segunda-feira, 17 de novembro de 2008

JORNAL – O VERMELHO

16 DE ABRIL DE 2008 - 19h26
As lutas pelas reformas e o golpe de 1964
por Augusto Buonicore*
O golpe de 1964 não foi um mero complô militar, com apoio do imperialismo norte-americano. Ele tinha bases sociais fortes nas classes economicamente dominantes e na elite política civil a elas ligada.

Comício da Central do Brasil pela reformas de base
Em agosto de 1961 o Brasil foi pego de surpresa pela notícia da renúncia do presidente Jânio Quadros. Perdendo o apoio da UDN, devido a sua política externa independente, e sem conseguir amparo na esquerda, Jânio pretendia com sua renúncia criar uma crise política que lhe permitisse voltar com maiores poderes. O plano fracassou, pois foram poucos aqueles que exigiram sua recondução ao cargo.
Os ministros militares, apoiados pelos liberal-conservadores, tentaram impedir a posse do vice-presidente João Goulart. Eles lançaram uma nota que dizia: “Na presidência da República, em regime que atribui ampla autoridade e poder pessoal ao chefe do governo, o Sr. João Goulart constituir-se-á, sem dúvida alguma, no mais evidente incentivo a todos aqueles que desejam ver o país mergulhado no caos, na anarquia, na luta civil.”.
Contra o golpe direitista se levantaram amplas forças políticas e sociais. No processo de resistência destacou-se Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul. Neste estado se organizaram milícias populares e a “rede da legalidade”, através da qual as notícias da luta pela posse de Jango eram divulgadas por todo país e ajudavam articular a luta democrática. Os movimentos sindical e estudantil decretaram greve geral. O comando do 3º Exército, contrapondo-se aos ministros militares, rejeitou o golpe contra a constituição e, por alguns dias, o Brasil se encontrou a beira de uma guerra civil.
Em meio à grave crise política, uma saída de compromisso conservadora foi encontrada. Jango assumiria, mas teria seus poderes reduzidos pela instauração do sistema parlamentarista. Em poucas horas, o sistema de governo era alterado e Jango pode ser empossado. Apenas os setores mais à esquerda protestaram contra tal solução conciliatória. Acreditavam que mais alguns dias de resistência teriam garantido a manutenção do presidencialismo.
O deputado Tancredo Neves, dirigente do PSD mineiro, foi eleito para o cargo de primeiro-ministro. Ele era um conciliador, com leve verniz nacionalista e reformista. Por isso mesmo, não era o candidato favorito da ala direitista do PSD e da UDN. No seu governo, dando vazão a desconfiança da direita liberal, foram canceladas as concessões das jazidas de ferro à companhia norte-americana Hanna. Escandalizou, também, os conservadores o reatamento de relações diplomáticas com a URSS e as sistemáticas objeções às propostas de sanções norte-americanas contra Cuba. Parte dessa política externa altiva se deveu ao ministro das relações exteriores Santiago Dantas. Por sinal, este havia sido o único ministério preenchido pelo partido do presidente da República, o PTB.
No entanto, o ministério da fazenda coube ao banqueiro Walter Moreira Salles, adepto da ortodoxia liberal-conservadora. Este foi um meio encontrado para conseguir apoio da “comunidade financeira internacional”. Um no cravo e outro na ferradura, este era o lema.
O presidente era um latifundiário que tinha como base social de seu governo os trabalhadores urbanos. Apoio que havia consolidado nos seus poucos meses à frente do Ministério do Trabalho do segundo governo de Vargas, quando propôs um reajuste de 100% no salário mínimo. Proposta que levou a uma crise militar – o “manifesto dos coronéis” - e sua destituição do ministério.
No primeiro ano de seu governo a inflação continuou sua marcha batida. O deputado da esquerda trabalhista Sérgio Magalhães afirmou: “grupos financeiros, externos e internos, procuram criar, com a elevação desenfreada do custo de vida e a especulação no mercado cambial, uma situação insustentável, que justifique perante o povo, a implantação de uma ditadura de direita”. Além da inflação, o país começou apresentar claros sinais de estagnação econômica.
Cresceu na sociedade – inclusive nas Forças Armadas – a idéia que o parlamentarismo criava enormes dificuldades para superação da crise econômica e política. Era preciso fortalecer os poderes do presidente. Aumentou então a pressão para antecipação do plebiscito que deveria decidir sobre o sistema de governo. Ele estava previsto para o final do governo de Jango.
No primeiro de maio de 1962, Jango anunciou que pretendia alterar o artigo da constituição que impedia uma efetiva reforma agrária, pois a condicionava ao pagamento prévio, em dinheiro e pelo justo valor aos grandes proprietários de terra. As reformas de base começavam tomar conta da pauta política e polarizar opiniões. Para a esquerda nacionalista o caminho das reformas democráticas parecia passar pela volta imediata ao presidencialismo.
Após a renúncia de Tancredo se deu uma luta política pela indicação do nome que o substituiria. Jango defendia o petebista Santiago Dantas, que, por sua vez, era rejeitado pelo PSD e pela UDN. No embate parlamentar, a direita parecia prestes a impor o conservador Auro de Moura Andrade. A resposta dos setores operários e populares foi a convocação de uma greve geral em defesa de um “governo democrático e nacionalista”. A greve foi apoiada pelos generais nacionalista, entre eles o comandante do I Exército, Osvino Alves. Sob forte pressão, Moura Andrade foi obrigado a renunciar da indicação.
A alternativa encontrada foi a eleição de Brochado da Rocha. Como o anterior, tratava-se um gabinete conciliador com verniz reformista. Ele se destacou pela elaboração e aprovação da Lei de Remessa de Lucros e pela tentativa de antecipar o plebiscito sob o sistema de governo para outubro de 1962, data que ocorreria eleição para renovação do congresso.
A rejeição da proposta de antecipação levou a convocação de uma nova greve geral e o aumento da pressão dos setores militares, que se impacientavam com a demora na definição da data do plebiscito. Este finalmente foi marcado para janeiro de 1963. Mais uma vitória das forças nacionalistas.
Um dos últimos atos de Brochado da Rocha foi solicitar do congresso a autorização para que o conselho de ministro pudesse legislar, através de decretos-leis, sobre as reformas de base. Isso, no entanto, era demais para as forças conservadoras que rejeitaram o pedido. O primeiro-ministro renunciou e em seu lugar foi indicado Hermes Lima. Sua única e grande missão foi organizar plebiscito.
Parênteses: Este foi um período de ascensão das lutas sociais. Entre 1961 a 1963 ocorreram 435 greves, contra 177 no triênio anterior. Em julho de 1962 foi criado o Comando Geral de Greve para coordenar a greve geral política por um gabinete nacionalista. No mês seguinte esta organização foi transformada no Comando Geral dos Trabalhadores (CGT). Em dezembro de 1963 surgiu a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura. O movimento camponês, através dos sindicatos rurais e das ligas camponesas, tomava vulto e apavorava os latifundiários.

Antes do plebiscito ocorreu a eleição de outubro de 1962. O prestígio da Jango e a perspectiva das reformas levaram a uma grande vitória das forças democráticas e nacionalistas. O PTB quase dobrou o número de deputados federais: de 66 passou para 116. Os pequenos partidos aliados nacionalistas, trabalhistas e socialistas conquistaram 49 vagas. Representando um aumento significativo das forças pró-reformas, se comparado com a composição do congresso na gestão anterior. Apesar disso, elas representavam apenas 40% da câmara federal – número insuficiente para impor as mudanças necessárias. Do outro lado, o PSD conquistou 118 cadeiras, a UDN 91 cadeiras e os pequenos partidos conservadores conseguiram 35. Ou seja, 60% da Câmara ainda estavam nas mãos de forças tendencialmente conservadoras. O crescimento da esquerda nacionalista no parlamento não refletiu nos executivos estaduais. O direitista Carlos Lacerda se elegeu governador na Guanabara, Adhemar de Barros em São Paulo, Magalhães Pinto em Minas Gerais e Ildo Meneghetti no Rio Grande do Sul. Todos estes eram ardorosos opositores do presidente e ligados ao esquema golpista. Os setores nacionalistas elegeram Miguel Arraes para o governo de Pernambuco e Mauro Borges para o de Goiás.
Mas, o governo Jango teria uma estrondosa vitória poucos meses depois. No plebiscito de janeiro 1963 cinco em cada seis eleitores votaram pela volta do presidencialismo, restituindo assim plenos poderes ao presidente. O presidencialismo conquistou nove milhões de votos, o dobro da votação conseguida por Jango na eleição de 1960. Era a sua consagração política.
A esquerda imaginava que Jango aproveitaria das vitórias eleitorais obtidas para iniciar uma grande ofensiva favorável às reformas de base. No entanto, o presidente optaria pelo caminho mais lento da conciliação. O novo ministério, como os anteriores, incorporou conservadores e reformistas. O resultado dessa nova tentativa de conciliação foi o Plano Trienal, elaborado por Celso Furtado. Ele propunha medidas de contensão inflacionária e de desenvolvimento econômico, como condições preliminares para implementação das reformas. Embora não-ortodoxo o plano não agradou os nacionalistas e socialistas que desejavam algo mais avançado, condizente com o resultado do plebiscito.
O PSD sempre teve uma posição ambígua em relação ao governo Jango e isto se devia a contradição existente entre sua base social conservadora e sua origem varguista. Flertava com o governo, tentado empurrá-lo para posições mais conservadoras. Jango, algumas vezes, entrava neste jogo e procurava isolar a esquerda trabalhista. Mas, conforme a crise econômica e política avançavam, a maioria do partido deslocou-se para o campo da oposição. O principal articulador da direita do PSD foi o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade.
Nos últimos meses de 1963, Jango tentou organizar uma Frente Progressista de Apoio às Reformas de Base, na qual se incluía o PSD. A proposta foi rechaçada pela esquerda trabalhista (brizolista) que liderava a Frente de Mobilização Popular. Inicialmente, o PCB defendeu a proposta de Goulart e depois recuou. A Frente Parlamentar Nacionalista tendia a defender Goulart e a ampliação da aliança política em defesa das reformas, mesmo às custa de algumas concessões programáticas. A incapacidade de unificar a esquerda levou ao fracasso do projeto frentista que, por sinal, também não era bem visto pelos caciques do PSD.
A Frente de Mobilização Popular, por sua vez, era formada pela ala esquerda do PTB - o chamado grupo compacto – o PC brasileiro, o PCdoB, a POLOP, a AP e entidades gerais, como o CGT, a UNE, as Ligas Camponesas etc. Nela o brizolismo era muito influente. Defendia as reformas de base e se colocava radicalmente contra a política de conciliação implementada por Jango e Santiago Dantas.
A direita também tinha as suas organizações. No processo de desestabilização do governo Jango jogou um grande papel o chamado Complexo IBAD-IPES. Estas duas organizações se unificaram em julho de 1962 formando o principal centro de financiamento e difusão ideológica das forças golpistas. O IBAD recebia contribuições das grandes empresas multinacionais, como a General Motors, Texaco, Schering, Coca-cola, IBM, Esso, Souza Cruz etc. Para o IPES contribuíam 297 corporações norte-americanas, além de empresas da Alemanha Ocidental, Inglaterra e Bélgica. Uma CPI no Congresso determinou o fechamento do IBAD por corrupção eleitoral, mas não tocou no IPES.
No final de 1963 era visível que o Plano Trienal havia fracassado. Ele não conseguiu estancar a inflação nem garantir um desenvolvimento mais rápido. A política de conciliação, expressada nele, parecia finalmente ter se esgotado. Abria-se uma fase de crescente e perigosa radicalização social e política.
Diante da oposição crescente da direita, apoiada pelo imperialismo estadunidense, Jango rompeu com a política anterior e aderiu à tese da frente de esquerda e nacionalista. Em janeiro de 1964, Goulart regulamentou a lei de remessa de lucro, que havia sido aprovada há mais de um ano. Alguns dias antes já havia assinado um decreto que previa a revisão de todas as concessões feitas na área de mineração.O marco desta passagem foi, sem dúvida, o comício de 13 de março realizado na Central do Brasil. Dele participaram 200 mil pessoas, sob a proteção do I Exército. Bastante simbólico foi o fato de que este ato havia sido convocado pelas confederações sindicais. Jango foi apenas um dos convidados, ainda que o principal. No seu discurso o presidente foi duro com seus opositores de direita. Afirmou ele: “Chegou-se a proclamar que esta concentração seria um ato atentatório ao regime democrático, como se no Brasil a reação ainda fosse dona da democracia (...) A democracia que eles desejam impingir é a democracia do anti-povo, a democracia da anti-reforma, a democracia do anti-sindicato (...) A democracia que eles pretendem é a democracia dos privilégios, a democracia da intolerância e do ódio. A democracia que eles querem é a democracia para liquidar a Petrobrás, é a democracia dos monopólios, nacionais e internacionais”. Continuou ele: “não receio ser chamado de subversivo pelo fato de proclamar (...) a necessidade da revisão da Constituição (...) A constituição atual é uma constituição antiquada, porque legaliza uma estrutura sócio-econômica já superada; uma estrutura injusta e desumana. O povo quer que se amplie a democracia, quer que se ponha fim aos privilégios de uma minoria; que a propriedade da terra seja acessível a todos; que a todos seja facilitado participar da vida política do país, através do voto, podendo votar e podendo ser votado; que se impeça a intervenção do poder econômico nos pleitos eleitorais e que seja assegurada a representação de todas as correntes políticas, sem quaisquer discriminação ideológica ou religiosa”.
Jango arremessou-se contra aqueles que usavam do manto da religião para combater as reformas: “O cristianismo nunca foi o escudo para privilégios (...) nem também os rosários podem ser levantados contra a vontade do povo e as suas aspirações mais legítimas. Não podem ser levantados os rosários da fé contra o povo, que tem fé na justiça social (...) Os rosários não podem ser erguidos contra aqueles que reclamam a discriminação da terra, hoje ainda em mãos de tão poucos”. Isso enfureceria a alta cúpula da Igreja católica que, naquele momento, se vinculava aos setores mais reacionários da sociedade.
Ainda no palanque Jango assinou dois decretos. Em um estatizou as refinarias de petróleo privadas e em outro desapropriou as terras com mais de cem hectares que margeavam as rodovias, ferrovias e açudes federais. Para a esquerda era o começo das reformas de base democráticas. O deputado socialista Barbosa Lima Sobrinho escreveu exultante um artigo intitulado “As esquerdas tem um Novo Comandante”. Jango, finalmente, se reconciliava com a esquerda nacionalista e comunista.Entre as reformas apregoadas estavam: a reforma agrária, que tinha como condição a eliminação do artigo constitucional que previa indenização prévia e em dinheiro; a reforma política, que incluía a legalização do PCB, extensão do direito ao voto aos analfabetos, soldados, cabos e sargentos; a reforma universitária que previa abolição da cátedra e liberdade de ensino. Jango planejava submeter todas essas propostas a um plebiscito nacional.
As reformas anunciadas por Jango não tinham nada de radical, mas assustaram as elites brasileiras. Para o Marechal Castelo Branco era o primeiro passo para o estabelecimento de uma “ditadura síndico-comunista”. Lacerda engrossou o coro dos golpistas: “O discurso de João Goulart, afirmou ele, é subversivo e provocador (...) O candidato furou ontem a barreira da Constituição (...) A guerra revolucionária está desencadeada. Seu chefe ostensivo é o Sr. João Goulart, até que os comunistas lhe dêem outro”.
No dia 19 de março veio a resposta conservadora. Uma passeata de cerca de 500 mil pessoas intitulada “Marcha da família com Deus pela liberdade” paralisou o centro de São Paulo. O evento teve apoio do governo de Estado, de setores da Igreja Católica, da Fiesp, da Sociedade Rural, das Associações Comerciais e diversas entidades das classes médias. A grande imprensa começava a clamar abertamente pela destituição de Jango.
O pretexto do golpe militar foi a revolta dos marinheiros e fuzileiros, que teve início em 26 de março. Ela foi apoiada pela CGT, pela UNE e pela Frente de Mobilização Popular. A quebra de hierarquia militar foi esgrimida pelos oficiais golpistas contra o governo. Era a comprovação de que o país estava à beira de um levante síndico-comunista e que a ordem liberal-burguesa estava ameaçada. Fechou-se, então, o cerco em torno de Goulart. Contra ele se levantou o conjunto das classes proprietárias, inclusive a chamada burguesia nacional e as camadas médias.
Na noite do dia 31 de março eclodiu um golpe militar visando derrubar o presidente da República. Logo em seguida o presidente do Congresso Nacional, Áureo de Moura Andrade, convocou uma sessão extraordinária e, com Jango ainda em território brasileiro, declarou vaga a presidência e, sob protesto dos parlamentares progressistas, empossou o deputado Raniere Mazzili.
A grande maioria dos governadores, assembléias legislativas e câmaras municipais apoiaram a deposição de Goulart. A mesma coisa fizeram os grandes órgãos de comunicação. Portanto, o golpe de 1964 não foi um mero complô militar, com apoio do imperialismo norte-americano. Ele tinha bases sociais fortes nas classes economicamente dominantes e na elite política civil a elas ligada.

Nota
Veja trecho do discurso de Jango na Central do Brasilhttp://www.youtube.com/watch?v=KjM48ZjevmA&feature=related

Bibliografia
Bandeira, Luiz Alberto Moniz – O governo João Goulart: as lutas sociais no Brasil (1961-1964), editora UNB.Silva, Hélio – 1964: golpe ou contra-golpe, Ed. Civilização Brasileira. Toledo, Caio Navarro (org) 1964: visões críticas do golpe, Ed. Unicamp.-------------------------- - O governo Goulart e o golpe de 1964, Ed. Brasiliense.
*Augusto Buonicore, Historiador, mestre em ciência política pela Unicamp

SIMULADO ´8

1 - (UEM - 05) "Durante a primeira metade do século XIX, a classe burguesa desenvolveu, especialmente na Inglaterra, a chamada Economia Política Clássica. Essa escola, baseada nas idéias do Liberalismo Econômico, teve como ponto de partida a obra de Adam Smith. Em seus estudos, os economistas burgueses explicaram e muitas vezes justificaram o funcionamento do sistema capitalista, que experimentava espetacular desenvolvimento na Europa ocidental e nos Estados Unidos. Mas, na mesma época, com o aparecimento do proletariado e dos problemas sociais gerados pelo capitalismo industrial, desenvolveram-se também as escolas do Socialismo Utópico e do Socialismo Científico, que realizaram a crítica à ordem capitalista e à Economia Política Clássica." (CAMPOS, Raymundo Carlos Bandeira. Estudo de História: moderna e contemporânea. São Paulo: Atual, 1988, p.182).
A respeito das questões mencionadas na citação acima, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Os chamados socialistas utópicos se caracterizavam por defenderem reformas na sociedade que mais se assemelhavam a sonhos. Suas propostas eram idealistas e não levavam em conta as resistências da sociedade capitalista às mudanças, contando principalmente com a boa vontade dos indivíduos.
02) O Movimento Cartista, que surgiu na Inglaterra nos fins da década de 1830, é resultado dos esforços da burguesia para evitar que o movimento operário descambasse para a barbárie e ameaçasse a existência da propriedade privada.
04) O Socialismo Científico caracteriza-se por uma teoria que acreditava na racionalidade científica da burguesia para a realização da socialização pacífica dos meios de produção.
08) Os fundadores do chamado Socialismo Científico foram os alemães Karl Marx e Friedrich Engels, que publicaram, em 1848, o Manifesto do Partido Comunista, criticando os socialistas utópicos e a Economia Política Clássica.
16) A chamada Economia Política Clássica tem em Adam Smith, autor de A Riqueza das Nações (1776), e em David Ricardo, autor de Princípios de Economia Política (1817), dois de seus principais teóricos. Ambos defendiam a liberdade de comércio como sendo a forma mais adequada de promover o desenvolvimento da riqueza.
A soma das afirmativs corretas é:
a) 03;
b) 07;
c) 25;
d) 22;
e) 14.

2 – (UFLA - MG - 04) Enumere a 2ª coluna (pensadores) de acordo com a 1ª (doutrinas) e, a seguir, indique a alternativa que apresenta a seqüência CORRETA.
1 - Liberalismo econômico ( ) Mikhail Bakunin
2 - Socialismo ( ) Adam Smith
3 - Anarquismo ( ) Friedrich Engels
4 - Fisiocracia ( ) François Quesnay
a) 1 - 2 - 3 - 4 b) 1 - 3 - 2 - 4 c) 3 - 2 - 1 - 4
d) 3 - 1 - 2 - 4 e) 2 - 3 - 1 - 4

3 - (UFMG - 06) Em 1891, o Papa Leão XIII editou um documento . a encíclica Rerum Novarum . que deixou marcas profundas na Igreja Católica. A importância desse documento transcende os muros da Igreja, haja vista que ele redefiniu o pensamento católico e o modo como essa Instituição se relacionava com as sociedades em que atuava.
Considerando-se a influência da Rerum Novarum, é CORRETO afirmar que essa encíclica
a) significou uma condenação vigorosa da guerra e do colonialismo, pela manifestação do pacifismo e do humanismo inerentes aos valores cristãos.
b) deu origem ao pensamento social católico, a partir do impacto da expansão do capitalismo e do crescimento do ideário socialista.
c) transformou a Igreja em aliada do movimento fascista, abrindo caminho para a Concordata entre o Papa e o Estado italiano.
d) representou uma tomada de posição do Vaticano contra a religião muçulmana, que crescia em ritmo acelerado e ameaçava a posição hegemônica do catolicismo.

4 - (Cesgranrio - 76) Na Carta Rerum Novarum, Leão XIII definiu a posição da Igreja com relação aos problemas do Liberalismo e do Socialismo e conclamou todos a se unirem para realizar uma ordem social justa, propondo reformas que:
a) fizessem vigorar o Liberalismo Econômico, socializando-se porém os bens móveis e o crédito;
b) abolissem a propriedade particular e construíssem uma nova sociedade sem desigualdade de riqueza;
c) promovessem uma nova distribuição da propriedade, de forma a por fim às desigualdades sociais;
d) freassem o desenvolvimento industrial, ao qual atribuíam a responsabilidade pelas marcadas desigualdades sociais existentes;
e) garantissem a preservação da propriedade e possibilitassem a convivência harmoniosa entre as classes sociais.

5 - (PUC - SP - 98) Segundo o historiador Eric Hobsbawn, para o liberalismo clássico o homem era um animal social apenas na medida em que coexistia em grande número. Por isso, considera que o símbolo literário do “homem” dessa corrente de pensamento foi Robinson Crusóe, que conseguiu, após um naufrágio, viver quase três décadas numa ilha deserta, criando, sozinho, as condições de sua sobrevivência.
Em consonância com esse perfil, o pensamento liberal pressupõe:
a) a crença no progresso, que deveria assegurar, através da intervenção governamental na atividade econômica, a felicidade e o conforto ao maior número de possível de pessoas.
b) a crença no racionalismo, na livre iniciativa e no progresso, daí decorrendo a necessidade de manter a menor interferência governamental possível na atividade econômica;
c) a crença de que o bem estar social seria assegurado pelo respeito aos costumes tradicionalmente aceitos e estabelecidos;
d) a idéia de que a sociedade seria formada por uma teia de relações, tornando necessário ao homem agir em função dos seus semelhantes;
e) a idéia de que só um governo centralizado e forte poderia assegurar a liberdade econômica e a obtenção dos objetivos individuais.

6 - (PUC - MG) É característica do Estado Liberal, EXCETO:
a) intervenção na economia privada; b) manutenção da ordem; c) exercício da justiça pelo executivo;
d) intensificação das relações exteriores; e) preocupação com a defesa nacional.

7 - (Fuvest) A diferença fundamental entre o mercantilismo e o liberalismo econômico é:
a) a ênfase na produção de subsistência no primeiro e a exploração da matérias-primas no segundo;
b) a regulamentação e proteção estatal da economia no primeiro e a defesa da liberdade total da iniciativa privada no segundo;
c) o uso obrigatório do trabalho escravo no primeiro em oposição ao trabalho livre característico do segundo;
d) o mercado aberto a toda concorrência no primeiro e a restrição à entrada de produtos estrangeiros no segundo;
e) a defesa de uma economia baseada exclusivamente na lei da oferta e da procura no primeiro e apenas a acumulação de ouro e prata no segundo.

8 - (UFMG - 90) Todas as alternativas apresentam idéias básicas do Socialismo Científico, EXCETO:
a) a classe operária é a força revolucionária que deve tomar o poder político;
b) a ditadura do proletariado é a fase de transição para se alcançar o comunismo;
c) a evolução histórica é determinada pelo avanço da luta de classes;
d) a sociedade de cada época é determinada pelas condições econômicas;
e) o homem é solidário com seus semelhantes, abrindo mão de quaisquer privilégios.

9 – (FINP - 96) Responda a questão de acordo com o código abaixo.
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas;
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas;
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem erradas.
Sobre as teorias de Karl Marx que influenciaram o movimento operário europeu no final do século XIX, pode-se afirmar que:
I - A exploração do capitalismo sobre o trabalho é oculta por causa da mais valia.
II - Os patrões não são, em geral, exploradores de mão-de-obra e, sim, são levados a pagar baixos salários por causa das regras do capital.
III - Antes do capitalismo, o trabalhador era explorado pelo senhor dono da terra, trabalhando especificamente para ele alguns dias da semana.

10 - A diferença entre o socialismo utópico e o científico é que:
a) o primeiro tinha uma preocupação estritamente científica enquanto o segundo caracterizava-se pelo seu caráter meramente especulativo;
b) não havia diferenças entre eles. O que havia eram simples divergências pessoais entre os autores;
c) os socialistas utópicos formulavam o projeto ideal de uma sociedade futura, enquanto os socialistas científicos, ao analisar as causas da formação da sociedade capitalista e as contradições destas, formularam a possibilidade de sua destruição;
d) tanto socialistas utópicos como científicos denunciavam os males do capitalismo; no entanto, persistia uma diferença que se prendia ao fato de que os socialistas utópicos nunca pensaram em sociedade futuras.

11 - (FGV - 73) O movimento de Owenismo (Robert Owen), no chamado socialismo utópico do século XIX, caracterizou-se por:
a) pretender a conquista do poder imediatamente e através da luta armada;
b) pretender destruir o sistema capitalista, através de sua paralisação por uma greve universal e de duração indeterminada;
c) pretender a criação de comunidades-modelo, a base da cooperação nas quais não haveria a instituição do lucro;
d) pretender chegar ao socialismo, através de barganhas entre a cúpula sindical e os representantes dos patrões, unicamente;
e) sustentar que havia o capitalismo em virtude de os homens terem sido condenados à miséria terrena, sendo o mundo celestial socialista, daí a abdicação de qualquer movimento de rebelião ou greve.

12 - (UFMG - 93) Um princípio básico do socialismo utópico é:
a) a crença em um sistema filosófico-religioso baseado na razão, que rejeita a idéia da revelação divina e de qualquer autoridade da Igreja;
b) a formação de comunidades auto-suficientes, em que os homens, através da livre cooperação teriam suas necessidades satisfeitas;
c) a integração do processo produtivo fabril ao desenvolvimento científico, na medida em que esse possibilitava maior rendimento e produtividade;
d) a plena liberdade econômica, através da instituição do mercado e a garantia da propriedade privada;
e) a supremacia da natureza entendida como a produtividade exclusiva da terra relegando a um segundo plano a manufatura e o trabalho de processamento.

13 - (FCL - SP - 02) "O governo e, consequentemente, o Estado representam a origem dos males da sociedade Afirmando serem o industrialismo e o capitalismo produtos do Estado, pregavam a eliminação do Estado e da propriedade privada. Defenderam a formação de um conjunto de pequenas comunidades cooperativas sem visar o lucro". (História das sociedades modernas às sociedades atuais. SP: Record. p. 340.)O texto sintetiza idéias filiadas ao
a) socialismo científico. b) positivismo. c) anarquismo. d) evolucionismo. e) fascismo.

14 - (Mack - 04) Para nós, a autoridade não é necessária à organização social; ao contrário, acreditamos que ela é sua parasita, que impede sua evolução e utiliza seu poder em proveito próprio de uma certa classe que explora e oprime as outras. Enquanto houver harmonia de interesses em uma coletividade, enquanto ninguém quiser ou puder explorar os outros, não haverá marca de autoridade;.... (Enrico Malatesta)
A respeito da doutrina professada por Enrico Malatesta, é correto afirmar que:
a) ambicionava construir uma ciência da natureza humana, não estabelecia distinção entre ciência física e ciência social e identificava a teoria moral, religiosa e política existente como o principal obstáculo à realização das leis da harmonia.
b) afirmava que, após a revolução, os trabalhadores estabeleceriam a ditadura do proletariado e, mais tarde, com o crescimento da produção e da riqueza, o próprio Socialismo daria lugar ao Comunismo, sociedade na qual não existiriam as classes sociais e o Estado.
c) considera que o Estado e a propriedade privada são a fonte de todos os males sociais e devem ser substituídos por uma sociedade de homens livremente associados, sem leis codificadas, sem polícia, sem tribunais ou forças armadas.
d) acreditava que o Estado, a Igreja e a burguesia financeira e industrial seriam extintas lentamente, sem a necessidade de lutas sociais, ao longo do processo histórico de desenvolvimento do Socialismo e de sua transição para a sociedade anarquista.
e) preconiza uma sociedade na qual não haveria luta de classes, porque os ricos não seriam tão ricos e os pobres não seriam tão pobres. O capital e o trabalho deveriam viver em colaboração um com o outro, obedecendo aos princípios da caridade cristã.
15 - (Mack - 01) Em 1864, em Londres, foi fundada a Associação Internacional dos Trabalhadores. Seus primeiros encontros foram marcados pelos conflitos teóricos entre Karl Marx e Mikhail Bakunin. Em 1872, num congresso em Haia, Bakunin e seus seguidores foram expulsos da Internacional. Sobre as Internacionais é correto afirmar que:
a) a I Internacional foi a matriz do movimento operário, com as teses de Karl Marx ainda misturadas a ideologias anarquistas.
b) a IV Internacional, fundada na América Latina, foi criada para promover as articulações internacionais do proletariado e defender a social-democracia.
c) a II Internacional definiu-se como anarquista e pregou a defesa da violência como única forma de alcançar uma sociedade sem Estado e sem desigualdades.
d) a III Internacional favoreceu os anarquistas, que se contrapunham à criação de um Estado socialista e à ditadura do proletariado de Karl Marx.
e) as Internacionais foram formadas por operários que, através de discussões políticas, chegaram a formular um conceito unitário de socialismo democrático.

16 - (CEFET PR - 01) Adam Smith (1723-1790) surgiu entre os economistas do Iluminismo, preocupando-se em sistematizar a análise econômica, com a demonstração e a elaboração de leis, fundando, assim, a economia moderna, a economia como ciência. Suas propostas, nas quais considerava o trabalho e não a terra como fonte de toda riqueza, ficaram conhecidas como:
a) mercantilismo. b) fisiocracia. c) absolutismo econômico.
d) socialismo econômico. e) liberalismo econômico.

17 - (UDESC) Entre os argumentos que justificam a defesa das doutrinas liberais surgidas no final do século XVIII e início do século XIX, encontramos:
I - Crença nas leis naturais da economia.
II - Publicação e divulgação de idéias como as de Adam Smith.
III - Críticas dos socialistas ao progresso industrial.
IV - desejo de atingir o comunismo pela superação das classes sociais.
Assinale:
a) se as afirmativas I e II estiverem corretas;
b) se as afirmativas II e III estiverem corretas;
c) se as afirmativas III e IV estiverem corretas;
d) se as afirmativas II e IV estiverem corretas;
e) se as afirmativas I e III estiverem corretas.

18 - (PAS - UFLA - 00) Alguns movimentos ideológicos marcaram o século XIX e o início do século XX. Sobre eles, relacione as colunas e identifique a alternativa que apresenta a seqüência correta.
1 - Liberalismo ( ) Defende uma sociedade sem classes, na qual os proletários tomarão o poder em substituição
2 - Socialismo ao capitalismo, razão as exploração e das diferenças sociais.
3 - Anarquismo ( ) Defende uma sociedade sem a existência de propriedade privada, Estado, partidos políticos,
religião oficial e diferenças sociais.
( ) Defende uma sociedade em que o Estado não deve limitar ou determinar as ações pessoais, empresariais, comerciais e industriais.
a) 1 - 2 - 3; b) 2 - 1 - 3; c) 2 - 3 - 1; d) 1 - 3 - 2; e) 3 - 2 - 1.

19 - (UFMG) No período compreendido entre o Congresso de Viena e a Primeira Guerra Mundial, a Europa experimentou relativa estabilidade. As únicas guerras que ocorreram nesse continente estavam ligadas aos processos de unificação italiana e alemã. Assinale a alternativa que melhor identifica o nacionalismo que inspirou esses conflitos.
a) a idéia de expansão das nações européias como meio de tornar os países sul-americanos e africanos mais modernos;
b) a idéia de que cada nação deveria ser um Estado independente e de que a nacionalidade estava associada à identidade de língua, religião, etnia e cultura;
c) o estabelecimento de novas nações que tinham como princípio definidor dos seus limites as atividades agromercantis por elas desenvolvidas;
d) o princípio de que nações deviam ser criadas a partir da identidade racial sendo, assim, preservadas as raízes culturais comuns entre os súditos.

20 - (UGF - RJ) A difusão e o fortalecimento da Revolução Industrial na Europa, ao longo do século XIX, acarretou o surgimento de diversas doutrinas sociais que criticavam as conseqüências sociais da consolidação do capitalismo na Europa. Dentre essas doutrinas, destacamos a Doutrina Social elaborada pela Igreja Católica, definida pela Encíclica Rerum Novarum (1891), que propunha o(a):
a) valor da religião como instrumento de reforma, justiça social e de defesa da dignidade da classe trabalhadora;
b) fim do Estado como necessário ao avanço do bem-estar e da extinção das desigualdades sociais;
c) condenação da existência da propriedade privada, por estar na origem da miséria econômica das classes trabalhadoras;
d) defesa da luta de classes como forma de se extinguir a exploração do homem pelo homem;
e) validade das revoluções sociais para a libertação política e econômica das nações oprimidas por governos despóticos.

21 - (EFOA - 00) A data de 1º de maio tornou-se mundialmente consagrada ao Dia Internacional da Solidariedade aos Trabalhadores, ou “Dia do Trabalho”, devido a qual fato histórico?
a) rebelião dos escravos no Haiti em 1791;
b) publicação do “Manifesto Comunista” por Marx e Engels em 1848, na Alemanha;
c) tragédia de Chicago (EUA), em 1866, quando uma geral pela fornada de 8 horas foi violentamente reprimida;
d) eclosão da “Comuna de Paris”, em 1871;
e) implantação da “Ditadura do Proletariado” na URSS, em 1917.

22 - (PUC) Nas divergências entre anarquistas e socialistas sobre o movimento operário europeu, na passagem do século XIX ao século XX, destaca-se:
a) a proposta dos anarquistas de privilegiar a organização sindical como forma de luta;
b) a idéia dos socialistas de que a greve geral seria o fim último dos trabalhadores;
c) a tentativa dos anarquistas de tomar o Estado pelo sistema corporativista;
d) a crença dos socialistas na via parlamentar como forma exclusiva de se chegar ao poder;
e) a posição dos anarquistas contrária à organização dos trabalhadores em partido político.

23 - (UFU – 03) Os Estados Unidos tornaram-se uma nação economicamente poderosa na segunda metade do século XIX, desenvolvendo um forte mercado interno e uma política externa imperialista em relação ao continente americano.
Assinale a alternativa que retrata corretamente este contexto.:
A) A Doutrina Monroe, sintetizada na afirmação “ A América para os americanos” e criada pelo grupo político Democrata, procurava defender os princípios de igualdade de direito à propriedade e à liberdade da Constituição, resguardando a soberania do indivíduo perante o Estado.
B) A situação dos índios e afro-americanos, neste contexto, foi sanada, respectivamente, pela criação de reservas mantidas pelo Estado e pela abolição da escravidão logo após a vitória do Norte na Guerra de Secessão, incorporando-os ao mercado de trabalho e de consumo.
C) A expansão territorial em direção ao Oeste permitiu a anexação de enormes faixas de terras, interiorizando a ocupação. O Homestead Act incentivou essa marcha, com a distribuição gratuita de terras aos estrangeiros, além da grande atração motivada pela corrida do ouro na Califórnia.
D) A política externa norte-americana no século XIX foi sustentada pelo Destino Manifesto, responsável pelo desenvolvimento de áreas atrasadas no continente, tais como: o México, Cuba, Nicarágua e a região do Canal do Panamá, incorporando-as ao mercado internacional, possibilitando a supremacia dos Estados Unidos como potência mundial.

24 - (FUNREI - 05) “A Guerra Civil foi uma ‘guerra total’ porque o Norte só poderia conseguir atingir seus fins de restaurar a União se derrotasse o Sul por completo [...]. Uma guerra total é o teste entre sociedades, economias e sistemas políticos...” (Robert A. Divine e outros. América: passado e presente)
A Guerra de Secessão estadunidense, ocorrida entre 1860 e 1865, se deu entre
a) os colonos americanos e os ingleses.
b) o Sul capitalista e o Norte escravista.
c) o Norte capitalista e o Sul escravista.
d) os mexicanos e os norte-americanos.

25 - (UEM - 04) 20 – Sobre a história dos Estados Unidos da América, ao longo do século XIX, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Em 1823, foi divulgada a Doutrina Monroe, que estabelecia o direito dos Estados Unidos de intervirem nos assuntos internos dos outros países. A sedimentação dessa forma de pensamento deu o substrato ideológico que legitimou a invasão norte-americana ao Iraque .
02) A partir do início do século XIX, os Estados Unidos iniciaram a Marcha para o Oeste, comprando ou anexando territórios e ampliando sua extensão geográfica. A partir da costa do Atlântico, a expansão territorial atingiu a costa do Pacífico, dando dimensões continentais ao novo país.
04) A expansão territorial norte-americana levou a um enfrentamento com as tribos indígenas, que resultou na derrota das populações nativas e na ocupação das terras indígenas pelos colonos.
08) A Guerra de Secessão, conhecida como a Guerra Civil norte-americana, foi motivada exclusivamente pela questão da liberdade dos escravos. Enquanto o Norte, agrícola, era favorável ao fim da escravidão, o Sul, mais industrializado, lutava pela manutenção dessa relação de trabalho.
16) Uma significativa parte do atual território dos EUA foi conquistada como decorrência da Guerra contra o México. Pelo tratado firmado em 1848, foram anexados aos EUA Texas, Califórnia, Novo México, Utah, Nevada e Arizona.
A soma das afirmativas correta é:
a) 03; b) 13; c) 07; d) 22 e) 15

26 - (UFU - 03) Os Estados Unidos tornaram-se uma nação economicamente poderosa na segunda metade do século XIX, desenvolvendo um forte mercado interno e uma política externa imperialista em relação ao continente americano.
Assinale a alternativa que retrata corretamente este contexto.
a) A Doutrina Monroe, sintetizada na afirmação “ A América para os americanos” e criada pelo grupo político Democrata, procurava defender os princípios de igualdade de direito à propriedade e à liberdade da Constituição, resguardando a soberania do indivíduo perante o Estado.
b) A situação dos índios e afro-americanos, neste contexto, foi sanada, respectivamente, pela criação de reservas mantidas pelo Estado e pela abolição da escravidão logo após a vitória do Norte na Guerra de Secessão, incorporando-os ao mercado de trabalho e de consumo.
c) A expansão territorial em direção ao Oeste permitiu a anexação de enormes faixas de terras, interiorizando a ocupação. O Homestead Act incentivou essa marcha, com a distribuição gratuita de terras aos estrangeiros, além da grande atração motivada pela corrida do ouro na Califórnia.
d) A política externa norte-americana no século XIX foi sustentada pelo Destino Manifesto, responsável pelo desenvolvimento de áreas atrasadas no continente, tais como: o México, Cuba, Nicarágua e a região do Canal do Panamá, incorporando-as ao mercado internacional, possibilitando a supremacia dos Estados Unidos como potência mundial.

27 - (MACK - 03) A saga de pioneiros e desbravadores (e também bandidos, exterminadores de índios, grileiros e pistoleiros) foi retratada em uma série de filmes do gênero western, mais conhecidos no Brasil como faroeste ou bangue-bangue. Ao contar a Marcha para o Oeste, esses filmes mostraram também a formação de uma mentalidade tipicamente americana.
Uma série de fatores, como a escassez de terras na faixa atlântica, a necessidade dos estados do Norte, em fase de industrialização, de conseguir matérias-primas e a construção de ferrovias, motivaram e favoreceram a Marcha para o Oeste que foi:
a) a corrida do ouro na Califórnia e a ocupação da Flórida recém adquirida da Espanha.
b) a ocupação de todos os territórios onde os americanos nativos eram hostis ao homem branco.
c) a colonização de terras do lado ocidental dos Apalaches e da margem leste do rio Mississipi, por imigrantes dispostos a desbravar o interior do continente, acelerando a ocupação rumo ao Pacífico.
d) A ocupação de áreas além do rio São Lourenço, para efetivar a posse da Louisiana.
e) a anexação dos estados do Texas, Utah, Arizona e Novo México, conquistados junto ao México em 1848, depois de uma guerra.

28 - (Unifenas - 04) Em 1854, o governo dos Estados Unidos quis comprar as terras do chefe indígena Seatle. Leia este trecho de sua resposta transmitida ao presidente por carta.
“(. . .) Cada pedaço desta terra é sagrada para nós. (. . . ) Somos parte da terra e ela é parte de nós. as flores perfumadas são nossas irmãs. (. . .) A água brilhante que se escoa nos ribeiros e nos rios não é apenas água, mas o sangue dos nossos ancestrais.” (Fonte: 100 Discursos Históricos - Carlos figueiredo - Ed. Leitura - 2002)
A justificativa ideológica utilizada pelos norte-americanos para conquistar as terras do oeste era a do povo escolhido por Deus para essa “missão”. Assinale a alternativa que a representa:
a) Destino Manifesto; b) Doutrina Monroe; c) Doutrina Truman; d) Direito Divino; e) Teoria da Predestinação.

29 - (EFOA - 03) “Os Estados Confederados podem adquirir novos território. (. . .) Em todos esses territórios, a instituição da escravidão negra, tal como ora existe nos Estados Confederados, será reconhecida e protegida pelo Congresso e pelo governo territorial; e os habitantes dos vários Estados Confederados e Territórios terão o direito de levar para esse território quaisquer escravos legalmente possuídos por eles em quaisquer Estados ou Territórios dos Estados Confederados (. . .)”. (Constituição dos Estados Confederados da América, Art. IV, seção 3 - 1861)
O texto acima reflete um dos pontos centrais de discórdia que geraram a Guerra Civil Americana. Esta guerra civil foi o resultado:
a) da ação imperialista americana que, a partir da Doutrina Monroe, passou a intervir na América Latina;
b) da Grande Depressão, intensificando a pobreza e o desemprego nas grandes cidades americanas;
c) da oposição dos interesses dos Estados do Sul e do Norte em torno da questão da escravidão e da expansão para o Oeste;
d) da luta pelos direitos civis, particularmente dos negros, forçando uma reinterpretação da Constituição Americana;
e) da luta entre os colonos e a Metrópole inglesa, o que redundava na independência dos Estados Unidos.

30 - (USS - 01) A Marcha para Oeste é um dos fenômenos mais conhecidos da História dos Estados Unidos. Ela povoou o Oeste e o Meio-Oeste americanos, gerou um contingente de produtores agrícolas e pecuários cujos interesses os ligaram mais à economia do Norte com os seus canais e ferrovias do que à idéia de ocupar o interior com fazendas escravistas.
Assinale a alternativa que menciona corretamente dois fatores da Marcha para Oeste.
a) A compra da Louisiana, em 1803, e a Declaração da Independência, em 1776.
b) A guerra contra o México, entre 1846 e 1848, e a compra da Flórida, em 1819.
c) A corrida do ouro para a Califórnia (1840 -1849) e a Doutrina Monroe (1823).
d) O Homestead Act (1862) e o protetorado sobre Cuba (1891). e) As ferrovias transcontinentais e a teoria do Destino Manifesto.

1 - C 2 - D 3 - B 4 - E 5 - B 6 - A 7 - B 8 - E 9 - C 10 - C
11 - C 12 - B 13 - C 14 - C 15 - A 16 - E 17 - A 18 - C 19 - B 20 - A
21 - C 22 = E 23 - C 24 - C 25 - D 26 - C 27 - C 28 - A 29 - C 30 - E

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

SIMULADO

PROF. MESSIAS SIMÃO - ORGANIZADOR

1 - (PUC - MG - 99) Sobre o colonialismo ibérico no Novo Mundo, é correto afirmar que, EXCETO:
a) promoveu a dizimação da população indígena com a violência e a exploração;
b) teve um objetivo civilizador com a europeização das áreas coloniais;
c) possibilitou o desenvolvimento do mercado interno a partir do século XVII;
d) esteve subordinado à política mercantilista metropolitana;
e) os burgueses, apoiados pelo Estado, foram grandes beneficiados.

2 - (UEL - PR) Assinale a alternativa que confirma o fundamento básico da colonização portuguesa do Brasil:
a) monopólio comercial; b) exploração das minas; c) sistema de capitanias;
d) cultura de milho; e) desenvolvimento da pecuária.

3 - (OSEC) “ . . . a primeira preocupação dos Estados Colonizadores será de resguardar a área de seu império colonial face às demais potências, a administração se fará a partir da Metrópole, e a preocupação fiscal dominará todo o mecanismo administrativo. Mas, a medula do sistema, seu elemento definidor, reside no monopólio do comércio colonial. Em torno da preservação desse privilégio . . . é que gira toda a política do sistema colonial . . .” (Fernando Novais).
Neste texto, o autor define a política econômica utilizada por Portugal, em relação ao Brasil. Esta política econômica é conhecida como:
a) Capitalismo industrial; b) feudalismo; c) imperialismo industrial; d) liberalismo; e) mercantilismo.

4 - (FDMC - MG - 98) Leia o texto:
“Foi grande e rápido o sucesso da produção de açúcar na colônia. No século XVI, ali onde o solo, o clima e a segurança permitiam, nas imediações das primeiras povoações e próximo das praias, proliferavam fazendas dedicadas à atividade açucareira. (...) Em 1628, em todo o Brasil, contar-se-iam 235 engenhos; em 1710, 528.” (MAESTRI, Mário. Uma História do Brasil: Colônia. São Paulo: Contexto, 1997.)
Dentre as razões que explicam o êxito da economia açucareira no período colonial, destacam-se, EXCETO:
a) a participação flamenga no negócio açucareiro;
b) a experiência anterior dos portugueses na produção do açúcar;
c) o ingresso de capitais ingleses, notadamente após a assinatura do Tratado de Methuen;
d) a grande aceitação do açúcar no mercado europeu.

5 - (Moraes Jr. - 73) Na empresa açucareira do Brasil, Portugal recorria aos capitais holandeses, de vez que não tinha uma infra-estrutura econômica que pudesse arcar com gastos de tal envergadura.
a) a proposição é verdadeira e a razão também, sendo causa da primeira;
b) a proposição é verdadeira e a razão também, mas não é causa da primeira;
c) a proposição é verdadeira, mas a razão é falsa;
d) a proposição e a razão são falsas.
e) a proposição é falsa, mas a razão verdadeira.

6 - (UFSC) Para responder esta questão siga o código abaixo:
a) se somente as afirmativas I e II forem corretas; b) se somente as afirmativas I e III forem corretas;
c) se somente as afirmativas II e III forem corretas; d) se somente a afirmativa I for correta;
e) se somente a afirmativa III for correta.
Identifique as alternativas que correspondem às características da sociedade colonial, na região produtora de cana-de-açúcar:
I - Economia baseada no latifúndio, onde se plantava a cana e se produzia o açúcar
II - Posição social e poder dependentes sobretudo da posse de terra
III - trabalho do elemento escravo e mão-de-obra assalariada como sustentáculos da sociedade

7 - (Inatel - 98) Foram características do Brasil-Colônia:
( ) Economia agro-exportadora e não concentradora de rendas.
( ) Sociedade com grande mobilidade social, devido em parte à existência de várias raças.
( ) As retratações das demandas de consumo interno, causando crises cíclicas da produção agro-exportadora.
( ) As reações dos escravos contra a exploração branca foram insignificantes, exceção feita ao Quilombo dos Palmares
( ) A economia agro-exportadora baseava-se na monocultura e nos latifúndios.
( ) A Reforma Religiosa gerou a Contra-Reforma e essa trouxe para o Brasil os Jesuítas.
Verifique se as afirmativas acima são verdadeiras ou falsas.
Escolha a opção correta: a) VVFFFV; b) VVVFFF; c) VFVFVF; d) FFFFVV; e) VVFFFF.

8 - (FGV) Dentre os fatores que impossibilitaram a utilização do trabalho livre no Brasil colonial NÃO podemos mencionar:
a) a abundância de terras que permitiria a transformação do assalariado em pequeno produtor independente, o que se chocava com os interesses da Metrópole;
b) a existência de uma camada mercantil metropolitana interessada na expansão do tráfico de negros para o Brasil e para o mundo colonial;
c) a inexistência de mão-de-obra branca disponível na Metrópole, em quantidade suficiente para propiciar o povoamento e a colonização do Brasil;
d) o desinteresse dos mercadores portugueses em realizar o apresamento e comércio dos indígenas, uma vez que os lucros obtidos através desse tráfico acabariam sendo controlados pelos colonos aqui radicados;
e) a inadaptação do branco para o trabalho agrícola nas difíceis condições coloniais, comprovada pelo fracasso da experiência realizada em Açores, Cabo Verde e São Tomé.

9 - (FSA - 84) A sociedade colonial ligada à economia açucareira era:
a) dinâmica, móvel, democrática, estratificada e urbana; b) teocrática, rural-exportadora, escravista e paternalista;
c) burguesa, agrária-importadora, liberal e populista; d) moderna, estatizada, fechada, matriarcal e igualitária;
e) aristocrática, elitizada, rígida, estamental e patriarcalista

10 - (PUC - RS - 01) 39) O ciclo da mineração trouxe conseqüências que ocasionaram transformações na sociedade brasileira, no século XVIII - Dentre essas conseqüências, NÃO é correto considerar
a) o apogeu do barroco brasileiro com a construção de capelas e igrejas na região das Minas Gerais.
b) a expansão da conquista portuguesa ao Sul e sua integração na economia colonial.
c) a transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
d) a interiorização da colonização portugu esa com a criação de novas capitanias.
e) o fim do sistema de monopólio comercial e a liberação da produção de manufaturas na colônia.

11 - (Mack - 01) A Inglaterra encontrou na economia luso-brasileira um mercado em rápida expansão e praticamente unilateral. Suas exportações eram saldadas em ouro. (Celso Furtado)
O texto identifica um período da História Colonial brasileira que teve, dentre suas características:
a) as vantagens obtidas pelos ingleses no Tratado de Methuen, que terminaram transferindo para a Inglaterra boa parte do ouro explorado no Brasil.
b) a redução drástica da população, em virtude do declínio da economia açucareira nordestina.
c) o surgimento de uma sociedade eminentemente rural e com menor mobilidade social.
d) o desaparecimento do mercado interno em virtude do atrofiamento do complexo econômico nordestino.
e) a independência econômica tanto da metrópole como da colônia, terminando com o controle inglês sobre a economia luso-brasileira.

12 - - (CEFET - PR - 97) É correto afirmar que, no Brasil, durante o Período Colonial:
a) a corrida do ouro criou, na Região Nordeste, uma aristocracia de latifundiários, donos de grandes engenhos.
b) a maior parte do ouro contrabandeado era destinado aos países do Extremo Oriente.
c) a exploração do ouro era vedada aos escravos, em virtude do excessivo número de furtos de pepitas.
d) a corrida do ouro provocou a primeira grande corrente imigratória para o Brasil.
e) todo o ouro descoberto no Brasil aqui permaneceu aumentando o Tesouro Nacional.

13 - (FDCM - MG - 00) A efetiva colonização do Brasil, iniciada na terceira década do século XVI, foi uma resposta às crescentes dificuldades encontradas por Portugal em manter seus gastos com o império que se formava. Era preciso criar novas alternativas econômicas. Nesse contexto, a implantação do sistema de Capitanias Hereditárias em terras brasileiras pode ser definida como
a) transferência do ônus da colonização à iniciativa privada, representada pelos donatários, que doariam sesmarias a colonos.
b) solução mais viável para a transferência do excedente populacional português para terras brasileiras.
c) integração efetivada em maciços investimentos estatais e capitais privados portugueses, trazidos pelos donatários.
d) delegação pública de poderes feita pela Coroa aos donatários, que se tornavam proprietários privados de suas capitanias.

14 - Comparando-se a evolução da economia mineira e da açucareira, durante o período colonial, podemos afirmar que:
a) em ambas economias o fluxo de renda gerada não se traduziu na amplificação do mercado interno para bens de consumo correntes ou artigos de luxo porque a Coroa Portuguesa se apropriava de parte da renda da cobrança de impostos;
b) tanto a economia mineira quanto a açucareira contribuíram para a diversificação das atividades econômicas, porque introduziram o desenvolvimento da produção de bens de consumo destinados ao mercado interno;
c) a economia apresentava maior grau de dependência em relação à metrópole, uma vez que a expansão decorria de demandas que variavam segundo a maior ou menor entrada de metais preciosos no continente europeu;
d) a melhor distribuição de renda na economia mineira tornou possível a estruturação de um mercado interno, onde os bens de consumo correntes ocupavam um espaço mais significativo que na economia açucareira;
e) como conseqüência da evolução da economia açucareira, tivemos a integração econômica com outras regiões do Brasil.

15 - São razões para a decadência da economia mineira:
a) a queda do preço do ouro no mercado europeu e a sobrecarga tributária imposta pela Metrópole;
b) a insuficiência tecnológica, para a exploração de minas em maior profundidade, e o esgotamento das jazidas;
c) as penas impostas aos envolvidos na Inconfidência Mineira e o ferrenho fiscalismo metropolitano;
d) a sobrecarga tributária imposta pela Metrópole e a cobrança do quinto efetuada através da Casa de Fundição;
e) a inflação provocada pela emissão de grande quantidade de moedas;

16 - (Fuvest - 91 / Unifenas - 94) No século XVIII, a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar:
a) a urbanização da Amazônia, o início da produção de tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes.
b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra.
c) a industrialização de São Paulo, a produção de café no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais.
d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus.
e) o aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul.

17 - (FCMMG - 92) No dia 17 de dezembro de 1703 foi assinado o Tratado de Methuen, entre Portugal e Inglaterra. devido a esse tratado, o ouro descoberto no Brasil-colônia não permaneceu na metrópole porque:
a) os portugueses tiveram que pagar pesada indenização à Inglaterra pelo não cumprimento desse tratado, que proibia o tráfico de escravos;
b) toda a atividade mineradora no Brasil foi custeada pela Inglaterra, que enviava para a colônia tecnologia em troca de pagamento em ouro;
c) a coroa portuguesa se comprometeu a importar da Inglaterra os produtos industrializados, em troca da exportação de vinhos para esse país;
d) os ingleses, por esse tratado, tinham o direito de ficar com um quinto de todo o ouro descoberto, estipulado, posteriormente, em cem arrobas anuais;
e) essa riqueza serviu apenas para pagar à Inglaterra as despesas pela proteção dos ingleses aos navios portugueses contra a pirataria espanhola.

18 - (UFPE - 98) Em relação às conseqüências do domínio espanhol sobre Portugal, que durou 60 anos - de 1580 a 1640, analise as proposições abaixo:
1 - A França, inimiga da Espanha, ocupou Pernambuco, área de atuação dos portugueses.
2 - As relações comerciais dos portugueses com a Ásia sofreram grandes perdas.
3 - Portugal, para enfrentar a crise, tornou-se dependente da Holanda, assinando com esta o Tratado da Paz de Holanda.
4 - A marinha portuguesa foi quase aniquilada e Portugal subordinou-se à Inglaterra assinando com esta nação vários tratados.
5 - Portugal centralizou a administração colonial e estabeleceu monopólios na economia.
Estão corretas:
a) 2 - 3 - 4; b) 3 - 4 - 5; c) 1 - 2 - 3; d) 2 - 4 - 5; e) 1 - 3 - 5.

19 - (MACK) O poder municipal no Brasil colônia era constituído pelas Câmaras Municipais; para ocupá-las designavam-se os chamados “homens-bons” . Estes Eram:
a) apenas proprietários de terra, membros da aristocracia rural;
b) grandes comerciantes, funcionários da Coroa;
c) todos os indivíduos brancos, descendentes de portugueses;
d) o clero e a burguesia mercantil portuguesa;
e) todos os elementos da população masculina.

20 - Assinale a alternativa incorreta.
Com relação ao sistema de Capitanias Hereditárias:
a) existia uma regulamentação jurídica, em relação à concessão , composta pelas cartas de doação e pelos forais;
b) falhou quase que por completo, devido aos donatários pertencerem à pequena nobreza, que possuía títulos, porém os bolsos vazios;
c) o capitão donatário era obrigado a conceder sesmarias;
d) somente três prosperaram: São Vicente, Pernambuco e Bahia;
e) as sesmarias só eram concedidas a pessoas que dispusessem de avultados recursos, indispensáveis para a empresa açucareira;

21 - (Campos - 80) Durante o período conhecido como o “Brasil dos Felipes”, podemos destacar como fatos importantes:
a) o rompimento, de fato, da linha imaginária do Tratado de Tordesilhas;
b) o apogeu da atividade mineradora;
c) a fixação das fronteiras através de tratados;
d) as alternativas a e b estão certas;
e) as alternativas a e c.

22 - (Unifenas - 97) A criação do Governo-geral em 1548 visava:
a) centralizar a administração colonial permitindo um maior controle da Coroa sobre o território e suas atividades, mas sem extinguir as capitanias hereditárias.
b) substituir o sistema das capitanias hereditárias porque ela havia fracassado em todas as capitanias;
c) eliminar todas as atividades econômicas que não fossem realizadas diretamente pela Coroa;
d) impedir o desenvolvimento do feudalismo na colônia impulsionado pelo sistema das capitanias hereditárias;
e) todas as alternativas estão erradas.

23 - (FSA - 85) No período dos três primeiros governadores gerais no Brasil, houve a:
a) implantação da empresa agrícola;
b) consolidação do processo colonizador;
c) extinção do sistema de capitanias;
d) estruturação da política descentralizada;
e) neutralização do exclusivismo do comércio.






24 - (PUC - MG - 05) Leia o trexto abaixo.
“Eles foram os piratas do sertão (...) Eram grupos paramilitares rasgando a mata e caçando homens –
para além da lei e das fronteiras; para aquém da ética. À sua passagem, restava apenas um rastro de
cidades devassadas; velhos, mulheres e crianças passados a fio de espada; altares profanados,
sangue, lágrimas e chamas. Incendiados pela ganância e em nome do avanço da civilização,
escravizaram índios aos milhares”. (História do Brasil. 2 ed. São Paulo: Empresa Folha da Manhã e Zero Hora/RBS Jornal, 1997, p.41)
Pelo exposto no texto é possível afirmar que aqueles homens, EXCETO:
a) visavam expandir a fé cristã ao converter almas dos “índios selvagens”.
b) eram sujeitos rudes e criminosos desconhecendo, muitas vezes, as leis régias.
c) foram aprisionadores de mão-de-obra indígena para seus empreendimentos.
d) foram parcialmente responsáveis pela expansão das fronteiras do Brasil.

25 - (FMTM - 06) No período colonial, as bandeiras que partiam de São Paulo :
a) permitiram que a vila enriquecesse com a exploração de ouro, tornando-se a cidade mais importante do Brasil.
b) contribuíram para a expansão territorial além dos limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas.
c) contaram com a participação de brancos e escravos negros, que buscavam índios para catequisar.
d) encontraram nos jesuítas seus maiores rivais, devido ao interesse dos paulistas em organizar missões.
e) foram organizadas pela metrópole, que pretendia fundar vilas no interior e ocupá-lo com engenhos de açúcar.

26 - (FGV - 99) As tentativas francesas de estabelecimento definitivo no Brasil ocorreram entre a segunda metade do século XVI e a primeira metade do século XVII - As regiões que estiveram sob ocupação francesa foram:
a) Rio de Janeiro (França Antártica) e Pernambuco (França Equinocial);b) Pernambuco (França Antártica) e Santa Catarina (França Equinocial);c) Bahia (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);d) Maranhão (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);e) Espírito Santo (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica).

27 - (PUC - RS - 02) Associe os países europeus (coluna a) com os fatos relativos às suas tentativas de ocupação territorial no Brasil colonial (coluna b).
Coluna A
1- França
2- Espanha
3- Holanda
Coluna B
( ) Ocupou área de importância central para a economia açucareira, desviando, para a região ocupada,
grande parte do tráfico escravista de origem angolana.
( ) Disputou a ocupação da zona conflituosa e militarizada na fronteira meridional do império português.
( ) Dominou a área setentrional, de base econômica extrativista, com importância estratégica na expansão
imperial rumo ao Pacífico.
( ) Desenvolveu importante base de apoio dos latifundiários luso-brasileiros, fornecendo empréstimos
que propiciaram melhorias para o setor açucareiro.
A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é:
a) 1 - 2 - 2 – 3
b) 2 - 3 - 3 – 1
c) 3 - 2 - 1 – 3
d) 2 - 2 - 3 – 1
e) 3 - 1 - 2 - 1






28 - (EFOA - 02) A presença holandesa no Brasil, a partir de 1630, apresentou algumas semelhanças e algumas diferenças, se comparada com a colonização portuguesa. Das alternativas abaixo, aquela que NÃO corresponde à presença holandesa é:
a) o incentivo à produção açucareira se deu por meio de empréstimos da Companhia das Índias Ocidentais, o que permitiu a recuperação das lavouras, o reaparelhamento dos engenhos e a compra de escravos;
b) a valorização das atividades artísticas e culturais no governo de Maurício de Nassau trouxe para o Brasil vários estudiosos e artistas europeus, que retrataram e estudaram a vida e a paisagem brasileira;
c) a ocupação holandesa se deu em toda a costa nordestina, da Bahia ao que é hoje o Rio Grande do Norte, sendo rejeitada, todo o tempo, pela população luso-brasileira incluindo os senhores de engenho;
d) a política de tolerância aplicada por Nassau significou igualdade perante a lei para todos, garantia de vida e de posse de terras, isenção do serviço militar e liberdade religiosa;
e) o embelezamento e saneamento urbano da cidade de Recife, chamada de capital da Nova Holanda, se fez com construções vultosas como ruas, pontes, os palácios de Torres e Boa Vista, um zoológico e um observatório astronômico.

29 - (Unimep - 99) A implantação da indústria açucareira no brasil, no início da colonização, foi possível graças a investimentos de capitais holandeses. Foi justamente para recuperar essa participação que os mesmos holandeses, através da companhia de das Índias Ocidentais, invadiram o Nordeste brasileiro na primeira metade do século XVII, aqui permanecendo por 25 anos (1630/1654). Os motivos imediatos de tal invasão estão vinculados;
a) à perda do mercado antilhano de produção açucareira pelos holandeses naquele momento;
b) ao fechamento dos portos espanhóis e portugueses por Felipe II, o que impediu o acesso dos holandeses ao comércio do açúcar brasileiro;
c) ao momento em que os estados português e espanhol assumiram a falência do Tratado de Tordesilhas, assinando novos tratados para a definição das fronteiras;
d) ao envolvimento de Portugal na Guerra dos 30 Anos;
e) à morte de D. Sebastião, episódio que provocou a chamada União dos Reinos Ibéricos que perdurou entre 1580 e 1640.

30 - (ESAL - 94) “De couro era a porta das cabanas, o rude leito aplicado ao chão duro, a cama para os partos, as cordas, a “Borracha” para carregar água, o alforje para levar comida, a maca para guardar roupa, a mochila para milhar o cavalo, a peia para prendê-lo, as bainhas de faca, a roupa de entrar no mato, os bangüês para curtume e para apurar o sal; para os açudes, o material de aterro era levado em couros puxados por juntas de bois; em couro pisava-se o tabaco para o nariz”.
Este texto, extraído da obra de Capistrano de Abreu, mostra a importância da pecuária na ocupação:
a) do cerrado do Brasil Central;
b) do Pampa Gaúcho;
c) do Pantanal Matogrossense;
d) da Planície Amazônica;
e) do Sertão Nordestino.

GABARITO

01 – C 02 – A 03 – E 04 – C 05 – A 06 – A 07 – C 08 – E 09 – E 10 – E
11 – A 12 – D 13 – A 14 – D 15 – B 16 – E 17 –C 18 – D 19 – A 20 –D
21 – A 22 – A 23 – B 24 – A 25 – B 26 –D 27 – C 28 – C 29 – B 30 – E

OBAMA E iLUSÃO DE CLASSE

14 DE JUNHO DE 2008 - 21h57
Obama e ilusão de classe
por Sérgio Barroso*


Para onde corre Obama? Albano Nunes* - 13.06.08

«Ao identificar-se com a criminosa ação de Israel (chegando ao ponto de sancionar a anexação de Jerusalém pelos sionistas) e ao ameaçar o Irã com o recurso a « todos » os meios possíveis, Obama deixou claro o caminho que pretende trilhar se for eleito e a luta dos povos não conseguir atar as mãos predadoras e agressoras do imperialismo norte-americano».

O domínio internacional da mídia pela classe dirigente norte-americana é realmente avassalador. É com ele e com a superioridade militar de que dispõem que os EUA contam para defender a sua posição hegemônica no campo imperialista, contornar sucessivos fracassos da sua política interna e externa, teimar na pretensão de impor ao mundo uma «nova ordem» totalitária contra os trabalhadores e contra os povos.

Vem isto a propósito do autêntico bombardeio planetário com as «primárias» das eleições presidenciais nos EUA que em Portugal têm tido uma expressão tão excessiva quanto ideologicamente manipulatória. São múltiplas as mensagens, explícitas ou subliminares, projetadas por um bombardeamento que já durou vários meses e que ameaça continuar até às eleições, centrado já não no «duelo» Obama-H.Clinton mas entre os candidatos dos partidos Democrático e Republicano, as duas faces do partido único do sistema.

Mas a mais farisaica e perigosa de todas é a que visa fazer passar aquela que é porventura a mais sofisticada ditadura do capital pelo mais transparente e exemplar regime de liberdade. Tão transparente e exemplar que não só pode como «deve» arvorar-se em «líder do mundo livre» e arrogar-se o direito de dar ao mundo lições de «liberdade» e de «direitos humanos» mesmo se para tal tiver de rasgar a Carta da ONU e recorrer – como no Iraque, no Afeganistão, na Palestina, no Líbano, na Colômbia e noutros países – à violência do terrorismo de Estado.

Este perigoso embuste é tanto mais grave quanto ele se desenrola num quadro em que a administração Bush intensifica a corrida aos armamentos e a militarização da economia, multiplica guerras «preventivas», desenvolve novos programas de ingerência e agressão na América Latina e em África, mantém centros secretos de prisão e tortura, continua a espezinhar a legalidade internacional. O bombardeio midiático tem servido de biombo para estas e outras malfeitorias que, no essencial, passaram ao lado das «primárias».

Com isto não dizemos que o resultado das eleições presidenciais norte-americanas é indiferente. Afirmamos sim que estamos perante uma farsa em que diferenças de estilo, de discurso e de modo de lidar com tal ou tal questão (como a saída para o atoleiro do Iraque) escondem afinal coincidências de fundo na defesa dos interesses expansionistas do grande capital norte-americano.

As dificuldades em que o sistema de poder dos EUA se debate tanto no plano interno como externo (e que segundo as sondagens colocariam 70% dos norte-americanos contra a política de Bush), impõem que até o candidato republicano, Mc Cain, se demarque do atual inquilino da Casa Branca. Foi aliás com o slogan da «mudança» que Obama levou a melhor sobre a sra. Clinton.

Mas a «mudança» que Obama anuncia não deixa espaço para muitas esperanças. Se ilusões houvesse quanto ao real conteúdo de classe do seu pensamento e quanto à margem de manobra de que possa dispor em relação à classe dominante, o próprio se encarregou de as desfazer com o seu discurso na sede do mais poderoso lobby israelita no preciso momento da vitória na corrida para a nomeação. Ao identificar-se com a criminosa ação de Israel (chegando ao ponto de sancionar a anexação de Jerusalém pelos sionistas) e ao ameaçar o Irã com o recurso a «todos» os meios possíveis, Obama deixou claro o caminho que pretende trilhar se for eleito e se a luta dos povos não conseguir atar as mãos predadoras e agressoras do imperialismo norte-americano.

Não é boa a «mudança» que Obama oferece ao mundo se as circunstâncias não forçarem outro rumo. «Mudança» que duas frases lapidares do seu discurso da vitória nesse mesmo dia pronunciado no Minnesota (Monde 5.06.08) ajudam a iluminar: «a mudança é reconhecer que responder às ameaças de hoje não exige apenas o nosso poder de fogo mas também o poder da nossa diplomacia, uma diplomacia dura...», «devemos reencontrar a coragem e a convicção para conduzir o mundo livre». Aqui fica o registro. Que ninguém baixe a guarda.


* Artigo publicado originalmente no Jornal Avante Nº 1802 de 12 de Junho de 2008

Nota

[1] Vertemos ao nosso português, sem qualquer alteração. Ver: www.odiario.info (13/6/2008)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

CRISE EUROPÉIA

CRISE EUROPÉIA

22 DE AGOSTO DE 2008 - 13h37
Avante!: Crise nos EUA mergulha Europa na recessão

O gabinete de estatísticas europeu, Eurostat, anunciou no último dia 14 que o conjunto dos 15 países da zona do euro registrou uma diminuição do Produto Interno Bruto de 0,2% em relação ao primeiro trimestre do ano. Trata-se do pior resultado registrado desde 1999. Embora tecnicamente a recessão só comece após dois trimestres consecutivos de redução do PIB, a verdade é que mesmo os especialistas da Comissão Européia reconhecem que "os sinais são negativos".


O pessimismo decorre sobretudo do fato de as grandes economias da região já terem entrado na zona vermelha. Entre abril e junho, a França (0,3%) e a Alemanha (-0,5%) registraram uma diminuição da atividade econômica. A Itália (-0,3%), Holanda (0,0%), Irlanda (-0,2%), Dinamarca (-0,6), Suécia (0,0%), Estônia (-0,9%) e Letônia (-0,5%) têm as economias estagnadas ou já em recessão.
Também a Grã-Bretanha (0,2%), está ameaçada de recessão segundo a previsão divulgada pela Câmara de Comércio Britânica. Esse organismo sublinha que a crise virá o mais tardar até ao início do próximo ano, mas o cenário poderá se agravar caso o Banco da Inglaterra não reduza as taxas de juros. O desemprego deverá afetar mais cerca de 300 mil pessoas nos próximos 18 meses, ultrapassando os dois milhões de desempregados, referiu a mesma entidade.
Quanto aos países restantes da UE, de acordo com o Eurostat, à exceção da Eslováquia (1,9%) e da Lituânia (1,1%), a variação do crescimento está apenas alguns décimao acima do zero, como é o caso da Espanha (0,1%) que apresenta o menor crescimento dos últimos 15 anos.
Com 0,4%, a ligeira subida da economia portuguesa face ao trimestre anterior (-0,1%) não chega para afastar o perigo de recessão e torna praticamente impossível o alcance do objetivo de 1,5% fixado pelo governo para 2008.
Crise econômica e inflação recorde
Entre as razões da atual crise econômica, os analistas destacam o "desinvestimento" por parte das empresas e das famílias, cujo poder de compra tem sido sistematicamente reduzido pelas políticas de «contenção» salarial e sugado pelas subidas acentuadas das taxas de juro e dos preços dos produtos básicos, da energia e combustíveis.
Durante anos, os responsáveis do Banco Central Europeu limitaram o investimento público, apostaram na subida das taxas de juro e na moderação salarial, alegando a necessidade de controlar a inflação.
Em virtude dessas políticas, o euro disparou face ao dólar, dificultando as exportações européias; o consumo das famílias diminuiu e as empresas foram confrontadas com dificuldades acrescidas no acesso ao crédito.
Mas a maior demonstração da total falência das teses do BCE, apenas preocupado em defender os interesses do capital financeiro, está no fato de que, apesar da sua retórica, a inflação disparou para níveis nunca antes observados desde a criação da zona euro, ultrapassando os 4%, ao mesmo tempo que a economia se encaminhava para a recessão.
Agora, os gurus do BCE estão perante uma equação perigosa entre inflação e crescimento. Caso insistam na subida dos juros para travar a escalada dos preços, a economia mergulhará mais profundamente na recessão e dias ainda mais difíceis virão para os povos da Europa.
Resposta comum?
Alarmado com a degradação da economia, o primeiro-ministro francês, François Fillon, veio a público, na segunda-feira (18), reclamar "uma resposta coordenada dos diferentes países europeus à crise", considerando que cabe à França, que preside à União Européia atualmente, "suscitar o debate em torno da coordenação das políticas económicas".
"Numa Europa unificada no plano econômico, numa zona euro unificada no plano monetário, deve haver uma resposta coordenada", considerou o governante, sem fazer nenhuma proposta concreta, embora lembrando que "é a primeira vez desde a criação do euro que a mesma registra um resultado trimestral negativo".

Jornal Avante!

SIMULADO - PARATODOS 6

1 - (UFMG - 00) A abertura dos portos do Brasil, logo após a chegada de D. João VI, foi responsável pela entrada no país de uma grande quantidade de mercadorias inglesas, que passaram a dominar o mercado brasileiro.
Essa situação decorreu:
a) do desenvolvimento urbano acentuado, que acarretou o aumento da demanda por produtos sofisticados;
b) da assinatura de tratados com a Inglaterra que permitiram a importação desses produtos;
c) da estrutura industrial brasileira, que se baseava na produção de alimentos e tecidos;
d) da montagem de uma rede ferroviária, que facilitou a distribuição dos produtos ingleses no mercado brasileiro.

2 - (UNIMEP - 03) Assinale a alternativa que faz afirmação(ões) INCORRETA(S) sobre o período joanino brasileiro (1808-1821).
a) Esse período inicia-se com a transferência da corte de Portugal, quando o Brasil se torna sede da monarquia portuguesa.
b) Nesse período, são liberadas as importações de produtos oriundos de países com os quais o governo português mantinha relações amigáveis, alterando-se a configuração do chamado pacto colonial.
c) Nesse período, a Inglaterra amplia sua influência no Brasil e obtém vantagens econômicas, por meio de taxas de importação mais baixas.
d) No período joanino, são instalados no Brasil vários órgãos públicos, a cidade do Rio de Janeiro se remodela e são incrementadas instituições artísticas e culturais.
e) Por iniciativa de D. João VI, nesse período, é aprovada a primeira Constituição Brasileira.

3 - (UFU - 02) A crise do chamado “Antigo Sistema Colonial” deve ser vista em um contexto histórico mais amplo, que ultrapasse a questão das relações entre metrópoles e colônias, para abarcar, também, os processos históricos que estavam em curso na Europa e no mundo colonial.
Considerando o exposto acima, assinale a alternativa correta.
a) No campo da cultura, a crise do Antigo Sistema Colonial expressou-se em um desencantamento do mundo, em um pessimismo quanto aos valores éticos e morais, até então considerados inquestionáveis. Isto possibilitou a criação de condições para o surgimento do estilo barroco, que encontrou sua expressão máxima no mundo colonial.
b) A difusão das idéias iluministas na Europa fez surgir, na população colonial brasileira, a consciência de que a construção de uma sociedade democrática, livre e igualitária dependia de uma revolução que rompesse os laços com a metrópole, instaurando a república.
c) A política implantada por Marquês de Pombal modernizou a economia e a administração da metrópole e da colônia; rompeu o chamado “Pacto Colonial” e adotou o livre comércio. Esta foi a resposta de Portugal às pressões dos comerciantes e grandes proprietários do Brasil, que ameaçavam proclamar a independência.
d) No Brasil, movimentos de contestação da ordem colonial, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, estavam inseridos nesses processos históricos mais amplos de lutas contra o absolutismo, o mercantilismo, os monopólios e privilégios. Esses e outros movimentos de contestação, nas colônias e na Europa, estavam minando as bases do Antigo Regime.

4 - (FGV - 02) A transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, proporcionou:
a) a ampliação do controle metropolitano entre as atividades coloniais e o maior enquadramento do Brasil às estruturas do Antigo Sistema Colonial;
b) o estabelecimento de interesses convergentes entre membros da burocracia imperial, proprietários rurais e comerciantes, bases sociopolíticas decisiva para o processo de emancipação política;
c) a mudança da capital do Vice-Reino do Brasil para o Rio de Janeiro e a compensação da perda do poderio político baiano, pro meio de uma ampla autonomia econômica autorizada a toda região nordestina;
d) a emergência de uma burguesia mercantil interessada em modernizar o Brasil pelo rompimento dos laços coloniais com Portugal e a abolição imediata da escravidão;
e) maior dispersão dos domínios portugueses na América, em função das rivalidades regionais acentuadas e ampliadas com a elevação da cidade do Rio de Janeiro à condição de capital do império colonial.

5 - (Funrei - 01) “Os brasileiros têm já os olhos abertos, eles sabem que o monopólio, como o despotismo, roda sem cessar em torno das trincheiras as liberdade.” (Antônio Carlos R. de Andrada, Discurso do deputado brasileiro nas Cortes Constituintes, em 15 de abril de 1822)
O desagrado das elites brasileiras com as medidas das Cortes Constituintes de Lisboa deflagrou o movimento pela independência nacional . Considerando, respectivamente, as palavras monopólio e despotismo, podemos interpretar o sentido da citação acima como:
a) contestação da abertura dos portos por D. João VI e fim da monarquia;
b) defesa do monopólio comercial brasileiro e apoio ao presidencialismo;
c) repúdio à ameaça de recolonização e defesa da monarquia constitucional;
d) apologia do protecionismo luso e apoio à política recolonizadora das Cortes.

6 - As cortes estabelecidas em Portugal após a Revolução do Porto:
a) tomaram uma série de medidas político-administrativas visando à recolonização do Brasil, medidas estas que geraram forte oposição nas principais cidades brasileiras;
b) incentivaram claramente a independência do Brasil, por acreditarem que dessa maneira enfraqueceria a monarquia;
c) procuraram seguir a política adotada por D. João VI em relação ao Brasil, dado ao Reino uma certa autonomia política e legislativa;
d) procuraram garantir a permanência dos laços que uniam Brasil a Portugal, através de uma política inteligente e cautelosa em relação à colônia.
e) Nenhuma das alternativas anteriores

7 - (UFMG) A Revolução Constitucionalista do Porto (1820) dirige-se sobretudo contra o absolutismo monárquico de Portugal. Mas, volta-se contra a nova política adotada por D. João VI no Brasil e repercute internamente de maneira heterogênea. Manifestam-se, neste momento, diferentes grupos, entre os quais NÃO se incluem:
a) as forças conservadoras que almejam o retorno do país ao seu passado colonial;
b) as classes superiores da Colônia que desejam consolidar as vantagens e liberdades recém-adquiridas;
c) as massas populares, que se viam na ocasião possibilidades de libertação econômica e social;
d) os escravos que se insurgem contra o sistema de trabalho vigente na colônia;
e) os comerciantes portugueses, que se sentiam prejudicados pela situação do Brasil após 1808.

8 - (Mack - 04) Adotar em toda a extensão os princípios do liberalismo econômico significaria destruir as próprias bases sobre as quais se apoiava a Coroa. Manter intacto o sistema colonial era impossível nas novas condições. Daí as contradições de sua política econômica. (Emília Viotti da Costa)
Sobre a política econômica adotada por D. João VI durante a permanência da Corte portuguesa no Brasil, é correto afirmar que:
a) permanecia a proibição à produção das manufaturas nacionais e o estabelecimento de fábricas no Brasil, que representariam uma possível concorrência aos produtos ingleses.
b) proibia a entrada e a venda de vinhos estrangeiros no Brasil, estabelecendo tarifas favoráveis aos vinhos portugueses, que continuaram a ser os mais consumidos.
c) a abertura dos portos às nações amigas, em 1808, concedia liberdade de comércio à colônia, mas não extinguia o monopólio português exercido em nossa economia.
d) com a assinatura dos Tratados de 1810, consolidou-se a dominação econômica inglesa sobre o nosso país, apesar de os súditos britânicos residentes no Brasil não terem garantia de liberdade religiosa.
e) as medidas tomadas durante esse período acentuaram as divergências entre os interesses da elite nacional, as exigências britânicas e as necessidades dos comerciantes metropolitanos.

9 - (Mack - 01) A Inglaterra se prevalecerá largamente desse domínio; no que se refere ao Brasil, cuidará zelosamente de preservar a liberdade de seu comércio, de que se fizera a grande beneficiária. A situação ainda se agrava com o Tratado de Comércio firmado com a Inglaterra em 1810. (Caio Prado)
Assinale o contexto histórico a que se refere o texto.
a) Período pós-independência, no qual o governo brasileiro faz uma série de concessões à Inglaterra para obter o seu reconhecimento político.
b) Transferência da Corte para o Brasil com ajuda britânica e a conseqüente Abertura de Portos, que liquida com o monopólio colonial, abrindo largas vantagens ao comércio inglês.
c) Enfrentamento entre o Estado português, liderado por D. João VI, e o Governo napoleônico, fato que resultou na expulsão das tropas francesas de Portugal.
d) Queda de Napoleão e a nova ordem européia, imposta pelo Congresso de Viena, com reflexos no Brasil.
e) Abdicação de Pedro I, fase de grande instabilidade política, aproveitada pela Inglaterra para controlar o mercado

10 - (UFES - 98) Com a instalação da Família Real de Portugal no Brasil, em 1808, o país ganhou status de sede da monarquia portuguesa e modificou a situação político-econômica predominante, por meio do decreto da “Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas”. Além de liberar os portos para o comércio internacional, esse decreto;
a) marcou o fim do pacto colonial, na medida em que extinguiu o monopólio comercial lusitano e propiciou à proeminência inglesa no Brasil;
b) estimulou a expansão das companhias de comércio européias que se estabeleceram nos principais portos do Brasil;
c) proporcionou um intenso movimento de negociações mercantis nas cidades brasileiras, provocando divergências e choques de interesses entre a Inglaterra e demais nações européias;
d) provocou o crescimento da produção manufatureira no Brasil, não só pela ampliação do mercado interno, como também pela abertura de novos mercados internacionais;
e) criou condições para que a indústria têxtil brasileira pudesse concorrer com a inglesa, colocando no mercado produtos mais baratos e de boa qualidade.

11 - (Fatec - SP - 83) Apesar da liberdade para a instalação de indústrias manufatureiras no Brasil, decretada por D. João, através do Alvará, datado de 1o. De abril de 1808, estas não se desenvolveram. Isto se deveu, entre outras razões, à:
a) impossibilidade de competir com produtos manufaturados provenientes dos Estados unidos, que dominavam o mercado consumidor interno
b) impossibilidade de escoamento da produção da colônia, uma vez que Portugal, intermediário entre a Colônia e a Europa, estava ocupado pelos franceses
c) canalização de todos os recursos para a lucrativa lavoura cafeeira, não havendo, por parte dos latifundiários, interesse em investir na indústria
d) concorrência dos produtos ingleses, que gozavam de privilégios especiais no mercado brasileiro
e) dificuldade de obtenção de matéria-prima (algodão) na Europa, aliada à impossibilidade de produzi-la no Brasil

12 - (PUCC - 90) “Subitamente com a volta de D. João VI a Portugal, as Cortes ameaçaram restaurar o sistema monopolista exclusivista do comércio colonial. Os brasileiros, por seu lado, acharam impossível abandonar os lucros obtidos desde que a Carta Régia de 1808 dera o primeiro passo para a libertação da Colônia de sua sujeição econômica à Metrópole.”
Levando-se em conta o processo de independência do Brasil, a partir do texto, pode-se afirmar que, no período a que ele se refere:
a) o inimigo comum, representado pela política recolonizadora das cortes, impedia a união de forças sociais divergentes quanto à forma de se governar a nação soberana;
b) as forças contrárias à recolonização eram muitas e relativamente organizadas, e os setores sociais representando em geral as camadas urbanas, de inspiração liberal e democrática, já agitavam a idéia de emancipação;
c) a idéia da recolonização fez nascer o contraditório “partido português” com o objetivo de defender a permanência da dependência do Brasil em relação a Portugal apenas no aspecto político, mantendo a independência econômica;
d) os setores conservadores, desejosos de ver restaurados seus privilégios oriundos da transferência da Corte apoiaram as tentativas de recolonização;
e) a imprensa representou o maior obstáculo uma vez que em função de sua inspiração colonialista apoiou toda tentativa de recolonização.

13 - (UFMG - 06) Auguste de Saint Hilaire, naturalista francês, realizou inúmeras andanças pelo Brasil entre 1816 e 1822. De volta à França, ao publicar seus relatos de viagem, afirmou, intrigado, que .havia um país chamado Brasil, mas absolutamente não havia brasileiros..
Considerando-se essa reação de Saint Hilaire e as dificuldades que marcaram a definição da identidade brasileira, é CORRETO afirmar que elas se explicam porque
a) o grande número de índios, negros e mestiços, que fazia com que a população brasileira não fosse capaz de formular um projeto de emancipação política.
b) a baixa densidade populacional do País, que, resolvida com a vinda dos imigrantes estrangeiros, gerou a sensação de que essa população não seria, de fato, brasileira.
c) o processo de construção de uma nação brasileira foi dificultado pela força das identidades regionais formadas durante a colonização portuguesa.
d) a independência foi uma conquista dos portugueses, especialmente os comerciantes estabelecidos no Brasil, o que dificultou a afirmação da cidadania
dos brasileiros.

14 - (CEFET - PR - 04) A constituição de 1824, a primeira do Império brasileiro, tinha como características:
I - a centralização do poder e um governo monárquico e hereditário.
II - o catolicismo como religião oficial do país.
III - o estabelecimento do sufrágio universal.
IV - a existência de quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador.
Analise as proposições e assinale:
a) se apenas I - II e IV forem corretas.
b) se apenas I - III e IV forem corretas.
c) se apenas II - III e IV forem corretas.
d) se todas forem corretas.
e) se todas forem incorretas.

15 - (MACK - 03) Sobre a Constituição de 1824, podemos afirmar que:
a) gerou a conciliação das forças políticas em todo país por seu caráter democrático.
b) a chave de toda a organização política estava em mãos do poder moderador, que aprovava ou não as medidas, nomeava juízes e controlava o Executivo.
c) estabeleceu o Estado Laico, separando definitivamente Igreja e Estado.
d) estendeu os direitos políticos a toda população, sem restrições de renda.
e) o imperador tinha reduzidos poderes, controlando-se, assim, o caráter despótico de seu governo.

16 - (Mack - 04) A respeito dos princípios presentes na Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, é correto afirmar que:
a) garantiam ampla liberdade individual e resguardavam a liberdade econômica, assegurando a participação política desvinculada da necessidade de uma renda mínima por parte do cidadão.
b) garantiam as liberdades individuais inspiradas na Declaração dos Direitos do Homem, elaborada pelos revolucionários franceses em 1789.
c) estabeleciam a igualdade de todos perante a lei, estatuto que foi observado com rigor por toda a sociedade brasileira.
d) estabeleciam o princípio da liberdade religiosa, segundo o qual o Estado permaneceria distante das questões religiosas.
e) determinavam disposições jurídicas que eram as mais adequadas à realidade nacional da época, não apresentando, portanto, contradições.

17 - (FGV) A chamada Confederação do Equador, ocorrida em Pernambuco e cuja figura central foi Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, constituiu:
a) a última insurreição nordestina que seguia o ideário republicano com que a elite local pretendia encaminhar o processo de independência da colônia;
b) um movimento de repúdio às medidas de centralização com que a Corte de D. João VI visava bloquear a expansão econômica e, conseqüentemente, a ação política de grupos subversivos;
c) uma revolta que dá prosseguimento à Revolução de 1817 e, por essa via, às idéias de autonomização das províncias do Nordeste antes do ano da independência;
d) um conselho republicano formado por figuras da elite proprietária e do clero local, cujo alvo era disseminar o modelo político dos Estados Unidos da América;
e) um movimento de cunho republicano, que se revoltou contra as medidas centralizadoras e absolutistas de D. Pedro após a independência, em especial a dissolução da constituinte.

18 - (FCC) O movimento que culminou com a abdicação de Pedro I, conquanto fosse expressão de causas políticas internas, refletiu, no plano ideológico:
a) o pensamento de Augusto Comte; b) a Revolução de 1848, na França, contra Luís Felipe;
c) a Revolução de 1830, na França, contra Carlos X;
d) as idéias políticas de Charles Fourier, um dos primeiros dos chamados socialistas utópicos; e) o movimento cartista.

19 - (FGV - 05) Durante o Primeiro Reinado, o governo brasileiro pediu aos ingleses alguns empréstimos, que representavam grandes somas – como 1 332 300 libras em 1824 ou 2 352 900 libras no ano seguinte – com uma taxa de juros muito alta.
Essa situação foi gerada principalmente:
a) por uma crise no mercado internacional de açúcar e de café, que fez com que as principais mercadorias para exportação do país fossem cotadas a menos da metade do valor da última década do século XVIII.
b) pelos gastos com os conflitos bélicos, contra o Paraguai e as Províncias Unidas do Prata, pelo controle do estuário do Prata, área de importância estratégica disputada com a Espanha desde o período colonial.
c) por causa da diminuição das exportações, devido à retração dos mercados internacionais, e dos tratados
econômicos que beneficiavam a entrada de produtos europeus em grande volume.
d) pelo custo da montagem de uma força militar a mando de D. Pedro I - com o objetivo de defender o seu trono em Portugal, que fora usurpado pelo seu irmão Dom Miguel e por seu pai, D. João VI.
e) pela ajuda dos ingleses para a reconstrução da economia brasileira depois do longo processo de emancipação política, por meio de investimentos diretos na modernização de vários setores produtivos no país.

20 - (FOA - 00) Em termos econômicos, a preocupação do Brasil após a independência foi:
a) promover o desenvolvimento industrial com recursos externos;
b) privilegiar a exportação do café em detrimento das demais exportações do setor primário;
c) desenvolver o comércio interno realizando a distribuição de terras e implantando o trabalho assalariado;
d) manter a estrutura agrária-exportadora e importar produtos industrializados e bens de capital;
e) promover uma reforma estrutural na economia mudando a moeda, mas o trabalho continuaria escravo;

21 - (Sta Casa - 84) A situação econômica do Brasil, após o movimento de 1822, pode ser caracterizada da seguinte forma:
a) o país aproveitou a situação política para tirar partido da crise que afetou o mercantilismo
b) a dependência externa teve continuidade, sendo o país uma área complementar ao capitalismo industrial
c) o novo contexto surgido possibilitou que o país deixasse de ser exportador de produtos primários e importador de manufaturados
d) a relação de dependência existente de Portugal com a Inglaterra foi rompida graças ao tratado de 1825
e) o quadro surgido com a renúncia à autoridade de Portugal eliminou o protetorado econômico exercido pelas nações européias

22 - (MACK - 04) Para o liberal mineiro Teófilo Otoni, o 7 de abril de 1831 significou “a jornada dos logrados”. A expressão justifica-se porque:
a) as elites foram incapazes de manter a hegemonia, perdendo totalmente o poder.
b) o período que se seguiu à queda do imperador foi de grande estabilidade política, mas não trouxe avanços democráticos.
c) a solução monárquica foi descartada, já que não atendia aos interesses das elites regionais.
d) com a Abdicação de Pedro I, contemplaram-se as aspirações dos segmentos populares.
e) foram frustrados amplos setores da sociedade brasileira, que esperavam transformações profundas e maior liberalização do regime.

23 - (UGF - RJ - 03) Durante o período regencial brasileiro (1831-1840), a ausência de partidos estruturados fez com que grupos lutassem para conquistar influência nos centros de decisão. Um deles, os liberais exaltados, ou farroupilhas, era apoiado por uns poucos proprietários rurais e pelas camadas médias urbanas.
A proposta defendida por esse grupo era:
a) a volta de D. Pedro I ao poder, com um regime autoritário e absolutista.
b) a ordem estabelecida, ou seja, a monarquia constitucional e o voto censitário.
c) a extinção do Conselho de Estado e o estabelecimento da Regência Una.
d) a implantação de uma República Federativa e o Sufrágio Universal.
e) a maioridade de D. Pedro II e a aprovação de um Ato Adicional à Constituição de 1824.

24 - (UNIFESP - 01) No Brasil independente, os seis anos que separam o Ato Adicional (1834) da Maioridade (1840) foram chamados de “experiência republicana”, devido:
a) ao caráter das revoltas intituladas Cabanagem, Balaiada e Sabinada;
b) aos primeiros anos da revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul;
c) à força do Partido Republicano na Câmara dos Deputados;
d) à extinção da monarquia durante a menoridade de D. Pedro II;
e) às Assembléias Legislativas Provinciais e à eleição do Regente Uno.

25 - O Ato Adicional de 1834, aprovado durante a Regência Trina Permanente:
a) foi responsável direto pelas inúmeras rebeliões provinciais ocorridas no Período regencial, na medida em que concedeu excessiva autonomia às províncias;
b) foi uma habilidosa medida política dos moderados, já que satisfez dos exaltados, enfraqueceu os restauradores e retirou do governo central poderes e atribuições que este na prática, não tinha condições de exercer;
c) permitiu o sufocamento das inúmeras revoltas que vinham ocorrendo nas províncias, na medida em que reforçou o poder político-administrativo do Governo Regencial;
d) tinha um caráter centralizador, que só foi atenuado anos mais tarde, com a aprovação da Lei de Interpretação do Ato Adicional;
e) criou condições para o Golpe da Maioridade, por meio do qual os conservadores subiram ao poder e encerraram o Período Regencial.

26 - (PUC - SP) A fim de acabar com as sucessivas revoltas provinciais, desejosas de maior liberdade política, foi instituída, em 1834, o Ato Adicional, cujas principais medidas foram:
a) maior autonomia das províncias, abolição do Conselho de Estado, constituição do Município Neutro e a substituição da Regência Trina pela Regência Una;
b) a declaração da maioridade de D. Pedro II, substituição do Conselho de Estado vitalício por um eletivo, e admissão de bacharéis nos quadros do funcionalismo público;
c) capitulação dos revoltosos e adoção de um política conciliatória, pela qual a regência se propunha a esvaziar a autonomia municipal;
d) conferir maior autoridade política ao poder central, restringir a liberdade de imprensa e eleição direta dos deputados para as assembléias legislativas provinciais;
e) extinção da Guarda Nacional e aumento das forças regulares do Exército, como fator limitativo do poder da aristocracia rural.

27 - (PUC - RS - 00) INSTRUÇÃO: Responder à questão sobre as revoltas provinciais, representativas do conturbado contexto sócio-político do Período Regencial, relacionando o nome das revoltas com suas causas, citadas na coluna da direita.
1 - Cabanagem - Pará
2 - Sabinada - Bahia
3 - Balaiada - Maranhão
4 - Farroupilha - Rio Grande do Sul

( ) Insatisfação contra as autoridades locais, impostas pelo governo regencial, e desejo de separar-se do Império até a coroação de Dom Pedro II
( ) Inconformismo dos fazendeiros e comerciantes locais contra o governo nomeado para a província e revolta da população local por sua situação de miséria.
( ) Insatisfação com os pesados impostos cobrados pelo Império sobre os produtos locais e exigência de maior autonomia para a Província, com a influência de ideais republicanos.
( ) Revolta de vaqueiros, pequenos artesãos e escravos fugidos contra a situação de miséria em que viviam e contra o governo local imposto pelo Império.
A numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo é
a) 2 - 1 - 4 - 3
b) 1 - 2 - 3 - 4
c) 4 - 1 - 2 - 3
d) 4 - 3 - 1 - 2
e) 2 - 4 - 1 - 3

28 - (FINP - 96) Durante o Período Regencial (1831 - 1840) ocorreram várias rebeliões no Brasil. Uma das principais razões desses movimentos, comum aos das regiões norte e nordeste do País, pode ser identificada como:
a) os conflitos de fronteiras entre o Brasil e as antigas colônias espanholas;
b) a insatisfação dos criadores de gado com os altos impostos no mercado interno;
c) a insatisfação da elite brasileira com as tendências recolonizadoras das Cortes de Lisboa;
d) as altas dívidas contraídas pelos contratadores e mineradores nas regiões do ouro e do diamante;
e) as más condições de vida das massas e a excessiva centralização do poder do governo regencial.

29 - (OSEC - 76) Consumada a abdicação, o povo que nela tivera importante papel, vai assistir à formação de um governo do qual não participa. Esta marginalidade da vida política aliada à crise econômica anterior que se estende pela Regência atingindo rudemente os setores mais humildes da população, responde pelas numerosas revoltas desse período. Relacione-as no quadro Abaixo:
I - Revolta dos Cabanos (1835-1840) A - Maranhão
II - Revolta dos Farrapos (1835-1845) B - Pernambuco
III - Sabinada (1837-1838) C - Rio Grande do Sul
IV - Revolta dos Balaios (1838-1841) D - Bahia
V - Agitação Praieira ( 1842-1849) E - Pará
a) I(E); II(C); III(D); IV(A); V(B);
b) I(B); II(C); III(E); IV(A); V(D);
c) I(E); II(C); III(B); IV(D); V(A);
d) I(A); II(C); III(D); IV(E); V(B);
e) I(D); II(C); III(A); IV(B); V(E)

30 - (VUNESP - 93) No decurso do Primeiro Reinado, vieram à tona conflitos, contradições e crises. No período regencial, marcado por agitações sociais e políticas, a grave e prolongada crise econômica e financeira começou a ser superada com:
a) o auge da mineração
b) o surto da cafeicultura
c) a utilização do açúcar de beterraba
d) a lei e a ordem impostas pela Guarda Nacional
e) o aumento na exportação de algodão para os Estados Unidos

GABARITO

1 – B 2 – E 3 – D 4 – B 5 – C 6 – A 7 – D 8 – E 9 – B 10 – A
11 – D 12 – B 13 – C 14 – A 15 – B 16 – E 17 – E 18 – C 19 – C 20 – D
21 – B 22 – E 23 – E 24 – E 25 – B 26 – A 27 – A 28 – E 29 – D 30 - B