela liberdade” paralisou o centro de São Paulo. O evento teve apoio do governo de Estado, de setores da Igreja Católica, da Fiesp, da Sociedade Rural, das Associações Comerciais e diversas entidades das classes médias. A grande imprensa começava a clamar abertamente pela destituição de Jango.
O pretexto do golpe militar foi a revolta dos marinheiros e fuzileiros, que teve início em 26 de março. Ela foi apoiada pela CGT, pela UNE e pela Frente de Mobilização Popular. A quebra de hierarquia militar foi esgrimida pelos oficiais golpistas contra o governo. Era a comprovação de que o país estava à beira de um levante síndico-comunista e que a ordem liberal-burguesa estava ameaçada. Fechou-se, então, o cerco em torno de Goulart. Contra ele se levantou o conjunto das classes proprietárias, inclusive a chamada burguesia nacional e as camadas médias.
Na noite do dia 31 de março eclodiu um golpe militar visando derrubar o presidente da República. Logo em seguida o presidente do Congresso Nacional, Áureo de Moura Andrade, convocou uma sessão extraordinária e, com Jango ainda em território brasileiro, declarou vaga a presidência e, sob protesto dos parlamentares progressistas, empossou o deputado Raniere Mazzili.
A grande maioria dos governadores, assembléias legislativas e câmaras municipais apoiaram a deposição de Goulart. A mesma coisa fizeram os grandes órgãos de comunicação. Portanto, o golpe de 1964 não foi um mero complô militar, com apoio do imperialismo norte-americano. Ele tinha bases sociais fortes nas classes economicamente dominantes e na elite política civil a elas ligada.

Nota
Veja trecho do discurso de Jango na Central do Brasilhttp://www.youtube.com/watch?v=KjM48ZjevmA&feature=related

Bibliografia
Bandeira, Luiz Alberto Moniz – O governo João Goulart: as lutas sociais no Brasil (1961-1964), editora UNB.Silva, Hélio – 1964: golpe ou contra-golpe, Ed. Civilização Brasileira. Toledo, Caio Navarro (org) 1964: visões críticas do golpe, Ed. Unicamp.-------------------------- - O governo Goulart e o golpe de 1964, Ed. Brasiliense.
*Augusto Buonicore, Historiador, mestre em ciência política pela Unicamp

SIMULADO ´8

1 - (UEM - 05) "Durante a primeira metade do século XIX, a classe burguesa desenvolveu, especialmente na Inglaterra, a chamada Economia Política Clássica. Essa escola, baseada nas idéias do Liberalismo Econômico, teve como ponto de partida a obra de Adam Smith. Em seus estudos, os economistas burgueses explicaram e muitas vezes justificaram o funcionamento do sistema capitalista, que experimentava espetacular desenvolvimento na Europa ocidental e nos Estados Unidos. Mas, na mesma época, com o aparecimento do proletariado e dos problemas sociais gerados pelo capitalismo industrial, desenvolveram-se também as escolas do Socialismo Utópico e do Socialismo Científico, que realizaram a crítica à ordem capitalista e à Economia Política Clássica." (CAMPOS, Raymundo Carlos Bandeira. Estudo de História: moderna e contemporânea. São Paulo: Atual, 1988, p.182).
A respeito das questões mencionadas na citação acima, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Os chamados socialistas utópicos se caracterizavam por defenderem reformas na sociedade que mais se assemelhavam a sonhos. Suas propostas eram idealistas e não levavam em conta as resistências da sociedade capitalista às mudanças, contando principalmente com a boa vontade dos indivíduos.
02) O Movimento Cartista, que surgiu na Inglaterra nos fins da década de 1830, é resultado dos esforços da burguesia para evitar que o movimento operário descambasse para a barbárie e ameaçasse a existência da propriedade privada.
04) O Socialismo Científico caracteriza-se por uma teoria que acreditava na racionalidade científica da burguesia para a realização da socialização pacífica dos meios de produção.
08) Os fundadores do chamado Socialismo Científico foram os alemães Karl Marx e Friedrich Engels, que publicaram, em 1848, o Manifesto do Partido Comunista, criticando os socialistas utópicos e a Economia Política Clássica.
16) A chamada Economia Política Clássica tem em Adam Smith, autor de A Riqueza das Nações (1776), e em David Ricardo, autor de Princípios de Economia Política (1817), dois de seus principais teóricos. Ambos defendiam a liberdade de comércio como sendo a forma mais adequada de promover o desenvolvimento da riqueza.
A soma das afirmativs corretas é:
a) 03;
b) 07;
c) 25;
d) 22;
e) 14.

2 – (UFLA - MG - 04) Enumere a 2ª coluna (pensadores) de acordo com a 1ª (doutrinas) e, a seguir, indique a alternativa que apresenta a seqüência CORRETA.
1 - Liberalismo econômico ( ) Mikhail Bakunin
2 - Socialismo ( ) Adam Smith
3 - Anarquismo ( ) Friedrich Engels
4 - Fisiocracia ( ) François Quesnay
a) 1 - 2 - 3 - 4 b) 1 - 3 - 2 - 4 c) 3 - 2 - 1 - 4
d) 3 - 1 - 2 - 4 e) 2 - 3 - 1 - 4

3 - (UFMG - 06) Em 1891, o Papa Leão XIII editou um documento . a encíclica Rerum Novarum . que deixou marcas profundas na Igreja Católica. A importância desse documento transcende os muros da Igreja, haja vista que ele redefiniu o pensamento católico e o modo como essa Instituição se relacionava com as sociedades em que atuava.
Considerando-se a influência da Rerum Novarum, é CORRETO afirmar que essa encíclica
a) significou uma condenação vigorosa da guerra e do colonialismo, pela manifestação do pacifismo e do humanismo inerentes aos valores cristãos.
b) deu origem ao pensamento social católico, a partir do impacto da expansão do capitalismo e do crescimento do ideário socialista.
c) transformou a Igreja em aliada do movimento fascista, abrindo caminho para a Concordata entre o Papa e o Estado italiano.
d) representou uma tomada de posição do Vaticano contra a religião muçulmana, que crescia em ritmo acelerado e ameaçava a posição hegemônica do catolicismo.

4 - (Cesgranrio - 76) Na Carta Rerum Novarum, Leão XIII definiu a posição da Igreja com relação aos problemas do Liberalismo e do Socialismo e conclamou todos a se unirem para realizar uma ordem social justa, propondo reformas que:
a) fizessem vigorar o Liberalismo Econômico, socializando-se porém os bens móveis e o crédito;
b) abolissem a propriedade particular e construíssem uma nova sociedade sem desigualdade de riqueza;
c) promovessem uma nova distribuição da propriedade, de forma a por fim às desigualdades sociais;
d) freassem o desenvolvimento industrial, ao qual atribuíam a responsabilidade pelas marcadas desigualdades sociais existentes;
e) garantissem a preservação da propriedade e possibilitassem a convivência harmoniosa entre as classes sociais.

5 - (PUC - SP - 98) Segundo o historiador Eric Hobsbawn, para o liberalismo clássico o homem era um animal social apenas na medida em que coexistia em grande número. Por isso, considera que o símbolo literário do “homem” dessa corrente de pensamento foi Robinson Crusóe, que conseguiu, após um naufrágio, viver quase três décadas numa ilha deserta, criando, sozinho, as condições de sua sobrevivência.
Em consonância com esse perfil, o pensamento liberal pressupõe:
a) a crença no progresso, que deveria assegurar, através da intervenção governamental na atividade econômica, a felicidade e o conforto ao maior número de possível de pessoas.
b) a crença no racionalismo, na livre iniciativa e no progresso, daí decorrendo a necessidade de manter a menor interferência governamental possível na atividade econômica;
c) a crença de que o bem estar social seria assegurado pelo respeito aos costumes tradicionalmente aceitos e estabelecidos;
d) a idéia de que a sociedade seria formada por uma teia de relações, tornando necessário ao homem agir em função dos seus semelhantes;
e) a idéia de que só um governo centralizado e forte poderia assegurar a liberdade econômica e a obtenção dos objetivos individuais.

6 - (PUC - MG) É característica do Estado Liberal, EXCETO:
a) intervenção na economia privada; b) manutenção da ordem; c) exercício da justiça pelo executivo;
d) intensificação das relações exteriores; e) preocupação com a defesa nacional.

7 - (Fuvest) A diferença fundamental entre o mercantilismo e o liberalismo econômico é:
a) a ênfase na produção de subsistência no primeiro e a exploração da matérias-primas no segundo;
b) a regulamentação e proteção estatal da economia no primeiro e a defesa da liberdade total da iniciativa privada no segundo;
c) o uso obrigatório do trabalho escravo no primeiro em oposição ao trabalho livre característico do segundo;
d) o mercado aberto a toda concorrência no primeiro e a restrição à entrada de produtos estrangeiros no segundo;
e) a defesa de uma economia baseada exclusivamente na lei da oferta e da procura no primeiro e apenas a acumulação de ouro e prata no segundo.

8 - (UFMG - 90) Todas as alternativas apresentam idéias básicas do Socialismo Científico, EXCETO:
a) a classe operária é a força revolucionária que deve tomar o poder político;
b) a ditadura do proletariado é a fase de transição para se alcançar o comunismo;
c) a evolução histórica é determinada pelo avanço da luta de classes;
d) a sociedade de cada época é determinada pelas condições econômicas;
e) o homem é solidário com seus semelhantes, abrindo mão de quaisquer privilégios.

9 – (FINP - 96) Responda a questão de acordo com o código abaixo.
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas;
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas;
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem erradas.
Sobre as teorias de Karl Marx que influenciaram o movimento operário europeu no final do século XIX, pode-se afirmar que:
I - A exploração do capitalismo sobre o trabalho é oculta por causa da mais valia.
II - Os patrões não são, em geral, exploradores de mão-de-obra e, sim, são levados a pagar baixos salários por causa das regras do capital.
III - Antes do capitalismo, o trabalhador era explorado pelo senhor dono da terra, trabalhando especificamente para ele alguns dias da semana.

10 - A diferença entre o socialismo utópico e o científico é que:
a) o primeiro tinha uma preocupação estritamente científica enquanto o segundo caracterizava-se pelo seu caráter meramente especulativo;
b) não havia diferenças entre eles. O que havia eram simples divergências pessoais entre os autores;
c) os socialistas utópicos formulavam o projeto ideal de uma sociedade futura, enquanto os socialistas científicos, ao analisar as causas da formação da sociedade capitalista e as contradições destas, formularam a possibilidade de sua destruição;
d) tanto socialistas utópicos como científicos denunciavam os males do capitalismo; no entanto, persistia uma diferença que se prendia ao fato de que os socialistas utópicos nunca pensaram em sociedade futuras.

11 - (FGV - 73) O movimento de Owenismo (Robert Owen), no chamado socialismo utópico do século XIX, caracterizou-se por:
a) pretender a conquista do poder imediatamente e através da luta armada;
b) pretender destruir o sistema capitalista, através de sua paralisação por uma greve universal e de duração indeterminada;
c) pretender a criação de comunidades-modelo, a base da cooperação nas quais não haveria a instituição do lucro;
d) pretender chegar ao socialismo, através de barganhas entre a cúpula sindical e os representantes dos patrões, unicamente;
e) sustentar que havia o capitalismo em virtude de os homens terem sido condenados à miséria terrena, sendo o mundo celestial socialista, daí a abdicação de qualquer movimento de rebelião ou greve.

12 - (UFMG - 93) Um princípio básico do socialismo utópico é:
a) a crença em um sistema filosófico-religioso baseado na razão, que rejeita a idéia da revelação divina e de qualquer autoridade da Igreja;
b) a formação de comunidades auto-suficientes, em que os homens, através da livre cooperação teriam suas necessidades satisfeitas;
c) a integração do processo produtivo fabril ao desenvolvimento científico, na medida em que esse possibilitava maior rendimento e produtividade;
d) a plena liberdade econômica, através da instituição do mercado e a garantia da propriedade privada;
e) a supremacia da natureza entendida como a produtividade exclusiva da terra relegando a um segundo plano a manufatura e o trabalho de processamento.

13 - (FCL - SP - 02) "O governo e, consequentemente, o Estado representam a origem dos males da sociedade Afirmando serem o industrialismo e o capitalismo produtos do Estado, pregavam a eliminação do Estado e da propriedade privada. Defenderam a formação de um conjunto de pequenas comunidades cooperativas sem visar o lucro". (História das sociedades modernas às sociedades atuais. SP: Record. p. 340.)O texto sintetiza idéias filiadas ao
a) socialismo científico. b) positivismo. c) anarquismo. d) evolucionismo. e) fascismo.

14 - (Mack - 04) Para nós, a autoridade não é necessária à organização social; ao contrário, acreditamos que ela é sua parasita, que impede sua evolução e utiliza seu poder em proveito próprio de uma certa classe que explora e oprime as outras. Enquanto houver harmonia de interesses em uma coletividade, enquanto ninguém quiser ou puder explorar os outros, não haverá marca de autoridade;.... (Enrico Malatesta)
A respeito da doutrina professada por Enrico Malatesta, é correto afirmar que:
a) ambicionava construir uma ciência da natureza humana, não estabelecia distinção entre ciência física e ciência social e identificava a teoria moral, religiosa e política existente como o principal obstáculo à realização das leis da harmonia.
b) afirmava que, após a revolução, os trabalhadores estabeleceriam a ditadura do proletariado e, mais tarde, com o crescimento da produção e da riqueza, o próprio Socialismo daria lugar ao Comunismo, sociedade na qual não existiriam as classes sociais e o Estado.
c) considera que o Estado e a propriedade privada são a fonte de todos os males sociais e devem ser substituídos por uma sociedade de homens livremente associados, sem leis codificadas, sem polícia, sem tribunais ou forças armadas.
d) acreditava que o Estado, a Igreja e a burguesia financeira e industrial seriam extintas lentamente, sem a necessidade de lutas sociais, ao longo do processo histórico de desenvolvimento do Socialismo e de sua transição para a sociedade anarquista.
e) preconiza uma sociedade na qual não haveria luta de classes, porque os ricos não seriam tão ricos e os pobres não seriam tão pobres. O capital e o trabalho deveriam viver em colaboração um com o outro, obedecendo aos princípios da caridade cristã.
15 - (Mack - 01) Em 1864, em Londres, foi fundada a Associação Internacional dos Trabalhadores. Seus primeiros encontros foram marcados pelos conflitos teóricos entre Karl Marx e Mikhail Bakunin. Em 1872, num congresso em Haia, Bakunin e seus seguidores foram expulsos da Internacional. Sobre as Internacionais é correto afirmar que:
a) a I Internacional foi a matriz do movimento operário, com as teses de Karl Marx ainda misturadas a ideologias anarquistas.
b) a IV Internacional, fundada na América Latina, foi criada para promover as articulações internacionais do proletariado e defender a social-democracia.
c) a II Internacional definiu-se como anarquista e pregou a defesa da violência como única forma de alcançar uma sociedade sem Estado e sem desigualdades.
d) a III Internacional favoreceu os anarquistas, que se contrapunham à criação de um Estado socialista e à ditadura do proletariado de Karl Marx.
e) as Internacionais foram formadas por operários que, através de discussões políticas, chegaram a formular um conceito unitário de socialismo democrático.

16 - (CEFET PR - 01) Adam Smith (1723-1790) surgiu entre os economistas do Iluminismo, preocupando-se em sistematizar a análise econômica, com a demonstração e a elaboração de leis, fundando, assim, a economia moderna, a economia como ciência. Suas propostas, nas quais considerava o trabalho e não a terra como fonte de toda riqueza, ficaram conhecidas como:
a) mercantilismo. b) fisiocracia. c) absolutismo econômico.
d) socialismo econômico. e) liberalismo econômico.

17 - (UDESC) Entre os argumentos que justificam a defesa das doutrinas liberais surgidas no final do século XVIII e início do século XIX, encontramos:
I - Crença nas leis naturais da economia.
II - Publicação e divulgação de idéias como as de Adam Smith.
III - Críticas dos socialistas ao progresso industrial.
IV - desejo de atingir o comunismo pela superação das classes sociais.
Assinale:
a) se as afirmativas I e II estiverem corretas;
b) se as afirmativas II e III estiverem corretas;
c) se as afirmativas III e IV estiverem corretas;
d) se as afirmativas II e IV estiverem corretas;
e) se as afirmativas I e III estiverem corretas.

18 - (PAS - UFLA - 00) Alguns movimentos ideológicos marcaram o século XIX e o início do século XX. Sobre eles, relacione as colunas e identifique a alternativa que apresenta a seqüência correta.
1 - Liberalismo ( ) Defende uma sociedade sem classes, na qual os proletários tomarão o poder em substituição
2 - Socialismo ao capitalismo, razão as exploração e das diferenças sociais.
3 - Anarquismo ( ) Defende uma sociedade sem a existência de propriedade privada, Estado, partidos políticos,
religião oficial e diferenças sociais.
( ) Defende uma sociedade em que o Estado não deve limitar ou determinar as ações pessoais, empresariais, comerciais e industriais.
a) 1 - 2 - 3; b) 2 - 1 - 3; c) 2 - 3 - 1; d) 1 - 3 - 2; e) 3 - 2 - 1.

19 - (UFMG) No período compreendido entre o Congresso de Viena e a Primeira Guerra Mundial, a Europa experimentou relativa estabilidade. As únicas guerras que ocorreram nesse continente estavam ligadas aos processos de unificação italiana e alemã. Assinale a alternativa que melhor identifica o nacionalismo que inspirou esses conflitos.
a) a idéia de expansão das nações européias como meio de tornar os países sul-americanos e africanos mais modernos;
b) a idéia de que cada nação deveria ser um Estado independente e de que a nacionalidade estava associada à identidade de língua, religião, etnia e cultura;
c) o estabelecimento de novas nações que tinham como princípio definidor dos seus limites as atividades agromercantis por elas desenvolvidas;
d) o princípio de que nações deviam ser criadas a partir da identidade racial sendo, assim, preservadas as raízes culturais comuns entre os súditos.

20 - (UGF - RJ) A difusão e o fortalecimento da Revolução Industrial na Europa, ao longo do século XIX, acarretou o surgimento de diversas doutrinas sociais que criticavam as conseqüências sociais da consolidação do capitalismo na Europa. Dentre essas doutrinas, destacamos a Doutrina Social elaborada pela Igreja Católica, definida pela Encíclica Rerum Novarum (1891), que propunha o(a):
a) valor da religião como instrumento de reforma, justiça social e de defesa da dignidade da classe trabalhadora;
b) fim do Estado como necessário ao avanço do bem-estar e da extinção das desigualdades sociais;
c) condenação da existência da propriedade privada, por estar na origem da miséria econômica das classes trabalhadoras;
d) defesa da luta de classes como forma de se extinguir a exploração do homem pelo homem;
e) validade das revoluções sociais para a libertação política e econômica das nações oprimidas por governos despóticos.

21 - (EFOA - 00) A data de 1º de maio tornou-se mundialmente consagrada ao Dia Internacional da Solidariedade aos Trabalhadores, ou “Dia do Trabalho”, devido a qual fato histórico?
a) rebelião dos escravos no Haiti em 1791;
b) publicação do “Manifesto Comunista” por Marx e Engels em 1848, na Alemanha;
c) tragédia de Chicago (EUA), em 1866, quando uma geral pela fornada de 8 horas foi violentamente reprimida;
d) eclosão da “Comuna de Paris”, em 1871;
e) implantação da “Ditadura do Proletariado” na URSS, em 1917.

22 - (PUC) Nas divergências entre anarquistas e socialistas sobre o movimento operário europeu, na passagem do século XIX ao século XX, destaca-se:
a) a proposta dos anarquistas de privilegiar a organização sindical como forma de luta;
b) a idéia dos socialistas de que a greve geral seria o fim último dos trabalhadores;
c) a tentativa dos anarquistas de tomar o Estado pelo sistema corporativista;
d) a crença dos socialistas na via parlamentar como forma exclusiva de se chegar ao poder;
e) a posição dos anarquistas contrária à organização dos trabalhadores em partido político.

23 - (UFU – 03) Os Estados Unidos tornaram-se uma nação economicamente poderosa na segunda metade do século XIX, desenvolvendo um forte mercado interno e uma política externa imperialista em relação ao continente americano.
Assinale a alternativa que retrata corretamente este contexto.:
A) A Doutrina Monroe, sintetizada na afirmação “ A América para os americanos” e criada pelo grupo político Democrata, procurava defender os princípios de igualdade de direito à propriedade e à liberdade da Constituição, resguardando a soberania do indivíduo perante o Estado.
B) A situação dos índios e afro-americanos, neste contexto, foi sanada, respectivamente, pela criação de reservas mantidas pelo Estado e pela abolição da escravidão logo após a vitória do Norte na Guerra de Secessão, incorporando-os ao mercado de trabalho e de consumo.
C) A expansão territorial em direção ao Oeste permitiu a anexação de enormes faixas de terras, interiorizando a ocupação. O Homestead Act incentivou essa marcha, com a distribuição gratuita de terras aos estrangeiros, além da grande atração motivada pela corrida do ouro na Califórnia.
D) A política externa norte-americana no século XIX foi sustentada pelo Destino Manifesto, responsável pelo desenvolvimento de áreas atrasadas no continente, tais como: o México, Cuba, Nicarágua e a região do Canal do Panamá, incorporando-as ao mercado internacional, possibilitando a supremacia dos Estados Unidos como potência mundial.

24 - (FUNREI - 05) “A Guerra Civil foi uma ‘guerra total’ porque o Norte só poderia conseguir atingir seus fins de restaurar a União se derrotasse o Sul por completo [...]. Uma guerra total é o teste entre sociedades, economias e sistemas políticos...” (Robert A. Divine e outros. América: passado e presente)
A Guerra de Secessão estadunidense, ocorrida entre 1860 e 1865, se deu entre
a) os colonos americanos e os ingleses.
b) o Sul capitalista e o Norte escravista.
c) o Norte capitalista e o Sul escravista.
d) os mexicanos e os norte-americanos.

25 - (UEM - 04) 20 – Sobre a história dos Estados Unidos da América, ao longo do século XIX, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Em 1823, foi divulgada a Doutrina Monroe, que estabelecia o direito dos Estados Unidos de intervirem nos assuntos internos dos outros países. A sedimentação dessa forma de pensamento deu o substrato ideológico que legitimou a invasão norte-americana ao Iraque .
02) A partir do início do século XIX, os Estados Unidos iniciaram a Marcha para o Oeste, comprando ou anexando territórios e ampliando sua extensão geográfica. A partir da costa do Atlântico, a expansão territorial atingiu a costa do Pacífico, dando dimensões continentais ao novo país.
04) A expansão territorial norte-americana levou a um enfrentamento com as tribos indígenas, que resultou na derrota das populações nativas e na ocupação das terras indígenas pelos colonos.
08) A Guerra de Secessão, conhecida como a Guerra Civil norte-americana, foi motivada exclusivamente pela questão da liberdade dos escravos. Enquanto o Norte, agrícola, era favorável ao fim da escravidão, o Sul, mais industrializado, lutava pela manutenção dessa relação de trabalho.
16) Uma significativa parte do atual território dos EUA foi conquistada como decorrência da Guerra contra o México. Pelo tratado firmado em 1848, foram anexados aos EUA Texas, Califórnia, Novo México, Utah, Nevada e Arizona.
A soma das afirmativas correta é:
a) 03; b) 13; c) 07; d) 22 e) 15

26 - (UFU - 03) Os Estados Unidos tornaram-se uma nação economicamente poderosa na segunda metade do século XIX, desenvolvendo um forte mercado interno e uma política externa imperialista em relação ao continente americano.
Assinale a alternativa que retrata corretamente este contexto.
a) A Doutrina Monroe, sintetizada na afirmação “ A América para os americanos” e criada pelo grupo político Democrata, procurava defender os princípios de igualdade de direito à propriedade e à liberdade da Constituição, resguardando a soberania do indivíduo perante o Estado.
b) A situação dos índios e afro-americanos, neste contexto, foi sanada, respectivamente, pela criação de reservas mantidas pelo Estado e pela abolição da escravidão logo após a vitória do Norte na Guerra de Secessão, incorporando-os ao mercado de trabalho e de consumo.
c) A expansão territorial em direção ao Oeste permitiu a anexação de enormes faixas de terras, interiorizando a ocupação. O Homestead Act incentivou essa marcha, com a distribuição gratuita de terras aos estrangeiros, além da grande atração motivada pela corrida do ouro na Califórnia.
d) A política externa norte-americana no século XIX foi sustentada pelo Destino Manifesto, responsável pelo desenvolvimento de áreas atrasadas no continente, tais como: o México, Cuba, Nicarágua e a região do Canal do Panamá, incorporando-as ao mercado internacional, possibilitando a supremacia dos Estados Unidos como potência mundial.

27 - (MACK - 03) A saga de pioneiros e desbravadores (e também bandidos, exterminadores de índios, grileiros e pistoleiros) foi retratada em uma série de filmes do gênero western, mais conhecidos no Brasil como faroeste ou bangue-bangue. Ao contar a Marcha para o Oeste, esses filmes mostraram também a formação de uma mentalidade tipicamente americana.
Uma série de fatores, como a escassez de terras na faixa atlântica, a necessidade dos estados do Norte, em fase de industrialização, de conseguir matérias-primas e a construção de ferrovias, motivaram e favoreceram a Marcha para o Oeste que foi:
a) a corrida do ouro na Califórnia e a ocupação da Flórida recém adquirida da Espanha.
b) a ocupação de todos os territórios onde os americanos nativos eram hostis ao homem branco.
c) a colonização de terras do lado ocidental dos Apalaches e da margem leste do rio Mississipi, por imigrantes dispostos a desbravar o interior do continente, acelerando a ocupação rumo ao Pacífico.
d) A ocupação de áreas além do rio São Lourenço, para efetivar a posse da Louisiana.
e) a anexação dos estados do Texas, Utah, Arizona e Novo México, conquistados junto ao México em 1848, depois de uma guerra.

28 - (Unifenas - 04) Em 1854, o governo dos Estados Unidos quis comprar as terras do chefe indígena Seatle. Leia este trecho de sua resposta transmitida ao presidente por carta.
“(. . .) Cada pedaço desta terra é sagrada para nós. (. . . ) Somos parte da terra e ela é parte de nós. as flores perfumadas são nossas irmãs. (. . .) A água brilhante que se escoa nos ribeiros e nos rios não é apenas água, mas o sangue dos nossos ancestrais.” (Fonte: 100 Discursos Históricos - Carlos figueiredo - Ed. Leitura - 2002)
A justificativa ideológica utilizada pelos norte-americanos para conquistar as terras do oeste era a do povo escolhido por Deus para essa “missão”. Assinale a alternativa que a representa:
a) Destino Manifesto; b) Doutrina Monroe; c) Doutrina Truman; d) Direito Divino; e) Teoria da Predestinação.

29 - (EFOA - 03) “Os Estados Confederados podem adquirir novos território. (. . .) Em todos esses territórios, a instituição da escravidão negra, tal como ora existe nos Estados Confederados, será reconhecida e protegida pelo Congresso e pelo governo territorial; e os habitantes dos vários Estados Confederados e Territórios terão o direito de levar para esse território quaisquer escravos legalmente possuídos por eles em quaisquer Estados ou Territórios dos Estados Confederados (. . .)”. (Constituição dos Estados Confederados da América, Art. IV, seção 3 - 1861)
O texto acima reflete um dos pontos centrais de discórdia que geraram a Guerra Civil Americana. Esta guerra civil foi o resultado:
a) da ação imperialista americana que, a partir da Doutrina Monroe, passou a intervir na América Latina;
b) da Grande Depressão, intensificando a pobreza e o desemprego nas grandes cidades americanas;
c) da oposição dos interesses dos Estados do Sul e do Norte em torno da questão da escravidão e da expansão para o Oeste;
d) da luta pelos direitos civis, particularmente dos negros, forçando uma reinterpretação da Constituição Americana;
e) da luta entre os colonos e a Metrópole inglesa, o que redundava na independência dos Estados Unidos.

30 - (USS - 01) A Marcha para Oeste é um dos fenômenos mais conhecidos da História dos Estados Unidos. Ela povoou o Oeste e o Meio-Oeste americanos, gerou um contingente de produtores agrícolas e pecuários cujos interesses os ligaram mais à economia do Norte com os seus canais e ferrovias do que à idéia de ocupar o interior com fazendas escravistas.
Assinale a alternativa que menciona corretamente dois fatores da Marcha para Oeste.
a) A compra da Louisiana, em 1803, e a Declaração da Independência, em 1776.
b) A guerra contra o México, entre 1846 e 1848, e a compra da Flórida, em 1819.
c) A corrida do ouro para a Califórnia (1840 -1849) e a Doutrina Monroe (1823).
d) O Homestead Act (1862) e o protetorado sobre Cuba (1891). e) As ferrovias transcontinentais e a teoria do Destino Manifesto.

1 - C 2 - D 3 - B 4 - E 5 - B 6 - A 7 - B 8 - E 9 - C 10 - C
11 - C 12 - B 13 - C 14 - C 15 - A 16 - E 17 - A 18 - C 19 - B 20 - A
21 - C 22 = E 23 - C 24 - C 25 - D 26 - C 27 - C 28 - A 29 - C 30 - E