segunda-feira, 3 de novembro de 2008

CRISE EUROPÉIA

CRISE EUROPÉIA

22 DE AGOSTO DE 2008 - 13h37
Avante!: Crise nos EUA mergulha Europa na recessão

O gabinete de estatísticas europeu, Eurostat, anunciou no último dia 14 que o conjunto dos 15 países da zona do euro registrou uma diminuição do Produto Interno Bruto de 0,2% em relação ao primeiro trimestre do ano. Trata-se do pior resultado registrado desde 1999. Embora tecnicamente a recessão só comece após dois trimestres consecutivos de redução do PIB, a verdade é que mesmo os especialistas da Comissão Européia reconhecem que "os sinais são negativos".


O pessimismo decorre sobretudo do fato de as grandes economias da região já terem entrado na zona vermelha. Entre abril e junho, a França (0,3%) e a Alemanha (-0,5%) registraram uma diminuição da atividade econômica. A Itália (-0,3%), Holanda (0,0%), Irlanda (-0,2%), Dinamarca (-0,6), Suécia (0,0%), Estônia (-0,9%) e Letônia (-0,5%) têm as economias estagnadas ou já em recessão.
Também a Grã-Bretanha (0,2%), está ameaçada de recessão segundo a previsão divulgada pela Câmara de Comércio Britânica. Esse organismo sublinha que a crise virá o mais tardar até ao início do próximo ano, mas o cenário poderá se agravar caso o Banco da Inglaterra não reduza as taxas de juros. O desemprego deverá afetar mais cerca de 300 mil pessoas nos próximos 18 meses, ultrapassando os dois milhões de desempregados, referiu a mesma entidade.
Quanto aos países restantes da UE, de acordo com o Eurostat, à exceção da Eslováquia (1,9%) e da Lituânia (1,1%), a variação do crescimento está apenas alguns décimao acima do zero, como é o caso da Espanha (0,1%) que apresenta o menor crescimento dos últimos 15 anos.
Com 0,4%, a ligeira subida da economia portuguesa face ao trimestre anterior (-0,1%) não chega para afastar o perigo de recessão e torna praticamente impossível o alcance do objetivo de 1,5% fixado pelo governo para 2008.
Crise econômica e inflação recorde
Entre as razões da atual crise econômica, os analistas destacam o "desinvestimento" por parte das empresas e das famílias, cujo poder de compra tem sido sistematicamente reduzido pelas políticas de «contenção» salarial e sugado pelas subidas acentuadas das taxas de juro e dos preços dos produtos básicos, da energia e combustíveis.
Durante anos, os responsáveis do Banco Central Europeu limitaram o investimento público, apostaram na subida das taxas de juro e na moderação salarial, alegando a necessidade de controlar a inflação.
Em virtude dessas políticas, o euro disparou face ao dólar, dificultando as exportações européias; o consumo das famílias diminuiu e as empresas foram confrontadas com dificuldades acrescidas no acesso ao crédito.
Mas a maior demonstração da total falência das teses do BCE, apenas preocupado em defender os interesses do capital financeiro, está no fato de que, apesar da sua retórica, a inflação disparou para níveis nunca antes observados desde a criação da zona euro, ultrapassando os 4%, ao mesmo tempo que a economia se encaminhava para a recessão.
Agora, os gurus do BCE estão perante uma equação perigosa entre inflação e crescimento. Caso insistam na subida dos juros para travar a escalada dos preços, a economia mergulhará mais profundamente na recessão e dias ainda mais difíceis virão para os povos da Europa.
Resposta comum?
Alarmado com a degradação da economia, o primeiro-ministro francês, François Fillon, veio a público, na segunda-feira (18), reclamar "uma resposta coordenada dos diferentes países europeus à crise", considerando que cabe à França, que preside à União Européia atualmente, "suscitar o debate em torno da coordenação das políticas económicas".
"Numa Europa unificada no plano econômico, numa zona euro unificada no plano monetário, deve haver uma resposta coordenada", considerou o governante, sem fazer nenhuma proposta concreta, embora lembrando que "é a primeira vez desde a criação do euro que a mesma registra um resultado trimestral negativo".

Jornal Avante!

SIMULADO - PARATODOS 6

1 - (UFMG - 00) A abertura dos portos do Brasil, logo após a chegada de D. João VI, foi responsável pela entrada no país de uma grande quantidade de mercadorias inglesas, que passaram a dominar o mercado brasileiro.
Essa situação decorreu:
a) do desenvolvimento urbano acentuado, que acarretou o aumento da demanda por produtos sofisticados;
b) da assinatura de tratados com a Inglaterra que permitiram a importação desses produtos;
c) da estrutura industrial brasileira, que se baseava na produção de alimentos e tecidos;
d) da montagem de uma rede ferroviária, que facilitou a distribuição dos produtos ingleses no mercado brasileiro.

2 - (UNIMEP - 03) Assinale a alternativa que faz afirmação(ões) INCORRETA(S) sobre o período joanino brasileiro (1808-1821).
a) Esse período inicia-se com a transferência da corte de Portugal, quando o Brasil se torna sede da monarquia portuguesa.
b) Nesse período, são liberadas as importações de produtos oriundos de países com os quais o governo português mantinha relações amigáveis, alterando-se a configuração do chamado pacto colonial.
c) Nesse período, a Inglaterra amplia sua influência no Brasil e obtém vantagens econômicas, por meio de taxas de importação mais baixas.
d) No período joanino, são instalados no Brasil vários órgãos públicos, a cidade do Rio de Janeiro se remodela e são incrementadas instituições artísticas e culturais.
e) Por iniciativa de D. João VI, nesse período, é aprovada a primeira Constituição Brasileira.

3 - (UFU - 02) A crise do chamado “Antigo Sistema Colonial” deve ser vista em um contexto histórico mais amplo, que ultrapasse a questão das relações entre metrópoles e colônias, para abarcar, também, os processos históricos que estavam em curso na Europa e no mundo colonial.
Considerando o exposto acima, assinale a alternativa correta.
a) No campo da cultura, a crise do Antigo Sistema Colonial expressou-se em um desencantamento do mundo, em um pessimismo quanto aos valores éticos e morais, até então considerados inquestionáveis. Isto possibilitou a criação de condições para o surgimento do estilo barroco, que encontrou sua expressão máxima no mundo colonial.
b) A difusão das idéias iluministas na Europa fez surgir, na população colonial brasileira, a consciência de que a construção de uma sociedade democrática, livre e igualitária dependia de uma revolução que rompesse os laços com a metrópole, instaurando a república.
c) A política implantada por Marquês de Pombal modernizou a economia e a administração da metrópole e da colônia; rompeu o chamado “Pacto Colonial” e adotou o livre comércio. Esta foi a resposta de Portugal às pressões dos comerciantes e grandes proprietários do Brasil, que ameaçavam proclamar a independência.
d) No Brasil, movimentos de contestação da ordem colonial, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, estavam inseridos nesses processos históricos mais amplos de lutas contra o absolutismo, o mercantilismo, os monopólios e privilégios. Esses e outros movimentos de contestação, nas colônias e na Europa, estavam minando as bases do Antigo Regime.

4 - (FGV - 02) A transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, proporcionou:
a) a ampliação do controle metropolitano entre as atividades coloniais e o maior enquadramento do Brasil às estruturas do Antigo Sistema Colonial;
b) o estabelecimento de interesses convergentes entre membros da burocracia imperial, proprietários rurais e comerciantes, bases sociopolíticas decisiva para o processo de emancipação política;
c) a mudança da capital do Vice-Reino do Brasil para o Rio de Janeiro e a compensação da perda do poderio político baiano, pro meio de uma ampla autonomia econômica autorizada a toda região nordestina;
d) a emergência de uma burguesia mercantil interessada em modernizar o Brasil pelo rompimento dos laços coloniais com Portugal e a abolição imediata da escravidão;
e) maior dispersão dos domínios portugueses na América, em função das rivalidades regionais acentuadas e ampliadas com a elevação da cidade do Rio de Janeiro à condição de capital do império colonial.

5 - (Funrei - 01) “Os brasileiros têm já os olhos abertos, eles sabem que o monopólio, como o despotismo, roda sem cessar em torno das trincheiras as liberdade.” (Antônio Carlos R. de Andrada, Discurso do deputado brasileiro nas Cortes Constituintes, em 15 de abril de 1822)
O desagrado das elites brasileiras com as medidas das Cortes Constituintes de Lisboa deflagrou o movimento pela independência nacional . Considerando, respectivamente, as palavras monopólio e despotismo, podemos interpretar o sentido da citação acima como:
a) contestação da abertura dos portos por D. João VI e fim da monarquia;
b) defesa do monopólio comercial brasileiro e apoio ao presidencialismo;
c) repúdio à ameaça de recolonização e defesa da monarquia constitucional;
d) apologia do protecionismo luso e apoio à política recolonizadora das Cortes.

6 - As cortes estabelecidas em Portugal após a Revolução do Porto:
a) tomaram uma série de medidas político-administrativas visando à recolonização do Brasil, medidas estas que geraram forte oposição nas principais cidades brasileiras;
b) incentivaram claramente a independência do Brasil, por acreditarem que dessa maneira enfraqueceria a monarquia;
c) procuraram seguir a política adotada por D. João VI em relação ao Brasil, dado ao Reino uma certa autonomia política e legislativa;
d) procuraram garantir a permanência dos laços que uniam Brasil a Portugal, através de uma política inteligente e cautelosa em relação à colônia.
e) Nenhuma das alternativas anteriores

7 - (UFMG) A Revolução Constitucionalista do Porto (1820) dirige-se sobretudo contra o absolutismo monárquico de Portugal. Mas, volta-se contra a nova política adotada por D. João VI no Brasil e repercute internamente de maneira heterogênea. Manifestam-se, neste momento, diferentes grupos, entre os quais NÃO se incluem:
a) as forças conservadoras que almejam o retorno do país ao seu passado colonial;
b) as classes superiores da Colônia que desejam consolidar as vantagens e liberdades recém-adquiridas;
c) as massas populares, que se viam na ocasião possibilidades de libertação econômica e social;
d) os escravos que se insurgem contra o sistema de trabalho vigente na colônia;
e) os comerciantes portugueses, que se sentiam prejudicados pela situação do Brasil após 1808.

8 - (Mack - 04) Adotar em toda a extensão os princípios do liberalismo econômico significaria destruir as próprias bases sobre as quais se apoiava a Coroa. Manter intacto o sistema colonial era impossível nas novas condições. Daí as contradições de sua política econômica. (Emília Viotti da Costa)
Sobre a política econômica adotada por D. João VI durante a permanência da Corte portuguesa no Brasil, é correto afirmar que:
a) permanecia a proibição à produção das manufaturas nacionais e o estabelecimento de fábricas no Brasil, que representariam uma possível concorrência aos produtos ingleses.
b) proibia a entrada e a venda de vinhos estrangeiros no Brasil, estabelecendo tarifas favoráveis aos vinhos portugueses, que continuaram a ser os mais consumidos.
c) a abertura dos portos às nações amigas, em 1808, concedia liberdade de comércio à colônia, mas não extinguia o monopólio português exercido em nossa economia.
d) com a assinatura dos Tratados de 1810, consolidou-se a dominação econômica inglesa sobre o nosso país, apesar de os súditos britânicos residentes no Brasil não terem garantia de liberdade religiosa.
e) as medidas tomadas durante esse período acentuaram as divergências entre os interesses da elite nacional, as exigências britânicas e as necessidades dos comerciantes metropolitanos.

9 - (Mack - 01) A Inglaterra se prevalecerá largamente desse domínio; no que se refere ao Brasil, cuidará zelosamente de preservar a liberdade de seu comércio, de que se fizera a grande beneficiária. A situação ainda se agrava com o Tratado de Comércio firmado com a Inglaterra em 1810. (Caio Prado)
Assinale o contexto histórico a que se refere o texto.
a) Período pós-independência, no qual o governo brasileiro faz uma série de concessões à Inglaterra para obter o seu reconhecimento político.
b) Transferência da Corte para o Brasil com ajuda britânica e a conseqüente Abertura de Portos, que liquida com o monopólio colonial, abrindo largas vantagens ao comércio inglês.
c) Enfrentamento entre o Estado português, liderado por D. João VI, e o Governo napoleônico, fato que resultou na expulsão das tropas francesas de Portugal.
d) Queda de Napoleão e a nova ordem européia, imposta pelo Congresso de Viena, com reflexos no Brasil.
e) Abdicação de Pedro I, fase de grande instabilidade política, aproveitada pela Inglaterra para controlar o mercado

10 - (UFES - 98) Com a instalação da Família Real de Portugal no Brasil, em 1808, o país ganhou status de sede da monarquia portuguesa e modificou a situação político-econômica predominante, por meio do decreto da “Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas”. Além de liberar os portos para o comércio internacional, esse decreto;
a) marcou o fim do pacto colonial, na medida em que extinguiu o monopólio comercial lusitano e propiciou à proeminência inglesa no Brasil;
b) estimulou a expansão das companhias de comércio européias que se estabeleceram nos principais portos do Brasil;
c) proporcionou um intenso movimento de negociações mercantis nas cidades brasileiras, provocando divergências e choques de interesses entre a Inglaterra e demais nações européias;
d) provocou o crescimento da produção manufatureira no Brasil, não só pela ampliação do mercado interno, como também pela abertura de novos mercados internacionais;
e) criou condições para que a indústria têxtil brasileira pudesse concorrer com a inglesa, colocando no mercado produtos mais baratos e de boa qualidade.

11 - (Fatec - SP - 83) Apesar da liberdade para a instalação de indústrias manufatureiras no Brasil, decretada por D. João, através do Alvará, datado de 1o. De abril de 1808, estas não se desenvolveram. Isto se deveu, entre outras razões, à:
a) impossibilidade de competir com produtos manufaturados provenientes dos Estados unidos, que dominavam o mercado consumidor interno
b) impossibilidade de escoamento da produção da colônia, uma vez que Portugal, intermediário entre a Colônia e a Europa, estava ocupado pelos franceses
c) canalização de todos os recursos para a lucrativa lavoura cafeeira, não havendo, por parte dos latifundiários, interesse em investir na indústria
d) concorrência dos produtos ingleses, que gozavam de privilégios especiais no mercado brasileiro
e) dificuldade de obtenção de matéria-prima (algodão) na Europa, aliada à impossibilidade de produzi-la no Brasil

12 - (PUCC - 90) “Subitamente com a volta de D. João VI a Portugal, as Cortes ameaçaram restaurar o sistema monopolista exclusivista do comércio colonial. Os brasileiros, por seu lado, acharam impossível abandonar os lucros obtidos desde que a Carta Régia de 1808 dera o primeiro passo para a libertação da Colônia de sua sujeição econômica à Metrópole.”
Levando-se em conta o processo de independência do Brasil, a partir do texto, pode-se afirmar que, no período a que ele se refere:
a) o inimigo comum, representado pela política recolonizadora das cortes, impedia a união de forças sociais divergentes quanto à forma de se governar a nação soberana;
b) as forças contrárias à recolonização eram muitas e relativamente organizadas, e os setores sociais representando em geral as camadas urbanas, de inspiração liberal e democrática, já agitavam a idéia de emancipação;
c) a idéia da recolonização fez nascer o contraditório “partido português” com o objetivo de defender a permanência da dependência do Brasil em relação a Portugal apenas no aspecto político, mantendo a independência econômica;
d) os setores conservadores, desejosos de ver restaurados seus privilégios oriundos da transferência da Corte apoiaram as tentativas de recolonização;
e) a imprensa representou o maior obstáculo uma vez que em função de sua inspiração colonialista apoiou toda tentativa de recolonização.

13 - (UFMG - 06) Auguste de Saint Hilaire, naturalista francês, realizou inúmeras andanças pelo Brasil entre 1816 e 1822. De volta à França, ao publicar seus relatos de viagem, afirmou, intrigado, que .havia um país chamado Brasil, mas absolutamente não havia brasileiros..
Considerando-se essa reação de Saint Hilaire e as dificuldades que marcaram a definição da identidade brasileira, é CORRETO afirmar que elas se explicam porque
a) o grande número de índios, negros e mestiços, que fazia com que a população brasileira não fosse capaz de formular um projeto de emancipação política.
b) a baixa densidade populacional do País, que, resolvida com a vinda dos imigrantes estrangeiros, gerou a sensação de que essa população não seria, de fato, brasileira.
c) o processo de construção de uma nação brasileira foi dificultado pela força das identidades regionais formadas durante a colonização portuguesa.
d) a independência foi uma conquista dos portugueses, especialmente os comerciantes estabelecidos no Brasil, o que dificultou a afirmação da cidadania
dos brasileiros.

14 - (CEFET - PR - 04) A constituição de 1824, a primeira do Império brasileiro, tinha como características:
I - a centralização do poder e um governo monárquico e hereditário.
II - o catolicismo como religião oficial do país.
III - o estabelecimento do sufrágio universal.
IV - a existência de quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador.
Analise as proposições e assinale:
a) se apenas I - II e IV forem corretas.
b) se apenas I - III e IV forem corretas.
c) se apenas II - III e IV forem corretas.
d) se todas forem corretas.
e) se todas forem incorretas.

15 - (MACK - 03) Sobre a Constituição de 1824, podemos afirmar que:
a) gerou a conciliação das forças políticas em todo país por seu caráter democrático.
b) a chave de toda a organização política estava em mãos do poder moderador, que aprovava ou não as medidas, nomeava juízes e controlava o Executivo.
c) estabeleceu o Estado Laico, separando definitivamente Igreja e Estado.
d) estendeu os direitos políticos a toda população, sem restrições de renda.
e) o imperador tinha reduzidos poderes, controlando-se, assim, o caráter despótico de seu governo.

16 - (Mack - 04) A respeito dos princípios presentes na Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, é correto afirmar que:
a) garantiam ampla liberdade individual e resguardavam a liberdade econômica, assegurando a participação política desvinculada da necessidade de uma renda mínima por parte do cidadão.
b) garantiam as liberdades individuais inspiradas na Declaração dos Direitos do Homem, elaborada pelos revolucionários franceses em 1789.
c) estabeleciam a igualdade de todos perante a lei, estatuto que foi observado com rigor por toda a sociedade brasileira.
d) estabeleciam o princípio da liberdade religiosa, segundo o qual o Estado permaneceria distante das questões religiosas.
e) determinavam disposições jurídicas que eram as mais adequadas à realidade nacional da época, não apresentando, portanto, contradições.

17 - (FGV) A chamada Confederação do Equador, ocorrida em Pernambuco e cuja figura central foi Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, constituiu:
a) a última insurreição nordestina que seguia o ideário republicano com que a elite local pretendia encaminhar o processo de independência da colônia;
b) um movimento de repúdio às medidas de centralização com que a Corte de D. João VI visava bloquear a expansão econômica e, conseqüentemente, a ação política de grupos subversivos;
c) uma revolta que dá prosseguimento à Revolução de 1817 e, por essa via, às idéias de autonomização das províncias do Nordeste antes do ano da independência;
d) um conselho republicano formado por figuras da elite proprietária e do clero local, cujo alvo era disseminar o modelo político dos Estados Unidos da América;
e) um movimento de cunho republicano, que se revoltou contra as medidas centralizadoras e absolutistas de D. Pedro após a independência, em especial a dissolução da constituinte.

18 - (FCC) O movimento que culminou com a abdicação de Pedro I, conquanto fosse expressão de causas políticas internas, refletiu, no plano ideológico:
a) o pensamento de Augusto Comte; b) a Revolução de 1848, na França, contra Luís Felipe;
c) a Revolução de 1830, na França, contra Carlos X;
d) as idéias políticas de Charles Fourier, um dos primeiros dos chamados socialistas utópicos; e) o movimento cartista.

19 - (FGV - 05) Durante o Primeiro Reinado, o governo brasileiro pediu aos ingleses alguns empréstimos, que representavam grandes somas – como 1 332 300 libras em 1824 ou 2 352 900 libras no ano seguinte – com uma taxa de juros muito alta.
Essa situação foi gerada principalmente:
a) por uma crise no mercado internacional de açúcar e de café, que fez com que as principais mercadorias para exportação do país fossem cotadas a menos da metade do valor da última década do século XVIII.
b) pelos gastos com os conflitos bélicos, contra o Paraguai e as Províncias Unidas do Prata, pelo controle do estuário do Prata, área de importância estratégica disputada com a Espanha desde o período colonial.
c) por causa da diminuição das exportações, devido à retração dos mercados internacionais, e dos tratados
econômicos que beneficiavam a entrada de produtos europeus em grande volume.
d) pelo custo da montagem de uma força militar a mando de D. Pedro I - com o objetivo de defender o seu trono em Portugal, que fora usurpado pelo seu irmão Dom Miguel e por seu pai, D. João VI.
e) pela ajuda dos ingleses para a reconstrução da economia brasileira depois do longo processo de emancipação política, por meio de investimentos diretos na modernização de vários setores produtivos no país.

20 - (FOA - 00) Em termos econômicos, a preocupação do Brasil após a independência foi:
a) promover o desenvolvimento industrial com recursos externos;
b) privilegiar a exportação do café em detrimento das demais exportações do setor primário;
c) desenvolver o comércio interno realizando a distribuição de terras e implantando o trabalho assalariado;
d) manter a estrutura agrária-exportadora e importar produtos industrializados e bens de capital;
e) promover uma reforma estrutural na economia mudando a moeda, mas o trabalho continuaria escravo;

21 - (Sta Casa - 84) A situação econômica do Brasil, após o movimento de 1822, pode ser caracterizada da seguinte forma:
a) o país aproveitou a situação política para tirar partido da crise que afetou o mercantilismo
b) a dependência externa teve continuidade, sendo o país uma área complementar ao capitalismo industrial
c) o novo contexto surgido possibilitou que o país deixasse de ser exportador de produtos primários e importador de manufaturados
d) a relação de dependência existente de Portugal com a Inglaterra foi rompida graças ao tratado de 1825
e) o quadro surgido com a renúncia à autoridade de Portugal eliminou o protetorado econômico exercido pelas nações européias

22 - (MACK - 04) Para o liberal mineiro Teófilo Otoni, o 7 de abril de 1831 significou “a jornada dos logrados”. A expressão justifica-se porque:
a) as elites foram incapazes de manter a hegemonia, perdendo totalmente o poder.
b) o período que se seguiu à queda do imperador foi de grande estabilidade política, mas não trouxe avanços democráticos.
c) a solução monárquica foi descartada, já que não atendia aos interesses das elites regionais.
d) com a Abdicação de Pedro I, contemplaram-se as aspirações dos segmentos populares.
e) foram frustrados amplos setores da sociedade brasileira, que esperavam transformações profundas e maior liberalização do regime.

23 - (UGF - RJ - 03) Durante o período regencial brasileiro (1831-1840), a ausência de partidos estruturados fez com que grupos lutassem para conquistar influência nos centros de decisão. Um deles, os liberais exaltados, ou farroupilhas, era apoiado por uns poucos proprietários rurais e pelas camadas médias urbanas.
A proposta defendida por esse grupo era:
a) a volta de D. Pedro I ao poder, com um regime autoritário e absolutista.
b) a ordem estabelecida, ou seja, a monarquia constitucional e o voto censitário.
c) a extinção do Conselho de Estado e o estabelecimento da Regência Una.
d) a implantação de uma República Federativa e o Sufrágio Universal.
e) a maioridade de D. Pedro II e a aprovação de um Ato Adicional à Constituição de 1824.

24 - (UNIFESP - 01) No Brasil independente, os seis anos que separam o Ato Adicional (1834) da Maioridade (1840) foram chamados de “experiência republicana”, devido:
a) ao caráter das revoltas intituladas Cabanagem, Balaiada e Sabinada;
b) aos primeiros anos da revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul;
c) à força do Partido Republicano na Câmara dos Deputados;
d) à extinção da monarquia durante a menoridade de D. Pedro II;
e) às Assembléias Legislativas Provinciais e à eleição do Regente Uno.

25 - O Ato Adicional de 1834, aprovado durante a Regência Trina Permanente:
a) foi responsável direto pelas inúmeras rebeliões provinciais ocorridas no Período regencial, na medida em que concedeu excessiva autonomia às províncias;
b) foi uma habilidosa medida política dos moderados, já que satisfez dos exaltados, enfraqueceu os restauradores e retirou do governo central poderes e atribuições que este na prática, não tinha condições de exercer;
c) permitiu o sufocamento das inúmeras revoltas que vinham ocorrendo nas províncias, na medida em que reforçou o poder político-administrativo do Governo Regencial;
d) tinha um caráter centralizador, que só foi atenuado anos mais tarde, com a aprovação da Lei de Interpretação do Ato Adicional;
e) criou condições para o Golpe da Maioridade, por meio do qual os conservadores subiram ao poder e encerraram o Período Regencial.

26 - (PUC - SP) A fim de acabar com as sucessivas revoltas provinciais, desejosas de maior liberdade política, foi instituída, em 1834, o Ato Adicional, cujas principais medidas foram:
a) maior autonomia das províncias, abolição do Conselho de Estado, constituição do Município Neutro e a substituição da Regência Trina pela Regência Una;
b) a declaração da maioridade de D. Pedro II, substituição do Conselho de Estado vitalício por um eletivo, e admissão de bacharéis nos quadros do funcionalismo público;
c) capitulação dos revoltosos e adoção de um política conciliatória, pela qual a regência se propunha a esvaziar a autonomia municipal;
d) conferir maior autoridade política ao poder central, restringir a liberdade de imprensa e eleição direta dos deputados para as assembléias legislativas provinciais;
e) extinção da Guarda Nacional e aumento das forças regulares do Exército, como fator limitativo do poder da aristocracia rural.

27 - (PUC - RS - 00) INSTRUÇÃO: Responder à questão sobre as revoltas provinciais, representativas do conturbado contexto sócio-político do Período Regencial, relacionando o nome das revoltas com suas causas, citadas na coluna da direita.
1 - Cabanagem - Pará
2 - Sabinada - Bahia
3 - Balaiada - Maranhão
4 - Farroupilha - Rio Grande do Sul

( ) Insatisfação contra as autoridades locais, impostas pelo governo regencial, e desejo de separar-se do Império até a coroação de Dom Pedro II
( ) Inconformismo dos fazendeiros e comerciantes locais contra o governo nomeado para a província e revolta da população local por sua situação de miséria.
( ) Insatisfação com os pesados impostos cobrados pelo Império sobre os produtos locais e exigência de maior autonomia para a Província, com a influência de ideais republicanos.
( ) Revolta de vaqueiros, pequenos artesãos e escravos fugidos contra a situação de miséria em que viviam e contra o governo local imposto pelo Império.
A numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo é
a) 2 - 1 - 4 - 3
b) 1 - 2 - 3 - 4
c) 4 - 1 - 2 - 3
d) 4 - 3 - 1 - 2
e) 2 - 4 - 1 - 3

28 - (FINP - 96) Durante o Período Regencial (1831 - 1840) ocorreram várias rebeliões no Brasil. Uma das principais razões desses movimentos, comum aos das regiões norte e nordeste do País, pode ser identificada como:
a) os conflitos de fronteiras entre o Brasil e as antigas colônias espanholas;
b) a insatisfação dos criadores de gado com os altos impostos no mercado interno;
c) a insatisfação da elite brasileira com as tendências recolonizadoras das Cortes de Lisboa;
d) as altas dívidas contraídas pelos contratadores e mineradores nas regiões do ouro e do diamante;
e) as más condições de vida das massas e a excessiva centralização do poder do governo regencial.

29 - (OSEC - 76) Consumada a abdicação, o povo que nela tivera importante papel, vai assistir à formação de um governo do qual não participa. Esta marginalidade da vida política aliada à crise econômica anterior que se estende pela Regência atingindo rudemente os setores mais humildes da população, responde pelas numerosas revoltas desse período. Relacione-as no quadro Abaixo:
I - Revolta dos Cabanos (1835-1840) A - Maranhão
II - Revolta dos Farrapos (1835-1845) B - Pernambuco
III - Sabinada (1837-1838) C - Rio Grande do Sul
IV - Revolta dos Balaios (1838-1841) D - Bahia
V - Agitação Praieira ( 1842-1849) E - Pará
a) I(E); II(C); III(D); IV(A); V(B);
b) I(B); II(C); III(E); IV(A); V(D);
c) I(E); II(C); III(B); IV(D); V(A);
d) I(A); II(C); III(D); IV(E); V(B);
e) I(D); II(C); III(A); IV(B); V(E)

30 - (VUNESP - 93) No decurso do Primeiro Reinado, vieram à tona conflitos, contradições e crises. No período regencial, marcado por agitações sociais e políticas, a grave e prolongada crise econômica e financeira começou a ser superada com:
a) o auge da mineração
b) o surto da cafeicultura
c) a utilização do açúcar de beterraba
d) a lei e a ordem impostas pela Guarda Nacional
e) o aumento na exportação de algodão para os Estados Unidos

GABARITO

1 – B 2 – E 3 – D 4 – B 5 – C 6 – A 7 – D 8 – E 9 – B 10 – A
11 – D 12 – B 13 – C 14 – A 15 – B 16 – E 17 – E 18 – C 19 – C 20 – D
21 – B 22 – E 23 – E 24 – E 25 – B 26 – A 27 – A 28 – E 29 – D 30 - B